quinta-feira, 31 de março de 2011

QUANDO VOCÊ VIU SEU PAI PELA ULTIMA VEZ?

Assisti estes dias, o filme “Quando você viu seu pai pela ultima vez?”, e esta película nos dá questionamentos como: Quando você viu seu pai pela ultima vez?

Foi quando queimaram o caixão? Quando fecharam a tampa? Quando ele deu o seu ultimo suspiro? Quando ele se levantou e disse algo? Quando ele o reconheceu pela ultima vez? Quando ele sorriu pela ultima vez? Quando você viu seu pai pela ultima vez? A ultima vez que ele estava saudável? Ativo? A ultima vez que vocês tiveram uma discussão sobre algo?

Confira.

Luiz Sergio

quarta-feira, 30 de março de 2011

Páscoa - Desenhos para Colorir






Semana Santa - Desenhos para colorir















Domingo de Ramos - Desenhos para colorir







Do Domingo de Ramos ao Domingo de Páscoa


Do Domingo de Ramos ao Domingo de Páscoa
Meditações de D. Javier Echevarría sobre a Semana Santa. (texto retirado do site Opus Dei)
DOMINGO DE RAMOS: JESUS ENTRA EM JERUSALÉM

Começa
a Semana Santa e recordamos a entrada triunfal de Cristo em Jerusalém. Escreve São Lucas. «Ao aproximar-se de Betfagé e de Betânia, junto ao monte chamado das Oliveiras, enviou dois dos seus discípulos dizendo-lhes: "Ide a essa aldeia que está em frente e, ao entrar, encontrareis um burrico amarrado que nunca ninguém montou. Soltai-o e trazei-o. Se alguém vos perguntar porque o soltais, dir-lhe-eis: o Senhor tem necessidade dele". Foram e encontraram tudo como o Senhor lhes tinha dito».

Que pobre montaria Nosso Senhor escolhe! Talvez nós, presunçosos, tivéssemos escolhido um imponente cavalo. Porém, Jesus não se guia por razões meramente humanas, mas por critérios divinos. «Isto sucedeu – anota São Mateus – para que se cumprissem as palavras do profeta: "Dizei à filha de Sião: eis que o teu rei vem a ti, manso e montado sobre um jumento, num burrico, filho de jumenta"».

Jesus Cristo, que é Deus, contenta-se com um burrico por trono. Nós, que não somos nada, mostramo-nos muitas vezes vaidosos e soberbos: procuramos sobressair, chamar a atenção; tratamos de que os outros nos admirem e louvem. São Josemaria Escrivá, canonizado por João Paulo II há dois anos, ficou cativado com esta cena do Evangelho.

Dizia de si mesmo que era um burrico sarnento, que não valia nada; mas como a humildade é a verdade, reconhecia também que era depositário de muitos dons de Deus; especialmente, da tarefa de abrir caminhos divinos na terra, mostrando a milhões de homens e mulheres que podem ser santos no cumprimento do trabalho profissional e dos deveres ordinários.

Jesus entra em Jerusalém sobre um burrico. Temos de tirar conseqüências desta cena. Cada cristão pode e deve converter-se em trono de Cristo. E aqui servem como anel ao dedo umas palavras de São Josemaria. «Se a condição para que Jesus reinasse na minha alma, na tua alma, fosse contar previamente com um lugar perfeito dentro de nós, teríamos motivos para desesperar. Jesus contenta-se com um pobre animal por trono. (...).Há centenas de animais mais belos, mais hábeis e mais cruéis. Mas Cristo escolheu esse para se apresentar como rei diante do povo que o aclamava. Porque Jesus não sabe o que fazer com a astúcia calculista, com a crueldade dos corações frios, com a formosura vistosa, mas oca. Nosso Senhor ama a alegria de um coração jovem, o passo simples, a voz sem falsete, os olhos limpos, o ouvido atento à sua palavra de carinho. É assim que reina na alma.».

Deixemo-lo tomar posse dos nossos pensamentos, palavras e ações! Afastemos sobretudo o amor-próprio, que é o maior obstáculo ao reinado de Cristo! Sejamos humildes, sem nos apropriarmos de méritos que não são nossos. Imaginais o ridículo em que cairia o burrico, se se tivesse apropriado das aclamações e aplausos que as pessoas dirigiam ao Mestre?

Comentando esta cena evangélica, João Paulo II recorda que Jesus não entendeu a sua existência terrena como procura do poder, como ânsia de êxito e de fazer carreira, ou como vontade de domínio sobre os outros. Pelo contrário, renunciou aos privilégios da sua igualdade com Deus, assumiu a condição de servo, fazendo-se semelhante aos homens, e obedeceu ao projeto do Pai até à morte na Cruz (Homilia, 8-IV-2001).

O entusiasmo das pessoas não costuma ser duradouro. Poucos dias depois, os que o tinham aclamado pedirão aos gritos a sua morte. E nós deixar-nos-emos levar por um entusiasmo passageiro? Se nestes dias notamos o movimento divino da graça de Deus, que passa por nós, podemos dar-lhe lugar nas nossas almas. Estendamos no chão, mais que as palmas ou os ramos de oliveira, os nossos corações. Sejamos humildes. Sejamos mortificados. Sejamos compreensivos com os outros. Esta é a homenagem que Jesus espera de nós.

A Semana Santa oferece-nos a oportunidade de reviver os momentos fundamentais da nossa Redenção. Mas não esqueçamos que – como escreve São Josemaria –, «para acompanhar Cristo na sua glória, no fim da Semana Santa, é necessário que penetremos antes no seu holocausto, e que nos sintamos uma só coisa com Ele, morto sobre o Calvário». Para isso, nada melhor que caminhar pela mão de Maria. Que Ela nos obtenha a graça de que estes dias deixem uma marca profunda nas nossas almas. Que sejam, para cada uma e cada um, ocasião de aprofundar no Amor de Deus, para assim mostrá-lo aos outros.

* * *

SEGUNDA-FEIRA SANTA: JESUS EM BETÂNIA

Após
a entrada triunfal de Cristo em Jerusalém. A multidão dos discípulos e outras pessoas aclamaram-no como Messias e Rei de Israel. No fim do dia, cansado, voltou a Betânia, aldeia situada muito próximo da capital, onde costumava alojar-se nas suas visitas a Jerusalém.

Ali, uma família amiga tinha sempre disponível um lugar para Ele e para os seus. Lázaro, a quem Jesus ressuscitou dos mortos, é o chefe da família; vivem com ele Marta e Maria, suas irmãs, que esperam cheias de entusiasmo a chegada do Mestre, contentes por poder oferecer-lhe os seus serviços.

Nos últimos dias da sua vida na terra, Jesus passa longas horas em Jerusalém, dedicado a uma pregação intensíssima. À noite, recupera as forças em casa dos seus amigos. E em Betânia tem lugar um episódio recolhido pelo Evangelho da Missa de hoje.

Seis dias antes da Páscoa – relata São João –, foi Jesus a Betânia. Ali lhe ofereceram uma ceia; Marta servia e Lázaro era um dos que estavam com Ele à mesa. Maria tomou então uma libra de perfume de nardo autêntico, muito caro, ungiu os pés de Jesus com ele e enxugou-os com os seus cabelos, e a casa encheu-se com a fragrância do perfume.

Imediatamente salta à vista a generosidade desta mulher. Deseja manifestar o seu agradecimento ao Mestre, por ter devolvido a vida ao seu irmão e por tantos outros bens recebidos, e não repara em gastos. Judas, presente na cena, calcula exatamente o preço do perfume.

Mas, em vez de louvar a delicadeza de Maria, entregou-se à crítica: por que não se vendeu este perfume por trezentos denários para dá-los aos pobres? Na realidade, como faz notar São João, não lhe importavam os pobres; interessava-lhe ter acesso ao dinheiro da bolsa e furtar o seu conteúdo.

«Mas Jesus faz uma avaliação muito diferente», escreve João Paulo II. «sem nada tirar ao dever da caridade para com os necessitados, aos quais os discípulos sempre se hão-de dedicar– « Pobres, sempre os tereis convosco » (Jo 12, 8; cf. Mt 26, 11; Mc 14, 7) –, Ele pensa no momento já próximo da sua morte e sepultura, considerando a unção que Lhe foi feita como uma antecipação daquelas honras de que continuará a ser digno o seu corpo mesmo depois da morte, porque indissoluvelmente ligado ao mistério da sua pessoa.» (Ecclesia de Eucharistia, 47).

Para ser verdadeira virtude, a caridade deve estar ordenada. E o primeiro lugar é de Deus: amarás ao Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma e com toda a tua mente. Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é como este: amarás o teu próximo como a ti mesmo.

Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas. Por isso, equivocam-se os que – com a desculpa de aliviar as necessidades materiais dos homens – se desentendem das necessidades da Igreja e dos ministros sagrados. Escreve São Josemaria Escrivá: «aquela mulher que, em casa de Simão o leproso, em Betânia, unge com rico perfume a cabeça do Mestre, recorda-nos o dever de sermos magnânimos no culto de Deus.

– Todo o luxo, majestade e beleza me parecem pouco.

– E contra os que atacam a riqueza dos vasos sagrados, paramentos e retábulos, ouve-se o louvor de Jesus: "Opus enim bonum operata est in me" - uma boa obra fez para comigo.– uma boa obra foi feita comigo».

Quantas pessoas se comportam como Judas! Vêem o bem que fazem outros, mas não querem reconhecê-lo: empenham-se em descobrir intenções torcidas, tendem a criticar, a murmurar, a fazer juízos temerários. Reduzem a caridade ao puramente material – dar umas moedas ao necessitado, talvez para tranqüilizar a sua consciência – e esquecem que – como escreve também São Josemaria Escrivá – «a caridade cristã não se limita a socorrer o necessitado de bens econômicos; leva-nos, antes de mais nada, a respeitar e a defender cada indivíduo enquanto tal, na sua intrínseca dignidade de homem e de filho do Criador».

A Virgem Maria entregou-se completamente ao Senhor e esteve sempre preocupada com os homens. Hoje pedimos-lhe que interceda por nós, para que, nas nossas vidas, o amor a Deus e o amor ao próximo se unam numa só coisa, como as duas faces de uma mesma moeda.

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TERÇA-FEIRA SANTA: COMO É A NOSSA FÉ?

O Evangelho da Missa termina com o anúncio de que os Apóstolos deixariam Cristo só durante a Paixão. A Simão Pedro que, cheio de presunção, afirmava: eu darei a minha vida por ti, o Senhor respondeu: tu darás a tua vida por mim? Eu te asseguro que não cantará o galo, antes de me teres negado três vezes.

Em poucos dias cumpriu-se a predição. Todavia, poucas horas antes, o Mestre tinha-lhes dado uma lição clara, preparando-os para os momentos de escuridão que se avizinhavam.

Ocorreu no dia seguinte ao da entrada triunfal em Jerusalém. Jesus e os Apóstolos tinham saído muito cedo de Betânia e, com a pressa, talvez não tivessem comido nada. O caso é que, como relata São Marcos, o Senhor sentiu fome. Vendo ao longe uma figueira com folhas, foi ver se nela encontraria alguma coisa; mas, ao chegar junto dela, não encontrou senão folhas, pois não era tempo de figos. Disse então: «Nunca mais ninguém coma fruto de ti.» E os discípulos ouviram isto.

Ao entardecer regressaram à aldeia. Devia ser já tarde avançada e não repararam na figueira amaldiçoada. Mas no dia seguinte, terça-feira, ao voltar de novo a Jerusalém, todos contemplaram aquela árvore, antes frondosa, que mostrava os ramos nus e secos. Pedro fê-lo notar a Jesus: «Olha, Mestre, a figueira que amaldiçoaste secou!» Jesus disse-lhes: «Tende fé em Deus. Em verdade vos digo, se alguém disser a este monte: 'Sai daí e lança-te ao mar', e não vacilar em seu coração, mas acreditar que o que diz vai se realizar, assim acontecerá.»

Durante a sua vida pública, para realizar milagres, Jesus pedia uma só coisa: fé. Aos cegos que lhe suplicavam a cura, tinha-lhes perguntado: credes que posso fazer isso? – Sim, Senhor, responderam-lhe. Então tocou-lhes os olhos dizendo: que se faça em vós conforme a vossa fé. E abriram-se-lhes os olhos. E contam os Evangelhos que, em muitos lugares, não realizou prodígios, porque às pessoas lhes faltava fé.

Também nós temos de nos interrogar: como é a nossa fé? Confiamos plenamente na palavra de Deus? Pedimos na oração o que necessitamos, seguros de consegui-lo se é para nosso bem? Insistimos nas súplicas, o que seja preciso, sem desfalecer?

São Josemaria comentava esta cena do Evangelho. «Jesus – escreve – aproxima-se de ti e aproxima-se de mim. Jesus tem fome e sede de almas. Do alto da cruz clamou: sitio!, tenho sede. Sede de nós, do nosso amor, das nossas almas e de todas as almas que lhe devemos levar pelo caminho da Cruz, que é o caminho da imortalidade e da glória do Céu.».

Aproximou-se da figueira, não achando senão folhas (Mt 21, 19). É lamentável isto. É assim na nossa vida? Será que, tristemente, falta fé, vibração de humildade, será que não aparecem sacrifícios nem obras?

Os discípulos maravilharam-se com o milagre, mas de nada lhes serviu: poucos dias depois negariam o seu Mestre. A fé deve informar a vida inteira. «Jesus Cristo estabelece esta condição», prossegue São Josemaria: «que vivamos da fé, porque depois seremos capazes de remover montanhas. E há tantas coisas para remover... no mundo e, antes de mais nada, no nosso coração. Tantos obstáculos à graça! Tenhamos, pois, fé. Fé com obras, fé com sacrifício, fé com humildade».

Maria, com a sua fé, tornou possível a obra da Redenção. João Paulo II afirma que no centro deste mistério, no mais vivo desta admiração de fé está Maria, Santa Mãe do Redentor (Redemptoris Mater, 51). Ela acompanha constantemente todos os homens pelos caminhos que conduzem à vida eterna. A Igreja, escreve o Papa, contempla Maria profundamente inserida na história da humanidade, na eterna vocação do homem segundo o desígnio providencial que Deus predispôs eternamente para ele; vê-a maternalmente presente e participante nos múltiplos e complexos problemas que acompanham hoje a vida dos indivíduos, das famílias e das nações; vê-a socorrendo o povo cristão na luta incessante entre o bem e o mal, para que "não caia" ou, se caiu, para que "se erga". (Redemptoris Mater, 52).

Maria, Mãe nossa: alcança-nos com a tua intercessão poderosa uma fé sincera, uma esperança segura, um amor ardente.

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QUARTA-FEIRA SANTA: JUDAS ATRAIÇOA JESUS

Na Quarta-Feira Santa recordamos a triste história daquele que foi Apóstolo de Cristo: Judas. Assim conta São Mateus no seu evangelho: Um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes e disse-lhes: «Quanto me dareis, se eu vo-lo entregar?» Eles garantiram-lhe trinta moedas de prata. E, a partir de então, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus.

Por que a Igreja recorda este acontecimento? Para que nos convençamos de que todos podemos comportar-nos como Judas. Para que peçamos ao Senhor que, da nossa parte, não haja traições, nem distanciamentos, nem abandonos. Não somente pelas consequências negativas que isso poderia trazer às nossas vidas pessoais, o que já seria muito; mas porque poderíamos arrastar outros, que necessitam da ajuda do nosso bom exemplo, do nosso ânimo, da nossa amizade.

Em alguns lugares da América, as imagens de Cristo crucificado mostram uma chaga profunda na face esquerda do Senhor. E contam que essa chaga representa o beijo de Judas. Tão grande é a dor que os nossos pecados causam a Jesus! Digamos-lhe que desejamos ser-lhe fiéis: que não queremos vendê-lo – como Judas – por trinta moedas, por uma ninharia, pois isso são todos os pecados: a soberba, a inveja, a impureza, o ódio, o ressentimento... Quando uma tentação ameaça atirar-nos para o chão, pensemos que não vale a pena trocar a felicidade dos filhos de Deus, que é o que somos, por um prazer que logo acaba e deixa o gosto amargo da derrota e da infidelidade.

Temos de sentir o peso da Igreja e de toda a humanidade. Não é admirável saber que qualquer um de nós pode ter influência no mundo inteiro? No lugar onde estamos, realizando bem o nosso trabalho, cuidando da família, servindo os amigos, podemos ajudar a felicidade de tantas pessoas. Como escreve São Josemaria Escrivá, com o cumprimento dos nossos deveres cristãos, temos de ser como a pedra caída no lago. – Produz, com o teu exemplo e com a tua palavra um primeiro círculo... e este, outro... e outro, e outro... Até chegar aos lugares mais remotos.

Vamos pedir ao Senhor que não o atraiçoemos mais; que saibamos afastar, com a sua graça, as tentações que o demônio nos apresenta, enganando-nos. Temos de dizer que não, decididamente, a tudo o que nos afaste de Deus. Assim não se repetirá na nossa vida a desgraçada história de Judas.

E se nos sentirmos débeis, corramos ao Santo Sacramento da Penitência! Ali o Senhor nos espera, como o pai da parábola do filho pródigo, para nos dar um abraço e oferecer-nos a sua amizade. Continuamente sai ao nosso encontro, ainda que tenhamos caído baixo, muito baixo. Sempre é tempo de voltar a Deus! Não reajamos com desânimo, nem com pessimismo. Não pensemos: que vou fazer, se sou um cúmulo de misérias? Maior é a misericórdia de Deus! Que vou fazer, se caio uma e outra vez pela minha debilidade? Maior é o poder de Deus, para nos levantar das nossas quedas!

Grandes foram os pecados de Judas e de Pedro. Os dois atraiçoaram o Mestre: um entregando-o nas mãos dos perseguidores, outro negando-o por três vezes. E, no entanto, que diferente reação teve cada um! Para os dois o Senhor guardava torrentes de misericórdia.

Pedro arrependeu-se, chorou o seu pecado, pediu perdão, e foi confirmado por Cristo na fé e no amor; com o tempo, chegaria a dar a sua vida por Nosso Senhor. Judas, pelo contrário, não confiou na misericórdia de Cristo. Até o último momento teve abertas as portas do perdão de Deus, mas não quis entrar por elas através da penitência.

Na sua primeira encíclica, João Paulo II fala do direito de Cristo a encontrar-se com cada um de nós naquele momento chave da vida da alma, que é o momento da conversão e do perdão (Redemptor hominis, 20). Não privemos Jesus desse direito! Não tiremos a Deus Pai a alegria de nos dar o abraço de boas-vindas! Não contristemos o Espírito Santo, que deseja devolver às almas a vida sobrenatural!

Peçamos a Santa Maria, Esperança dos cristãos, que não permita o desânimo perante os nossos equívocos e pecados, talvez repetidos. Que nos alcance do seu Filho a graça da conversão, o desejo eficaz de recorrer – humildes e contritos – à Confissão, sacramento da misericórdia divina, começando e recomeçando sempre que seja preciso.

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QUINTA-FEIRA SANTA: INSTITUIÇÃO DA EUCARISTIA

A liturgia de Quinta-Feira Santa é riquíssima de conteúdo. É o grande dia da instituição da Sagrada Eucaristia, dom do Céu para os homens; o dia da instituição do sacerdócio, nova prenda divina que assegura a presença real e atual do Sacrifício do Calvário em todos os tempos e lugares, tornando possível que nos apropriemos dos seus frutos.

Aproximava-se o momento em que Jesus ia oferecer a sua vida pelos homens. Tão grande era o seu amor, que na sua Sabedoria infinita encontrou o modo de ir e de ficar, ao mesmo tempo. São Josemaria, ao considerar o comportamento dos que se vêem obrigados a deixar a sua família e a sua casa, para procurar emprego em outro lugar, comenta que o amor humano costuma recorrer aos símbolos. As pessoas que se despedem trocam lembranças entre si, talvez uma fotografia… Jesus Cristo, perfeito Deus e perfeito Homem, não deixa um símbolo, mas uma realidade. Fica Ele mesmo. Embora vá para o Pai, permanece entre os homens. Sob as espécies do pão e do vinho está Ele, realmente presente, com o seu Corpo, o seu Sangue, a sua Alma e a sua Divindade.

Como responderemos a esse amor imenso? Assistindo com fé e devoção à Santa Missa, memorial vivo e atual do Sacrifício do Calvário. Preparando-nos muito bem para comungar, com a alma bem limpa. Visitando Jesus com freqüência, escondido no Sacrário.

A primeira leitura da Missa, recorda o que Deus estabeleceu no Antigo Testamento, para que o povo israelita não se esquecesse dos benefícios recebidos. Desce a muitos detalhes: desde como devia ser o cordeiro pascoal, até aos pormenores que tinham de cuidar para recordar a passagem do Senhor. Se isso se prescrevia para comemorar alguns acontecimentos históricos, que eram só uma imagem da libertação do pecado realizada por Jesus Cristo, como deveríamos comportar-nos agora, quando verdadeiramente fomos resgatados da escravidão do pecado e feitos filhos de Deus!

Esta é a razão por que a Igreja nos inculca um grande esmero em tudo o que se refere à Eucaristia. Assistimos ao Santo Sacrifício todos os domingos e festas de guarda, sabendo que estamos participando numa ação divina?

São João relata que Jesus lavou os pés dos discípulos, antes da Última Ceia. Temos de estar limpos, na alma e no corpo, e aproximarmos para recebê-lo com dignidade. Para isso nos deixou o Sacramento da Penitência.

Comemoramos também a instituição do sacerdócio. É um bom momento para rezar pelo Papa, pelos Bispos, pelos sacerdotes, e para rogar que haja muitas vocações no mundo inteiro. Pediremos melhor na medida em que tenhamos mais diálogo com esse Jesus, que instituiu a Eucaristia e o Sacerdócio. Vamos dizer, com total sinceridade, o que repetia São Josemaria: Senhor, põe no meu coração o amor com que queres que eu te ame.

Na cena de hoje Nossa Senhora não aparece fisicamente, ainda que estivesse em Jerusalém naqueles dias: encontrá-la-emos amanhã ao pé da Cruz. Mas já hoje, com a sua presença discreta e silenciosa, acompanha muito de perto o seu Filho, em profunda união de oração, de sacrifício e de entrega. João Paulo II assinala que, depois da Ascensão do Senhor ao Céu, participaria assiduamente nas celebrações eucarísticas dos primeiros cristãos. E acrescenta o Papa: aquele corpo, entregue em sacrifício e presente agora nas espécies sacramentais, era o mesmo corpo concebido no seu ventre! Receber a Eucaristia devia significar para Maria quase acolher de novo no seu ventre aquele coração que batera em uníssono com o d'Ela (Ecclesia de Eucharistia, 56).

Também agora Nossa Senhora acompanha Cristo em todos os sacrários da terra. Peçamos-lhe que nos ensine a ser almas de Eucaristia, homens e mulheres de fé segura e de piedade forte, que se esforçam por não deixar Jesus só. Que saibamos adorá-lo, pedir-lhe perdão, agradecer os seus benefícios, fazer-lhe companhia.

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SEXTA-FEIRA SANTA: CRISTO NA CRUZ

Hoje queremos acompanhar Cristo na Cruz. Recordo umas palavras de São Josemaria, numa Sexta-Feira Santa. Convidava-nos a reviver pessoalmente as horas da Paixão: desde a agonia de Jesus no Horto das Oliveiras até à flagelação, a coroação de espinhos e a morte na Cruz. Dizia: atada a omnipotência de Deus por mão de homem levam o meu Jesus de um lado para outro, entre os insultos e os empurrões da multidão.

Cada um de nós pode se ver no meio daquela multidão, porque foram os nossos pecados a causa da imensa dor que se abate sobre a alma e o corpo do Senhor. Sim: cada um de nós leva Cristo, convertido em objeto de troça, de uma a outra parte. Somos nós que, com os nossos pecados, reclamamos aos gritos a sua morte. E Ele, perfeito Deus e perfeito Homem, deixa-nos agir. Tinha-o predito o profeta Isaías: maltratado, não abriu a sua boca; como cordeiro levado ao matadouro, como ovelha muda ante os tosquiadores.

É justo que sintamos a responsabilidade dos nossos pecados. É lógico que estejamos muito agradecidos a Jesus. É natural que procuremos a reparação, porque às nossas manifestações de desamor, Ele responde sempre com um amor total. Neste tempo da Semana Santa, vemos o Senhor mais próximo, mais semelhante aos seus irmãos os homens... Meditemos umas palavras de João Paulo II: Quem crê em Jesus crucificado e ressuscitado leva a Cruz como um triunfo, como prova evidente de que Deus é amor... Mas a fé em Cristo nunca se pode dar por pressuposta. O mistério pascal, que reviveremos nos dias da Semana Santa, é sempre atual. (Homilia, 24-III-2002).

Peçamos a Jesus, nesta Semana Santa, que desperte na nossa alma a consciência de ser homens e mulheres verdadeiramente cristãos, para que vivamos de cara a Deus e, com Deus, voltados a todas as pessoas.

Não deixemos que o Senhor leve a Cruz sozinho. Acolhamos com alegria os pequenos sacrifícios diários.

Aproveitemos a capacidade de amar, que Deus nos concedeu, para concretizar propósitos, mas sem ficarmos num mero sentimentalismo. Digamos sinceramente: Senhor, nunca mais! Nunca mais! Peçamos com fé para que nós e todas as pessoas da terra descubramos a necessidade de ter ódio ao pecado mortal e de repelir o pecado venial deliberado, que tantos sofrimentos causaram ao nosso Deus.

Que grande é o poder da Cruz! Quando Cristo é objeto de riso e de escárnio para todo o mundo; quando está no Madeiro sem querer arrancar os cravos; quando ninguém daria nem um centavo pela sua vida, o bom ladrão – um como nós – descobre o amor de Cristo agonizante, e pede perdão. Hoje estarás comigo no Paraíso. Que força tem o sofrimento, quando se aceita junto de Nosso Senhor! É capaz de tirar – das situações mais dolorosas – momentos de glória e de vida. Esse homem que se dirige a Cristo agonizante, encontra a remissão dos seus pecados, a felicidade para sempre.

Nós temos de fazer o mesmo. Se perdermos o medo da Cruz, se nos unirmos a Cristo na Cruz, receberemos a sua graça, a sua força, a sua eficácia. E encher-nos-emos de paz.

Ao pé da Cruz descobrimos Maria, Virgem fiel. Peçamos-lhe, nesta Sexta-Feira Santa, que nos empreste o seu amor e a sua força, para que também nós saibamos acompanhar Jesus. Dirigimo-nos a Ela com umas palavras de São Josemaria, que ajudaram milhões de pessoas. Diz: Minha Mãe (tua, porque és seu por muitos títulos), que o teu amor me ate à Cruz do teu Filho; que não me falte a Fé, nem a valentia, nem a audácia, para cumprir a vontade do nosso Jesus.

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SÁBADO SANTO: SILÊNCIO E CONVERSÃO

Hoje é um dia de silêncio na Igreja: Cristo jaz no sepulcro e a Igreja medita, admirada, o que fez este Senhor nosso por nós. Guarda silêncio para aprender do Mestre, ao contemplar o seu corpo destroçado.

Cada um de nós pode e deve unir-se ao silêncio da Igreja. E ao considerar que somos responsáveis por essa morte, esforçar-nos-emos para que as nossas paixões, as nossas rebeldias, tudo o que nos afaste de Deus, guardem silêncio. Mas sem estarmos meramente passivos: é uma graça que Deus nos concede quando a pedimos diante do Corpo morto do seu Filho, quando nos empenhamos por tirar da nossa vida tudo o que nos afasta d’Ele.

O Sábado Santo não é um dia triste. O Senhor venceu o demônio e o pecado, e dentro de poucas horas vencerá também a morte com a sua gloriosa Ressurreição. Reconciliou-nos com o Pai celestial: já somos Filhos de Deus! É necessário fazer propósitos de agradecimento, que tenhamos a segurança de superar todos os obstáculos, sejam de que tipo for, se nos mantivermos bem unidos a Jesus pela oração e pelos sacramentos.

O mundo tem fome de Deus, ainda que muitas vezes não o saiba. As pessoas estão desejando que se lhes fale desta realidade gozosa – o encontro com o Senhor –, e para isso viemos nós os cristãos. Tenhamos a valentia daqueles dois homens – Nicodemos e José de Arimateia –, que durante a vida de Jesus Cristo mostravam respeitos humanos, mas que, no momento definitivo, se atrevem a pedir a Pilatos o corpo morto de Jesus, para lhe dar sepultura. Ou a daquelas mulheres santas que, sendo Cristo já um cadáver, compram aromas e acodem para embalsamá-lo, sem ter medo dos soldados que guardam o sepulcro.

À hora da debandada geral, quando todo o mundo se sentiu com direito de insultar, rir e mofar-se de Jesus, eles vão dizer: dá-nos esse Corpo, que nos pertence. Com que cuidado o desceriam da Cruz e iriam olhando as suas Chagas! Peçamos perdão e digamos, com palavras de São Josemaria: eu subirei com eles ao pé da Cruz, apertar-me-ei ao Corpo frio, cadáver de Cristo, com o fogo do meu amor..., despregá-Lo-ei com os meus desagravos e mortificações..., envolvê-Lo-ei com o lençol novo da minha vida limpa e enterrá-Lo-ei no meu peito de rocha viva, onde ninguém mo poderá arrancar; e, aí, Senhor, descansai!

Compreende-se que pusessem o corpo morto do Filho nos braços da Mãe, antes de dar-lhe sepultura. Maria era a única criatura capaz de lhe dizer que entende perfeitamente o seu Amor pelos homens, pois Ela não foi causadora dessas dores. A Virgem Puríssima fala por nós; mas fala para nos fazer reagir, para que experimentemos a sua dor, feita uma só coisa com a dor de Cristo.

Tiremos propósitos de conversão e de apostolado, de identificar-nos mais com Cristo, de estar totalmente centrados nas almas. Peçamos ao Senhor que nos transmita a eficácia salvadora da sua Paixão e da sua Morte. Consideremos o panorama que se nos apresenta por diante. As pessoas que nos rodeiam esperam que nós os cristãos lhes descubramos as maravilhas do encontro com Deus. É necessário que esta Semana Santa – e depois todos os dias – seja para nós um salto de qualidade, um dizer ao Senhor que se meta totalmente nas nossas vidas. É preciso comunicar a muitas pessoas a Vida nova que Jesus Cristo nos conseguiu com a Redenção.

Recorramos a Santa Maria: Virgem da Solidão, Mãe de Deus e Mãe nossa, ajuda-nos a compreender – como escreve São Josemaria – que é preciso fazer vida nossa a vida e a morte de Cristo. Morrer pela mortificação e pela penitência, para que Cristo viva em nós pelo Amor. E seguir então os passos de Cristo, com ânsia de corredimir todas as almas. Dar a vida pelos outros. Só assim se vive a vida de Jesus Cristo e nos fazemos uma só coisa com Ele.

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DOMINGO DE PÁSCOA: JESUS VENCEU

Transcorrido o sábado, Maria Madalena, Maria a Mãe de Tiago, e Salomé, compraram perfumes para ir embalsamar Jesus. Muito de madrugada, no primeiro dia da semana, ao nascer do sol, dirigiram-se ao sepulcro. Assim começa São Marcos a narração do sucedido naquela madrugada de há dois mil anos, na primeira Páscoa cristã.

Jesus tinha sido sepultado. Aos olhos dos homens, a sua vida e a sua mensagem tinham terminado com o mais profundo dos fracassos. Os seus discípulos, confusos e atemorizados, tinham-se dispersado. As próprias mulheres que acodem para realizar um gesto piedoso, perguntam-se umas às outras: quem nos tirará a pedra da entrada do sepulcro? "No entanto, faz notar São Josemaria, seguem adiante... Tu e eu, como andamos de vacilações? Temos esta decisão santa, ou temos de confessar que sentimos vergonha ao contemplar a decisão, a intrepidez, a audácia destas mulheres?".

Cumprir a Vontade de Deus, ser fiéis à lei de Cristo, viver coerentemente a nossa fé, pode parecer às vezes muito difícil. Apresentam-se obstáculos que parecem insuperáveis. No entanto, não é assim. Deus vence sempre.

A epopéia de Jesus de Nazaré não termina com a sua morte ignominiosa na Cruz. A última palavra é a da Ressurreição gloriosa. E os cristãos, no Batismo, somos mortos e ressuscitados com Cristo: mortos para o pecado e vivos para Deus. «Oh Cristo – dizemos com o Santo Padre João Paulo II –, como não te dar graças pelo dom inefável que nos ofereces nesta noite! O mistério da tua Morte e da tua Ressurreição infunde-se na água batismal que acolhe o homem velho e carnal, e o faz puro, com a mesma juventude divina» (Homilia, 15-IV-2001).

Hoje a Igreja, cheia de alegria, exclama: este é o dia que o Senhor fez: regozijemo-nos e alegremo-nos com ele! Grito de júbilo que se prolongará durante cinqüenta dias, ao longo do tempo pascal, como um eco das palavras de São Paulo: posto que vós ressuscitastes com Cristo, procurai os bens do alto, onde está Cristo sentado à direita de Deus. Ponham todo o coração nos bens do céu, não nos da terra; porque morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.

É lógico pensar – e assim o considera a Tradição da Igreja – que Jesus Cristo, uma vez ressuscitado, apareceu em primeiro lugar à sua Santíssima Mãe. O fato de que não apareça nos relatos evangélicos, com as outras mulheres, é – como assinala João Paulo II – um indício de que Nossa Senhora já havia se encontrado com Jesus.

«Esta dedução ficaria confirmada também – acrescenta o Papa – pelo fato de que as primeiras testemunhas da ressurreição, por vontade de Jesus, foram as mulheres, as quais permaneceram fiéis ao pé a Cruz e, portanto, mais firmes na fé» (Audiência, 21-V-1997). Só Maria tinha conservado plenamente a fé, durante as horas amargas da Paixão; por isso é natural que o Senhor tivesse aparecido a Ela em primeiro lugar.

Temos de permanecer sempre junto à Nossa Senhora, mas mais ainda no tempo de Páscoa, e aprender d’Ela. Com que ânsias tinha esperado a Ressurreição! Sabia que Jesus tinha vindo salvar o mundo e que, portanto, devia padecer e morrer; mas também conhecia que não podia ficar sujeito à morte, porque Ele é a Vida.

Uma boa forma de viver a Páscoa consiste em esforçar-nos por fazer os outros participantes da vida de Cristo, cumprindo com primor o mandamento novo da caridade, que o Senhor nos deu na véspera da sua Paixão: nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros. Cristo ressuscitado repete agora a cada um de nós. Diz-nos: amem-se de verdade uns aos outros, esforcem-se todos os dias por servir os outros, estejam atentos aos detalhes mais pequenos, para fazer a vida agradável aos que convivem convosco.

Mas voltemos ao encontro de Jesus com a sua Santíssima Mãe. Que contente estaria Nossa Senhora, ao contemplar aquela Humanidade Santíssima – carne da sua carne e vida da sua vida – plenamente glorificada! Peçamos-lhe que nos ensine a sacrificar-nos pelos outros sem o fazer notar, sem esperar sequer que nos agradeçam: que tenhamos fome de passar inadvertidos, para assim possuirmos a vida de Deus e comunicá-la a outros. Hoje dirigimos-lhe a oração do Regina Caeli, saudação própria do tempo pascal. Rainha do Céu alegrai-vos, aleluia / Porque aquele que merecestes trazer em vosso seio, aleluia / Ressuscitou como disse, aleluia. / Rogai por nós a Deus, aleluia. / Exultai e alegrai-vos, ó Virgem Maria, aleluia / Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente, aleluia.

Quaresma tempo de reflexão


Esse texto do Padre Adroaldo foi sugerido pela Cordenação de Catequese do Regional Leste II, através da Lucimara Trevisan, para leitura de todos nós catequistas. 

ORAÇÃO, JEJUM, ESMOLA: o dinamismo de uma vida “ordenada
  Pe. Adroaldo Palaoro sj

Quaresma é tempo favorável para “ordenar a própria vida”  na direção do sonho de Deus para toda a humanidade. Para que este processo de “ordenamento” aconteça, o tempo litúrgico quaresmal nos convida a “considerar” as nossas relações vitais: com Deus, com os outros, com o mundo e consigo mesmo.
No Evangelho fala-se das “práticas quaresmais” da oração, esmola e jejum, onde nossas relações são iluminadas e questionadas pelo modo de proceder de Jesus. Quê sentido tem, para nossa cultura, estes três gestos que são propostos para uma vivência fecunda da Quaresma?
Em primeiro lugar, são três gestos que nos humanizam e tornam a vida mais leve e com sentido; eles condensam o sentido da vida cristã. A vida é um abrir-se aos demais (esmola), um manter-se no mistério de Deus (oração) e ser capaz de ordenar e dirigir a própria existência (jejum).
É preciso criar espaço novo no coração e na mente, para que coisas novas aconteçam.
Vividos a partir da identificação com Jesus Cristo, os valores da oração, da esmola e do jejum podem nos aproximar dos pobres e excluídos; mover-nos de compaixão e misericórdia; exercitar-nos na prática do bem e da bondade; acolher o outro com sinceridade; perdoar gratuitamente; cuidar com ternura e admiração; mergulhar no mistério de cada coisa; deixar-nos envolver pela graça e permitir que o amor circule em nós e no mundo, gerando vida em abundância. Trata-se de um “modo de proceder” permanente.

Oração: oração em tempos de tecnologia e de rapidez parece algo sem sentido.
                No entanto, a oração nos ajuda a buscar sentido em todas as experiências, pois ela nos aproxima da simplicidade e da ternura. Ou seja, a oração torna o coração mais dócil, fazendo-nos mais humanos e, por isso, mais próximos de Deus. A oração é uma mão estendida para o divino; não é dobrar a vontade de Deus a nosso favor; pelo contrário, é colocar-nos em sintonia com Deus, para entendermos o que é melhor para nosso verdadeiro bem. É deixar Deus ser Deus, ou seja, revelar sua paternidade e maternidade com cada um de nós.
Orar é sentir-nos participantes da riqueza divina e de seus dons. É sentir-nos agraciados e plenos de sentido do infinito, tirando-nos da mesmice e do vazio. Orar nos molda o coração de acordo com o coração de Deus, nos ajuda a sermos mais irmãos uns dos outros e reforça a certeza de que somos filhos e filhas amados(as) de Deus.

Jejum: o jejum nos humaniza, nos faz descer do pedestal e nos torna mais sensíveis e solidários; fazer jejum
             tem sentido quando brota da sensibilidade que evita o desperdício, o consumo desenfreado, o esbanjamento e o orgulho. Na linguagem inaciana, jejuar é “sair do próprio amor, querer e interesse”, ou seja, viver na simplicidade de quem renuncia a um “EU” enorme por um “mundo diferente”.
Jejuamos para crescer; jejuamos para recordar que as “coisas” não são um fim, mas um meio; jejuamos como forma de olhar ao redor e recordar que a realidade é muito mais ampla que nossa própria situação. Jejuar não é “deixar de comer”. É aceitar de maneira consciente que nossos desejos, nossas necessidades, nossos interesses, nossas preocupações não são o centro do mundo.
Por isso jejuar pode ser um convite a ordenar  a mente, a pacificar o coração, a serenar os olhos, a guardar a língua... Purificar a tendência ao imediatismo, ao falso moralismo, puritanismo e perfeccionismo. Implica também “dar um tempo”à tentação de falar dos outros, destruir sua imagem e diminuir seu valor; “dar um tempo” à tentação de ver apenas a aparência e julgar por ela, de ver sujeira em tudo e não ver a beleza em tantas expressões, de ver somente o errado e não acolher os limites e a boa vontade dos demais. Jejuar os olhos para ver o que alegra o coração. Jejuar é cuidar-se, com simplicidade e veneração, e manter viva a alma (= sempre animados). Por lembrar-nos de nossa precariedade, o jejum pode nos tornar sensíveis ao próprio mistério da vida que somos; é colocar em questão a razão de ser da vida. Para quê vivemos?

Esmola: a palavra “esmola” soa mal. Dá idéia de resto, de poder de uns sobre o nada de outros.
               O termo “esmola” deriva do grego “eleéo”, “ter piedade”, cuja forma imperativa “eleéson” figura no “kyrie” do ato penitencial da celebração eucarística. Antes que possamos ter piedade dos outros é Deus que teve piedade de nós. Precisamente porque brota da piedade divina e se modela sobre ela, a esmola não se reduz a um gesto de ordem apenas material: ela manifesta “um ato que indica o fazer-se companheiro de viagem de quantos se encontram em dificuldade”, participando na sua situação, com ternura.
O sentido está em oferecer algo de si, importante, significativo. Tem a ver com abertura de coração, sensibilidade e olhos abertos. É resultado de uma atenção permanente e ativa, que vai ao encontro do outro, que toma iniciativa, que se comove. É um estímulo a superar o assistencialismo, que mantém as diferenças, sustenta a dependência e não promove a cidadania. Provoca-nos à solidariedade e ao espírito de compaixão, nos move ao serviço, à presença-qualidade, ao voluntariado, à prática do bem e da justiça.
                                                                                  Pe. Adroaldo Palaoro sj

Textos bíblicosLc. 11,1-12  Is. 58,1-12  Lc. 12,22-34


sábado, 26 de março de 2011

Sugestões de ações na Campanha da Fraternidade 2011

Na reunião de 13/03/2011, fizemos trabalhos em grupo sobre quais ações é possível fazer com os catequizandos durante a Campanha da Fraternidade. A seguir o resultado apresentado em plenário:

* Fazer encontros fora do ambiente habitual de catequese, procurar um lugar aberto onde podemos sentir a natureza;
* Conscientizar sobre a limpeza do ambiente, casa, escola, catequese e na rua;
* Conscientizar para a coleta seletiva do lixo em casa (catequistas);
* Despertar a sensibilidade da contemplação da natureza, apreciar o belo e ajudá-los a entender que a natureza faz parte da oração para a nossa vida.
* Visitar zoológico e horto florestal;
* Plantar flores e árvores, falar com o prefeito sobre um lugar apropriado para o plantio;
* Ensinar que a comida pode se tornar esterco orgânico, por isso ela deve ser colocada debaixo da terra;
* Chegar atpe as autoridades, através das crianças da catequese, um manifesto a favor de que promovam maior cuidado com o lixo e com os aterros sanitários;
* Abranger os pais nos encontros para que sejam conscientizados.
* Recolher os lixos em volta da represa de Furnas (crianças da Fama);
* Pedir para as Prefeituras as coletas de lixo;
* Conscientizar na catequese a importânica da preservação do patrimônio público;
* Plantio de mudas, convidar as crianças e jovens;
* Visitar o lixão;
* Trabalhar as letras das músicas da Campanha da Fraternidade;
* Visitar uma nascente;
* Plantas mudas de árvores nativas;
* Conscientizar as crianças sobre as queimadas;
* Levar o catequizando a acreditar que ele deve cuidar da nossa mãe terra, ela é o único planeta que tem possibilidade de vida na nossa galáxia;
* Trabalhar cartazes com as crianças durante a campanha, montar uma exposição convidando a sociedade para visitar.
* Levar os catequizandos a um passeio em um parque ou a um jardim;
* Trabalhar com teatro;
* Mostrar com paisagens e fotos antigas como antes tínhamos mais verde e hoje não temos mais.













quinta-feira, 24 de março de 2011

Oração da Campanha da Fraternidade 2011


Oração da Campanha da Fraternidade

Senhor Deus, nosso Pai e Criador.
A beleza do universo revela a vossa grandeza,
A sabedoria e o amor com que fizestes todas as coisas,
E o eterno amor que tendes por todos nós.

Pecadores que somos, não respeitamos a vossa obra,
E o que era para ser garantia da vida está se tornando ameaça.
A beleza está sendo mudada em devastação,
E a morte mostra a sua presença no nosso planeta.

Que nesta quaresma nos convertamos
E vejamos que a criação geme em dores de parto,
Para que possa renascer segundo o vosso plano de amor,
Por meio da nossa mudança de mentalidade e de atitudes.

E, assim, como Maria, que meditava a vossa Palavra e a fazia vida,
Também nós, movidos pelos princípios do Evangelho,
Possamos celebrar na Páscoa do vosso Filho, nosso Senhor,
O ressurgimento do vosso projeto para todo o mundo.
Amém.

Hino da Campanha da Fraternidade 2011


Hino da CF 2011
 
1. Olha, meu povo, este planeta terra:
Das criaturas todas, a mais linda!
Eu a plasmei com todo amor materno,
Pra ser um berço de aconchego e vida. (Gn 1)

Nossa mãe terra, Senhor,
Geme de dor noite e dia.
Será de parto essa dor?
Ou simplesmente agonia?!
Vai depender só de nós!
Vai depender só de nós!

2. A terra é mãe, é criatura viva;
Também respira, se alimenta e sofre.
É de respeito que ela mais precisa!
Sem teu cuidado ela agoniza e morre.

3. Vê, nesta terra, os teus irmãos. São tantos...
Que a fome mata e a miséria humilha.
Eu sonho ver um mundo mais humano,
Sem tanto lucro e muito mais partilha!

4. Olha as florestas: pulmão verde e forte!
Sente esse ar que te entreguei tão puro...
Agora, gases disseminam morte;
O aquecimento queima o teu futuro.

5. Contempla os rios que agonizam tristes.
Não te incomoda poluir assim?!
Vê: tanta espécie já não mais existe!
Por mais cuidado implora esse jardim!


Texto para trabalhar a Campanha da Fraternidade 2011 na catequese infantil




Uma boa Solução

As formiguinhas amigas estavam decididas a preservar o riacho e foram falar com as Sauvitas. Ao encontrar a rainha Sauvita, a rainha Formosa falou:
- Nós viemos até aqui porque soubemos da limpeza que estão fazendo.
- É estamos! Havia tanto lixo ao redor do formigueiro, que não sabíamos o que fazer. Então o ministro da Limpeza teve a idéia de jogarmos tudo no riacho.
- E você achou essa idéia boa? – perguntou o mestre.
- Certamente, pois o riacho fica sujinho por alguns dias; porém, quando chove, a sujeira vai embora e ele fica limpo novamente – respondeu a rainha Sauvita.
- Rainha Sauvita, na verdade, a sujeira vai embora dessa parte do riacho; entretanto, ela continua sujando o riacho, poluindo a água e tirando sua pureza.
- Mas... não foi isso que o ministro da Limpeza me informou, mestre! – disse a rainha.
Preocupada, mandou chamar o ministro da Limpeza, ordenou que parassem com tudo e pediu que Formisã conversasse com as Sauvitas.
- Quando o Senhor Criador fez a natureza, Ele queria que ela fosse cuidada e preservada. No entanto, muitas criaturas não têm feito isso, por isso tanto lixo é jogado na Floresta! Sabemos que vocês querem limpar seu formigueiro, porém não podem sujar outra parte da natureza por causa disso! – explicou o mestre.
- E agora?O que faremos para limpar o riacho? – perguntou uma Sauvita.
- Lamento que a sujeira que já foi jogada não possa ser totalmente retirada. Não mais jogaremos a sujeira aqui e vamos retirar o que conseguirmos.
- Podemos nos unir e fazer isso agora mesmo- sugeriu Formosa.
Todas se uniram para a limpeza e, depois de tudo limpinho, combinaram cuidar do riacho Claro para que suas águas permanecessem sempre puras.
Em que lugares não devemos jogar o lixo? Por que?
(Autor Desconhecido)

domingo, 13 de março de 2011

Reunião Setorial 13/03/2011

Estivemos reunidos no salão da Igreja Nossa Senhora Aparecida de Alfenas, no dia 13/03/2011, para a primeira reunião do Setor Alfenas, presentes 30 catequistas das paróquias Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora Aparecida de Serrania, Paróquia Sagrado Coração de Jesus da Fama, Paróquia São José de Machado, Paróquia São Pedro Apóstolo, Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Alfenas, Paróquia São Sebastião e São Cristóvão de Alfenas, Paróquia São José e Dores, Paróquia Nossa Senhora de Fátima, Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora. Rosa falou sobre a relação do Diretório Diocesano de Catequese com a Campanha da Fraternidade 2011 - Fraternidade e a vida no planeta. Foi também lembrado o Curso de Formação de novos coordenadores paroquiais, que será ministrado em parceria com o Setor Areado, primeiro encontro será no dia 27/03/2011 - Tema: A pessoa Humana.
Recolhido os planejamentos e cronogramas, dado boas vindas as novas coordenações paroquiais as paróquias São Sebastião e São Cristóvão, alteração no coordenação da Crisma. Paróquia Nossa Senhora Aparecida, provisória mudança na catequese Infantil e Crisma da Paróquia São José.
Sentimos a ausência da Paróquia Sagrada Família de Machado, da Paróquia Santa Isabel de Guaipava e da Nossa Senhora Auxiliadora de Paraguaçu, como também das coordenações da Crisma das Paróquias São José e Dores, Nossa Senhora de Fátima e Nossa Senhora Aparecida de Alfenas. 



















 

quinta-feira, 10 de março de 2011

Campanha da Fraternidade 2011

Dia 08/03/2011 começou a Campanha da Fraternidade 2011 - Tema: Fraternidade e a vida no planeta e o lema
"A criação geme em dores de parto" (Rm 8,22).


Abaixo sugestões enviada pelo Luiz Sérgio retirado do site da CNBB para trabalharmos a Campanha na Catequese.


Encontros prontos para Campanha da Fraternidade! Crianças e Adolescentes!


Vamos disponibilizar um material muito produtivo para você trabalhar seus encontros de catequese, com o tema da Campanha da Fraternidade.
Se quiser comprar o livrinho; Procure nas livrarias católicas da sua cidade.
Editora Vozes, Paulinas, etc...

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
Encontros Catequéticos com crianças e adolescentes.
CNBB

Que nossos catequizandos aprendam com o Mestre a caminhar no espaço onde eles vivem anunciando a urgência de assumir novas posturas a fim de colaborar com o "passar o nosso planeta a limpo".

Primeiro Encontro
Fraternidade e Vida no Planeta

1_ Abrindo o nosso coração:
Saudação inicial_ Oração da Campanha da Fraternidade 2011
Dinâmica para abrir o coração; Quem sou eu?
Finalidade: Promover a integração do grupo, procurando levantar expectativas para estudos da CF de modo que fique mais fácil o autoconhecimento.

O que vai ser usado: Canetinhas coloridas, papéis, fita adesiva.

Como realizar:

1- Distribuir para cada participante um papel e pedir que escrevam o nome e criem um símbolo da natureza que os represente bem como uma palavra que simbolize suas expectativas em relação aos estudos da CF.

2- Quando todos estiverem prontos, deverão colar o papel no peito e circular pela sala observando os nomes, os símbolos e as expectativas de cada um.

3- Formar um círculo e cada catequizando se apresenta; fala do seu símbolo, explicando-o para o grupo sua expectativa e finalmente o seu nome.

4- Colocar os papéis num mural da sala para ser usado durante os encontros.

Olhando a realidade:

Catequista: A CF deste ano vai contribuir para o aprofundamento de estudos e reflexões sobre a superação dos problemas ambientais, provocados pelo aquecimento global e o que isso provoca nas condições de vida no planeta. Precisamos mais que nunca desenvolver uma educação capaz de promover essa consciência de vida planetária. Nós pertencemos a uma comunidade humana que vive no Planeta Terra.

Entrada do Cartaz da CF 2011

Catequista: Formar duplas e observar o cartaz- discutir na dupla a imagem que está sendo percebida;

·                     O que o cartaz está dizendo para nós?
·                     O que estamos dizendo para o cartaz? Analisar o tema: Fraternidade e Vida no Planeta.
·                     O que o grupo está entendendo das palavras do tema?
Solicitar que cada dupla  registre o que foi discutido. Apresentar no grupo maior o que cada dupla refletiu. Recolher o material e montar um álbum com esse material.


Apresentar o Hino da CF 2011, destacando o primeiro verso e o refrão. Fazer uma leitura bem pausada para entendimento da Vida do Planeta.


Julgando a realidade

Catequista: Nossa vida é orientada pela Palavra de Deus. A Cf 2011 no 1° verso do seu canto apresenta:
Olha, meu povo, este planeta terra:
Das criaturas todas, a mais linda!
Eu a plasmei com todo amor materno,
(Entoar o primeiro verso e o refrão)
A Bíblia vai entrar durante o canto.

O catequista vai proclamar a Leitura do Livro do Gêneses 1, 1- 30;2,1-4a

Destacar:
·                     Nosso Deus é Criador e Salvador- é o Deus da Vida.
·                     A obra de Deus nos três primeiros dias faz uma diferenciação: Separar a luz das trevas, as águas superiores das inferiores e a terre firme no mar. Depois nos outros três dias, fez a ornamentação do Cosmo- o sol, a lua, as estrelas, as aves, os peixes, a vegetação, os animais, os animais, e finalmente o homem. No sétimo dia, descansou.
·                     Deus santificou o dia do descanso.
·                     Deus disse para o homem dominar os peixes, as aves, os animais. A tarefa do ser humano é guardar, preservar, cultivar a criação de Deus. E o que o homem fez? Submeteu a Terra, depredou a natureza.
O grupo de catequizandos será dividido em dois. Um grupo vai construir numa folha a obra de Deus. O Paraíso com todas as situações boas que Deus quis para cada um de nós. O outro grupo vai construir noutra folha o mundo dominado pelo homem, com sinais de morte e destruição. Colocar as duas construções uma ao lado da outra. Fazer uma leitura dos aspectos positivos e negativos comparando as duas situações. 

Rezando sobre a realidade.
A partir das duas construções o grupo vai elaborar preces espontâneas sobre a situação criada. Em cada pedido, vai ser respondido: Que o Deus da Vida abençoe nossa Mãe Natureza!

Fazendo algo para transformar:
Catequista: Cada um de nós se encontra num lugar no mundo e precisamos fazer algo com urgência para resgatara Vida no Planeta. Temos que ter a consciência de que um mundo melhor deve começar em nossa casa. Nesta CF os estudos têm um foco maio; o aquecimento global. E como cada um de nós deve fazer a sua parte, nessa semana vamos nos comprometer em mudar algumas atitudes que podem ajudar na construção de um Mundo Novo.

1- Tomar banho rápido de chuveiro
2- Utilizar sacolas ecológicas para as compras, pois as sacolas de plástico descartáveis são grandes inimigas do meio ambiente.
3- Desligar o computador quando não estiver usando.
4- Não brincar com a água, pois ela é um bem precioso.
5- Contar para as outras pessoas o que você está refletindo na Catequese.

O que ficou do encontro para a nossa Vida?

Apresentar novamente o CF 2011. O que temos a dizer após a reflexão de hoje? Fazer uma releitura do cartaz. Analisar toda a construção feita no Encontro. Como podemos olhar o futuro, tendo como plano de fundo nossa realidade? Elaborar frases registrando-as numa folha.
Dar as mãos e rezar um Pai Nosso
Colocar em local visível as produções dos catequizandos.
Vamos ajudar a salvar o Planeta!

Encontro sobre Campanha da Fraternidade! Parte II

Como neste ano a CF 2011 falará muito sobre a nossa mãe natureza, eu sugiro: Compre 4 folhas de papel pardo e cole-as de duas em duas. Separe a sua turma em dois grupos: Um deverá trabalhar com o tema: A Criação de Deus e o outro a Destruição do Homem. As crianças poderão fazer colagens, desenhos, pinturas, de forma que o tema seja ainda discutido entre eles no final do encontro, deixando bem claro, que ainda há tempo de ajudarmos a salvar a Nossa Mãe Terra!
 
Você poderá também levar os recortes prontos: Lua, estrela, sol, homem, mulher, frutos, árvores, céu, animais, etc.... É uma atividade muito legal para trabalhar com as crianças. Tenho certeza que eles gostarão muito. Ainda mais se verem depois, seus trabalhos expostos lá na igreja. 
Como uma forma de terminar bem seu encontro sobre este tema, eu pensei em trabalhar junto com a comunidade, fazendo um trabalho de visitas às casas, ajudando as crianças a informarem a população sobre os males que nós estamos causando a Terra. Talvez você possa registrar essas visitas com fotografias e depois também deixá-las expostas num mural, lá na Igreja. 
Se você tem alguma sugestão a trabalhar com este tema envia um email nos contando a sua experiência!
Beijinhos!
Paz e Bem
Espero que gostem!

Campanha da Fraternidade parte III

A Criação geme em dores de parto

Abrindo o nosso coração:
O que significa abrir o coração?
Saudação inicial_ Oração da Cf 2011 ( Entregar a oração a cada um)

Cada catequizando vai observar as palavras ou as expressões que estão sublinhadas na Oração da Campanha da Fraternidade:

Senhor Deus nosso Pai e Criador;
A beleza do universo revela a vossa grandeza;
A sabedoria e o amor com que fizestes todas as coisas
e o eterno amor que tendes por nós.
Pecadores que somos, não respeitamos a vossa obra,
e o que era para ser garantia da vida, está se tornando ameaça.
A beleza está sendo mudada em devastação,
e a morte mostra a sua presença no nosso planeta.
Que nesta quaresma nos convertamos,
e vejamos que a criação geme em dores de parto.
Para que possa renascer segundo o vosso plano de amor;
Por meio da nossa mudança de mentalidades e de atitudes.
E assim, como Maria, que meditava a vossa Palavra e a fazia vida,
também nós, movidos pelos princípios do Evangelho, 
possamos celebrar na Páscoa do vosso Filho, nosso Senhor;
O ressurgimento do vosso projeto para todo o mundo.
Amém.

Dinâmica para abrir o coração: O que mais me tocou?
Material a ser usado:
Cruz grande, vela grande, as palavras sublinhadas da Oração da CF, canetinhas, pedaços de papel para registro.

1. Colocar no centro da sala do encontro a cruz, deitada no chão.

2. Aos pés da cruz, a vela que pode ter algum enfeite, como símbolo do Ressuscitado.

3. As palavras ou expressões escritas retiradas da Cf. Elas devem ser feitas pelos catequizandos. Dar um pedaço de papel para cada um e orientar o registro das mesmas.

4. Espalhar os papéis ao redor da cruz. Solicitar aos catequizandos que caminhem em volta do cenário montado e observem a palavra ou expressão que mais lhes chamou a atenção.

5. Voltar aos lugares e formar grupos de três para refletir sobre as palavras ou expressões observadas; dar um tempo para discussão.

6. Solicitar que comentem o que refletiram com todos no grupo.

Que lição podemos retirar dessa dinâmica? Em torno da cruz, à Luz do Ressuscitado, a criação com suas dores e alegrias adquire um novo significado.
Chamar os catequizandos pelos nomes ou símbolos que estão no mural realizado no encontro anterior para os lugares de modo a dar continuidade ao estudo de hoje.

2. Olhando a Realidade;

Catequista:
Solicitar a entrada do cartaz da CF 2011. Perceber as situações que necessitam de socorro urgente.
A Ecologia deixou de ser um assunto restrito dos cientistas, mas dos governantes, das empresas, da mídia, dos países, de todos nós. O Brasil também entrou nos estudos e discussão: Como fazer para salvar o homem do aquecimento global e melhorar a qualidade de vida na Terra? Mas o que é o aquecimento global? Vejamos como funciona. 
Imagine os ursos plares estão ficando sem casa com o derretimento das geleiras.






 Essa história de aquecimento global/ mudanças climáticas funciona mais ou menos assim: 
Sempre que:
- um adulto usa o seu carro para ir trabalhar ao invés de transporte público;
- um governo decide construir uma usina termoelétrica, movida a carvão, em de optar pela energia limpa dos ventos, do sol ou dos rios;
- pessoas cortam árvores na Amazônia ou em qualquer outro bioma, sem nenhum controle;
- deixamos a luz acesa ao sairmos do quarto;
- não desligamos o chuveiro enquanto nos ensaboamos no banho;
- não separamos nosso lixo para a reciclagem e ele vai parar em um aterro sanitário ou nos lixões, ou compramos produtos sem necessidade. Uma grande quantidade de gás carbônico( CO²), metano e outros gases são lançados na atmosfera...

Fazendo algo para transformar:

Verificar se as panelas estão tampadas na hora de cozinhar;
Evitar passar uma peça de roupa de cada vez;
Comprar alimentos frescos em vez de congelados;
Contar para os outros o que está fazendo nos estudos da CF 2011.

O que ficou do encontro para a nossa vida?
Analisar com as crianças algo sobre o desenho abaixo;




Colocar todas as construções realizadas no encontro no meio da sala. Todos abraçados, vão rezar a Oração da CF 2011 e a seguir, a Oração do Pai Nosso.

Vamos juntos salvar o Planeta!

Essa matéria é colaboração da catequista Luiz Sérgio Palhão, da Paróquia Nossa Senhora do Carmo de Paraguaçu.