quarta-feira, 29 de junho de 2011

Certa vez uma senhora me procurou, com um olhar atento me disse que queria ser catequista, achei interessante. A partir daquele momento fui descrevendo o que eu pensava sobre o ser catequista. Ás vezes ela me questionava sobre conteúdos, metodologia e outras coisas, já que era uma “professora” e estava aposentada. Respondi a ela que catequese não era escola e que não éramos “professores”, mas catequistas. A conversa foi continuando e percebi que algo estava errado, quando ela disparou uma pergunta: “quanto é o salário?”. Ao ouvir este questionamento, entendi o que ela queria, e então retruquei que era um ótimo salário, ela se alegrou. Depois de mais algumas perguntas ela tornou a perguntar do pagamento. Alegremente lhe disse: “o pagamento é um tesouro ajuntado no céu a partir daqui!”. A cara dela se transformou, pude notar sua frustração. Desculpou-se e foi embora. Desde aquele dia já não me trata da mesma forma.

Hoje, as pessoas andam valorizando mais o “ter” do que o “ser”, nossos jovens e crianças são vítimas deste pensamento. O catequista deve estar atento a este fato e saber orientá-los no verdadeiro sentido da vida. Iluminar o caminho, para que saibam discernir o permanente do transitório. Fique feliz, você não ajunta tesouros só no céu, mas já começa aqui.

Fiquem com Deus!

domingo, 26 de junho de 2011

Avaliação da Catequese

Eu e Deus
-Dedico tempo a Deus na oração?
- Quando é que me é mais difícil rezar?
- A comunidade paroquial, o grupo dos catequistas ajudam-me a rezar? Quais os problemas?

Eu e os catequistas
- Entre todos os momentos que vivi com os outros catequistas, quais os que foram mais fáceis,
quais os mais difíceis e quais os que me enriqueceram mais?
- O que mais aprecio nos outros catequistas?

Nós e nossas Paróquias
- Como está a catequese em nossas Paróquias? (elencar pontos positivos e negativos)
- O que podemos melhorar?

Nós e o Setor
- Como está a Catequese em nosso setor?
- Como você sente a atuação da equipe do setor? (pontos positivos e negativos)
- Quais as sugestões para o futuro?
Temas para serem trabalhados e outros.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O CATEQUISTA DEVE CONHECER E ENVOLVER OS CATEQUIZANDOS

Conhecer os catequizandos

Muitos catequistas só olham para o grupo que têm por diante. Não olham para cada catequizando. Não conhecem a personalidade de cada criança nem as vidas que levam.

Antes de começar a catequese, é bom acolher cada um com um sorriso e fazer-lhe a pergunta: "O que é que te aconteceu de importante esta semana?" "De um a cinco, como foi a tua semana?". Estas perguntas dão aos catequistas uma perspectiva sobre a vida de cada catequizando e ajudam a fazer catequeses mais em sintonia com a vida real dos catequizandos.

Envolver os catequizandos

Os catequizandos devem ser participantes e não apenas consumidores passivos do caminho de fé.

Para envolver as crianças e adolescentes, o catequista:

Não usará o guia de forma rígida;

Não se limitará a ler os comentários;

Não será o único a falar, mas ajudará todos a exprimirem-se;

Ajudará a ler a Palavra de Deus na vida;

Falará menos da sua vida e mais da vida de Deus e da vida dos catequizandos;

Vai transformar a "aula de catequese" num grupo-comunidade.

Agenda Catequista- Edições Salesianas


quarta-feira, 22 de junho de 2011

Espiritualidade

A eucaristia e o 'amor primeiro' - Dom Luciano Mendes de Almeida

Quarta-feira, 22 de junho de 2011 - 18h07min

por Folha de S.Paulo, 5 de junho de 1999.

Estamos na semana da festa de Corpus Christi, celebração litúrgica do "corpo de Cristo entregue e do sangue derramado por nós". É a solene comemoração do amor do Filho de Deus, que deu a vida para nos salvar.

1) Na Quinta-Feira Santa recordamos a última ceia, na qual Jesus instituiu o Sacrifício da Nova Aliança e a selou com seu próprio sangue, aceitando a morte violenta na cruz. O apóstolo João faz a apologia desse "amor primeiro" pelo qual Jesus Cristo -antes de qualquer resposta de nossa parte- entregou-se a Deus pai por nós (1 Jo 4,8). A ênfase litúrgica é colocada no amor de Cristo por nós. "Não há maior amor do que dar a vida pelo amado" (Jo 15, 13).

2) Na festa do "corpo de Cristo" louvamos a Deus pelo grande dom da eucaristia. Um aspecto primordial nessa celebração é a resposta da nossa parte à doação do salvador. "Deu a vida por nós", diz são João, que conclui: "Também nós devemos dar a vida pelos irmãos" (1 Jo 3,16). Amor com amor se paga. Assim, a mensagem e o significado do "corpo entregue de Cristo" é a descoberta de que, ao amor gratuito e "primeiro" de Deus para conosco, deve corresponder o nosso "amor primeiro" aos irmãos: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amo" (Jo 13,35). Entrar em comunhão com Cristo pela eucaristia é imitar o divino salvador e comprometer-se em empenhar-se a fim de que todos tenham vida.

3) Em cada celebração eucarística, estamos pedindo a Deus que nos auxilie a cumprir o mandamento da nova lei, amando "primeiro" -com plena gratuidade- aos irmãos, a começar dos mais necessitados. A eucaristia é, assim, fonte de doação fraterna e tende a se expressar em gestos de solidariedade e partilha, lançando, ainda nesta vida, as bases para um tipo novo de sociedade, marcada pela justiça, concórdia e paz.

4) Concentra-se, portanto, na eucaristia um enorme potencial de doação e serviço ao próximo, nascido do mandamento do amor, que deveria dinamizar cada um de nós e a comunidade cristã para atender às necessidades espirituais e materiais do nosso povo. Nessa perspectiva insere-se o trabalho de evangelização como forma de aproximação mais pessoal, como visitas domiciliares, roteiros de reflexão para grupos de famílias, catequese crismal para os jovens, cursos de teologia para leigos, preparação e acompanhamento de casais, diálogo ecumênico e inter-religioso.

Na mesma vontade de servir vão as comunidades descobrindo como ir ao encontro das situações de injustiça social e pobreza. Crescem a consciência da cidadania e o compromisso político como forma qualificada do amor cristão. Entre as iniciativas imediatas mais frequentes, intensificam-se as atividades da Pastoral das Crianças, os cuidados para deficientes, enfermos e idosos. Recente é o método de atendimento em família aos portadores de HIV. Várias comunidades, neste ano, criaram bancos de emprego, recebendo pedidos e habilitando candidatos. Há união de esforços para construção de casas em mutirão, assentamento de famílias, organização de trabalhos artesanais e distribuição de alimentos, roupas e remédios.

São formas de expressar a fraternidade cristã e de promover o bem comum que nascem do zelo em imitar o coração de Jesus realmente presente na eucaristia. O corpo entregue e o sangue derramado de Cristo permanecem para sempre como o grande exemplo de amor a ser seguido. São também o alimento que nos fortalece a fim de sermos capazes de cumprir a missão de tornar visível no mundo de hoje o amor primeiro que o Espírito Santo em nós infunde.

Dom Luciano Mendes de Almeida, SJ

Modulo III Formação Coordenadores Paroquiais 22-05-2011

 Aconteceu em 22-05-2011 o Módulo III da Formação de Coordenadores Paroquiais do Setor Alfenas e Setor Areado, o tema foi História da Catequese e foi ministrado pela catequista Rosa. Com uma boa participação do grupo, o evento foi realizado no Centro Catequético de Areado. A oração inicial foi preparada pela D. Irani, a oração final por Vanderlei.














terça-feira, 21 de junho de 2011

O ser do catequista: seu rosto humano.

Antes de ser cristão, o catequista é pessoa humana, que vive a cada dia tentando responder uma intrigante pergunta existencial: “Quem sou eu?”. Esta ânsia por descobrir a essência de nós mesmos faz parte da condição humana.
Somos pessoas humanas. Somos a plenitude da vida, somos a plenitude da criação que saiu das engenhosas mãos do Divino Arquiteto do universo. Somos criaturas amadas por Deus, merecemos o respeito incondicional e a estima das outras pessoas e de nós mesmos.
O catequista tem um rosto humano que lhe é peculiar. Cada um é um ser único, indispensável, singular. Isso faz a diferença na criação.

sábado, 18 de junho de 2011

Deus amou tanto o mundo... – Edmilson Schinelo


Deus amou tanto o mundo,
que deu o seu Filho unigênito,
para que não morra todo o que nele crer,
mas tenha a vida eterna.
De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo
para condenar o mundo,
mas para que o mundo seja salvo por ele.
Quem nele crê, não é condenado,
mas quem não crê, já está condenado,
porque não acreditou no nome do Filho unigênito.
(Jo 3,16-18)
Um termo bastante interessante no evangelho de João é o conceito "mundo". Jesus amou tanto o mundo, mas ao assumir a sua realeza diante de Pilatos, teria dito: "Meu reino não é deste mundo" (Jo 19,33). Para o Evangelho de João, o que é o mundo? É o espaço no qual estavam jogadas as comunidades cristãs, infelizmente tomado pela maldade, dominado pela cobiça do Império Romano.
No intuito de justificar seu comportamento religioso teoricamente apolítico, pessoas e grupos "espiritualizam" o movimento de Jesus. Ao dizer que seu reino não é deste mundo, Jesus estaria pensando no pós-morte ou estaria se apresentando como "rei espiritual" dos judeus. Infelizmente, muitos dos que defendem essa postura, se líderes religiosos, vivem atrelamentos vergonhosos com políticos e empresários. E, se políticos ou empresários, quase sempre pedem as bênçãos de um líder religioso para suas ações e seus empreendimentos financeiros.
Ora, ao afirmar a Pilatos que seu reino não é deste mundo. Jesus na verdade está apontando o dedo e afirmando: "Meu reino não é segundo este seu mundo". A proposta de Jesus não é de acordo com (melhor tradução do original grego) o mundo do império.
Se para o império não há espaço para misericórdia e salvação, para o Reino, conforme o Evangelho de João, sempre há espaço para o perdão: "Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele." A salvação do mundo, entretanto, depende de duas coisas extremamente escandalosas: a partilha (JO 6) e o poder exercido como serviço" (Jô 13)
Amar esse mundo para transformá-lo significa ter coragem de viver o escândalo da cruz como dizia Paulo: o escândalo da partilha!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

“Nosso trabalho é semear.”

Nos muitos anos de catequista, várias vezes escuto inquietações de vários catequistas no tocante a assimilação dos conteúdos catequéticos. Muitos sabem que catequese não é escola, mas muitos ainda, principalmente os pais, que acham que catequese é para aprender tudo decoradinho. Infelizmente este pensamento predomina em muitas cabeças. Catequese não é decoreba, mas atitude de vida. Saber os mandamentos é fundamental, mas não vivê-los é um desastre. Saber a doutrina é imprescindível, não vivê-la é também desastroso.

Aos amigos catequistas, eu sempre digo que nosso trabalho é semear, e ás vezes não veremos a semeadura. É como a história do ancião que planta uma mangueira que ele sabe que não poderá saborear seus frutos, mas pelo seu trabalho outros degustaram da delícia da fruta. Eu já pude verificar frutos depois de muitos anos.

Catequista, semear é nosso trabalho!

Semeia Sempre

Quinta-feira, 26 de maio de 2011 - 14h01min

por (MMC - Movimento de Mulheres Camponesas)

No campo tu és uma semeadora.

Não podes fugir à responsabilidade de semear.

Não digas que o solo é árido,

Que não chove freqüentemente,

Que o sol queima, que a semente não serve.

Não é tua função julgar a terra e o tempo.

Tua missão é semear e cuidar.

A semente é abundante!

Um pensamento, um sorriso, um olhar de alento,

Uma palavra suave, um gesto de compreensão, um copo de água

São mentes que germinam facilmente.

Não semeies descuidadamente como quem cumpre uma missão superficial ou forçada.

Semeia com interesse, com amor, com atenção,

Como quem encontrou nisso o motivo central de sua felicidade.

E, ao semear, não penses, quanto receberei em troca?

Quanto demorará a colheita?

Recorda que não semeias para envaidecer-te, para receberes agradecimentos.

Tu semeias, porque não podes viver sem dar, sem doar-te,

Porque não podes servir a Deus sem servir a todos(as)!

És dona de ti mesma, da vida e do universo!

Tua semente, pois, não cairá no vazio, sem encontrar o solo fértil da organização,

Da luta daqueles que acreditam na vida.

Sem esperar recompensa, tu a receberás sem esperar riquezas,

Enriquecer-te-ás, sem contar com a colheita, tudo se multiplicará!

E com isso, porque tu semeias no Reino onde dar é receber,

Onde perder a vida é encontrá-la, onde gastar servindo é aumentar.

Semeia, semeia sempre, em todo o terreno, em todo o lugar a boa semente, c

Com amor e interesse como se estivesses semeando o próprio coração.

Fiquem com Deus!

Vamos refletir:

Uma historinha nos ajuda a refletir:
Uma catequista pediu aos catequizandos que elaborassem um texto sobre o que gostariam
que Deus fizesse por eles. Quando terminou o encontro de catequese, ela chegou em casa e
começou a ler as mensagens. Uma mensagem a deixou profundamente emocionada e intrigada. Seu
esposo ao chegar, viu-a a chorar e perguntou: O que é que aconteceu? Ela respondeu: Leia você
mesmo. O texto era uma oração e dizia assim: "Senhor, esta noite peço-te algo especial:
transforma-me numa televisão. Quero ocupar o lugar dela. Viver como vive a TV da minha casa.
Ter um lugar especial para mim, e reunir a minha família à volta... Ser levado a sério quando
falo... Quero ser o centro das atenções e ser escutado sem interrupções nem perguntas. Quero
receber o mesmo cuidado especial que a TV recebe quando não funciona. E ter a companhia do
meu pai quando ele chega a casa, mesmo quando está cansado. E que a minha mãe me procure
quando estiver sozinha e aborrecida, em vez de me ignorar... E ainda, que os meus irmãos fiquem
discutindo para estar comigo... Quero sentir que a minha família deixa tudo de lado, de vez em
quando, para passar alguns momentos comigo. E, por fim, faz com que eu possa diverti-los a todos.
Senhor, não te peço muito... Só quero viver o que vive qualquer televisão".
Naquele momento, o marido de Ana Maria disse: Meu Deus, pobrezinho deste menino! Que
pais ele tem? E ela olhou-o e respondeu: Esta mensagem que o nosso filho escreveu.


Fiquem com Deus!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Catequista vem

Catequista vem, vem catequizar! Catequista vem, meu amor testemunhar!

Vem e caminha com o povo, ensinando esse jeito novo

De ajudar o irmão e buscar libertação.

Faz ecoar a Palavra que é de paz e alegria

Mas se preciso for também denuncia.

O meu povo anima, nos caminhos conduz

Seja neste mundo fermento, sal e luz.

Desperte a importância que na vida é

Viver em comunidade, aprofundando a fé.

Catequista caminha comigo, estarei ao teu lado

Faça a experiência do discipulado.

Catequista mergulha profundo na Evangelização,

E no compromisso, fruto do “partir o pão”.

Luiz Sergio Palhão

sábado, 11 de junho de 2011

A MISSÃO DA COMUNIDADE


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Texto extraído do livro "RAIO-X DA VIDA" - Círculos Bíblicos do Evangelho de João.
Autores: Carlos Mesters, Mercedes Lopes e Francisco Orofino.
Centro de Estudos Bíblicos (CEBI). Mais informações acesse:
"A paz esteja com vocês!"
JOÃO 20,19-31
ACOLHIDA 1. Criar um bom ambiente. Dar as boas-vindas. Colocar as pessoas à vontade. 2. Canto inicial: "Eu vim para que todos tenham vida". 3. Apresentar brevemente o assunto que vai ser refletido, meditado e rezado. 4. Invocar a luz do Espírito Santo.
OLHAR DE PERTO AS COISAS DA NOSSA VIDA
No encontro de hoje, vamos meditar sobre a aparição de Jesus aos discípulos e a missão que eles receberam. Eles estavam reunidos com as portas fechadas porque tinham medo dos judeus. De repente, Jesus se coloca no meio deles e diz: "A paz esteja com vocês!" Depois de mostrar as mãos e o lado, ele diz novamente: "A paz esteja com vocês! Como o Pai me enviou, eu envio vocês!" Em seguida, lhes dá o Espírito para que possam perdoar e reconciliar. A paz! Reconciliar e construir a paz! Esta é a missão que recebem. Hoje, o que mais faz falta é a paz: refazer os pedaços da vida, reconstruir as relações quebradas entre as pessoas. Sobretudo agora neste ano do jubileu! Relações quebradas por causa da injustiça e por tantos outros motivos. Jesus insiste na paz. Repete várias vezes! As pessoas que lutam pela paz são declaradas felizes e são chamadas filhos e filhas de Deus (MT 5,9)! Vamos conversar sobre isto. 1. Quais as causas da violência que nos assusta tanto hoje? 2. No seu bairro existem iniciativas para construir a paz? Conte.
OLHAR NO ESPELHO DA VIDA
Introdução à leitura do texto Vamos ouvir o texto que descreve a aparição de Jesus ressuscitado aos discípulos e discípulas. Durante a leitura, vamos prestar atenção em tudo que Jesus diz e, sobretudo naquilo que ele mais insiste. Leitura do texto João 20,19-31.
Momento de silêncio Perguntas para reflexão: 1. O que mais chamou a sua atenção neste texto? Por quê? 2. Quais os vários assuntos de que se fala nesse texto e qual a sua importância para vida da comunidade? 3. Jesus insiste três vezes: "A paz esteja com vocês!" Quais são hoje os caminhos possíveis para refazer as relações rompidas entre as pessoas e com a natureza? 4. Jesus diz: "Felizes os que não viram e creram!" Como esta frase de Jesus nos anima na caminhada?
CELEBRAR A VIDA QUE DEUS NOS DEU
Sugestões, apenas sugestões, para a celebração 1. Canto: "Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão" 2. Colocar em forma de prece o que refletimos sobre o evangelho e sobre a vida. Como refrão digamos: "Que a paz de Deus esteja em nós!" 3. Agora, depois que meditamos a Palavra de Deus, o que esta Palavra está pedindo de mim, de nós? 4. Colocar os símbolos da missão da comunidade e cantar um cântico que expresse a reconciliação e a paz. 5. Rezar um Salmo. Sugestão: Salmo 122 (121): "A paz que vem da justiça". 6. Terminar esta parte com o Pai-Nosso.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Pentecostes - Mesters e Orofino


Uma fotografia do passado projetada na tela do futuro
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I - Partilhar nossas experiências e nossos sonhos de comunidade
Vamos meditar sobre a vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Nos Atos, além do primeiro Pentecostes, há vários outros pentecostes e pentecostinhos: quando a comunidade está em oração durante a perseguição (At 4,31); quando Pedro acolhe o primeiro não judeu (At 10,44-46); quando se reúnem para enviar os primeiros missionários (At 13,22) etc. Além disso, muitas pessoas aparecem animadas pelo Espírito Santo: Pedro (At 4,8); Estevão (At 6,5); Barnabé (At11,24). O espírito Santo atua em tudo, desde a redação do documento final da Assembléia de Jerusalém (At 15,28) até as coisas mais comuns da vida, como o planejamento do roteiro da viagem dos missionários (At 16,6.7).
Hoje também acontecem muitos Pentecostes, momentos fortes da caminhada, de tomada de consciência, de luta, de celebração, de descoberta, de testemunho. Tantos momentos! Sempre de novo, sem parar, o Espírito faz nascer e renascer a Igreja e as comunidades! Vejamos:
  • Houve algum fato na vida da sua comunidade, em que vocês reconheceram a presença e a ação do Espírito Santo? Conte.
  • Já aconteceu alguma vez algo assim na sua vida pessoal?
  • E na história das Igrejas do Brasil e da América Latina, houve algum Pentecostes? Qual?

II - Escutar a partilha da comunidade dos primeiros cristãos.
1 - Vamos ouvir como Pedro procura dar a explicação correta do acontecimento e como ele revela o apelo de Deus. Vamos prestar atenção no seguinte: quais as várias formas ou símbolos com que o Espírito Santo se manifesta?
2 - a leitura do texto: Atos 2, 1-24 - pode ser dividida, partilhada.
3 - momento de silêncio.
4 - Perguntas para refletir e partilhar:
  • Qual o ponto desse texto que você mais gostou ou que mais chamou a sua atenção? Por quê?
  • Quais são, um depois do outro, os vários assuntos abordados neste texto? Sobretudo, quais os assuntos abordados por Pedro no seu discurso?
  • Quais as várias formas ou símbolos em que o Espírito Santo se manifesta? Qual o significado de cada símbolo?
  • Como o povo reage frente à ação do Espírito Santo? Como Pedro ajuda o povo a superar a interpretação errada que alguns deram ao fato?
  • Como este texto pode ajudar-nos hoje a perceber a verdadeira ação do Espírito Santo na vida e na história de nossas comunidades?
III - Transformar em oração o que partilhamos entre nós.
Comentando: "no início do evangelho, Lucas descreve como Jesus nasce pela ação do Espírito Santo. No início dos Atos, como a Comunidade nasce pela ação do Espírito Santo. No dia de Pentecostes, o Espírito inaugurou a nova humanidade (At 2,4.33; 4,31) A partir deste momento, é o Espírito de Jesus que vai animar a vida e a história das comunidades. Ele dirige todos os seus passos, transformou os apóstolos... está presente nas comunidades... traz alegria, consolação, fortaleza, discernimento etc... sua ação está encarnada em ações ordinárias, comuns da vida humana: falar, rezar, cantar, criticar, decidir, crescer, anunciar, servir etc. Manifesta-se nas iniciativas e testemunhos da comunidade, nas celebrações da Palavra e dos Sacramentos, nas lutas das pessoas pelo bem dos outros, nas reuniões, nos encontros, nos conflitos, nas descobertas..."
  • Celebrar, se desejar, com canto e oração espontânea.
  • Agradecer, encerrar com o Pai-Nosso.
  • Cantos à vontade


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Extraído do livro Atos dos
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segunda-feira, 6 de junho de 2011

OS DONS DO ESPIRITO SANTO


Abaixo sugestão de encontro para o tempo de Pentecostes, extraído do site da Catequese "Missão Jovem" preparado pela Irmã Marlene Bertoldi 

OS SETE DONS DO ESPÍRITO SANTO

Na convivência com as pessoas, percebemos que cada uma possui qualidades, dons próprios, característicos, e que, somando tudo, resulta uma riqueza imensa.
É o próprio Espírito de Deus que distribui a cada um(a) os seus dons, segundo seu consentimento: nem todos têm de fazer tudo, mas um(a) precisa fazer a sua parte. Os dons são tão diversos como são as pessoas.
Nos caminhos e descaminhos da vida, cada pessoa vai descobrindo suas possibilidades e capacidades pessoais. É preciso que cada um saiba ousar, mesmo encontrando dificuldades. Importa ter coragem, fincar o pé e buscar sempre. A busca pertence a cada pessoa e faz da história de fé para com Deus.

DINÂMICA
- Recortar um pequeno coração.
- Cada participante escreverá nos dois lados do coração uma qualidade ou dom que possui.
- Responder individualmente:
De onde provêm estes dons? Para que servem estes dons em minha vida? Eu os coloco a serviço de quem? Como os faço frutificar?
- Partilhar com alguém as perguntas.
- Colar os corações num papelógrafo e perceber a riqueza que somos no conjunto dos dons recebidos.
- Os dons, só para si, pouco significam. Mas quando partilhados, significam riqueza multiplicada.

TODOS OS DONS SÃO PRESENTES DE DEUS

Quando nos referimos ao Espírito Santo sempre tomamos como referência os sete dons:
sabedoria, inteligência, conselho, ciência, fortaleza, piedade e temor de Deus.  
Eles são inspirados no texto do profeta Isaías (11, 2-3). O Novo Testamento assume esta profecia na pessoa de Jesus Cristo, o Messias prometido. Ele seria possuído pelo Espírito de Deus e a partir de sua força, praticará um reinado alicerçado na justiça e na paz, conforme os dons recebidos.
O número sete no contexto bíblico. Significa universidade, totalidade, perfeição. Os dons do Espírito são inúmeros, portanto, ao falar em sete, podemos dizer que recebemos todos os seus dons.     
São Paulo, em Gálatas 5, 22-23, fala nos "frutos do Espírito: amor, alegria, paz, paciência, bondade, benevolência, fé, mansidão e domínio de si". Estes frutos provêm de um projeto de vida que todo cristão é chamado a perfazer. Isto não significa que os teremos de uma hora para outra.                                         
Mas, a vida do cristão é um constante converter-se ao crescimento da fé, e um comprometimento para gerar estes frutos na convivência do dia-a-dia.                                                                                                 
Podemos dizer que os "dons são qualidades dadas por Deus que capacitam o ser humano para seguir com gosto e facilidade os impulsos divinos, para tomar a decisão acertada em situações obscuras e para reprimir as forças do orgulho, do egoísmo e da preguiça, que se opõem à graça de Deus".

OS SETE DONS E SEU SIGNIFICADO

Vivemos um tempo de grande riqueza em nossa Igreja. Quantos jovens e adultos fazem as comunidades, as famílias saírem de sua passividade e acomodação para tomarem seus membros sujeitos da própria historia através da partilha de seus dons.                                                                                                                  Estes dons se transformam em fraternidade, solidariedade, justiça. Através de uma vivência comunitária nos grupos de reflexão, grupos de oração, estudo bíblico ... criam-se práticas sociais e maior consciência de cidadania.
Os sete dons: Sabedoria, inteligência, ciência, conselho, fortaleza, piedade e temor de Deus ajudam a entender os planos de Deus na vida de cada cristão. Mas, também, capacitam para superar o perigo da indiferença e do medo, para amar a Deus como Pai. Estes dons, ainda, empenham os cristãos na luta por um mundo mais justo e humano e para perseverar na fé e na esperança, mesmo em meio aos desafios e dificuldades.
Eles resumem toda a ação do Espírito Santo nas pessoas.
Os dons doados pelo Espírito de Deus não tornam as pessoas passivas, inertes, acomodadas. Mas, pelo contrário, o cristão que toma consciência de que está imbuído por seus dons, transforma sua vivência.      Um cristão crismado que não ajuda a transformar, a mudar a sociedade em que vive, certamente engavetou seus dons.
VAMOS ENTERDER MELHOR ESTES DONS:
a) Sabedoria. Ela nos leva ao verdadeiro conhecimento de Deus e a buscar os reais valores da vida. O homem sábio e a mulher sábia é aquele(a) que pratica a justiça, tem um coração misericordioso, ama intensamente a vida, porque a vida vem de Deus.
b) Inteligência. Este dom nos leva a entender e a compreender as verdades da salvação, reveladas na Sagrada Escritura e nos ensinamentos da Igreja.
Ex. Deus é Pai de todos; em Jesus, Filho de Deus, somos irmãos ...
c) Ciência. A capacidade de descobrir, inventar, recriar formas, maneiras para salvar o ser humano e a natureza. Suscita atitudes de participação, de luta e de ousadia, frente a cultura da morte.
d) Conselho. É o dom de orientar e ajudar a quem precisa. Ele permite dialogar fraternalmente, em família e comunidade, acolhendo o diferente que vive em nosso meio. Este dom capacita a animar os desanimados, a fazer sorrir os que sofrem, a unir os separados ...
e) Fortaleza. É o dom de tornar as pessoas fortes, corajosas para enfrentar as dificuldades da fé e da vida. Ajuda aos jovens a ter esperança no futuro, aos pais assumirem com alegria seus deveres, às lideranças a perseverarem na conquista de uma sociedade mais fraterna.
f) Piedade. É o dom da intimidade e da mística. Coloca-nos numa atitude de filhos buscando um dialogo profundo e íntimo com Deus. Acende o fogo do amor: amor a Deus e amor aos irmãos.
g) Temor de Deus. Este dom nos dá a consciência de quanto Deus nos ama. "Ele nos amou antes de tudo". Por isso, precisamos corresponder a este amor.

Oremos, para que o Espírito Santo nos conceda seus dons pedimos:

Vem, Espírito de Deus, // enche os nossos corações com tua graça.
És o sopro de Deus // que dá vida ao que está morto,
que dá vida ao nosso ser // e que nos tira do túmulo da preguiça e do comodismo.
És fogo que queima o que está errado em nós,
que aquece nosso coração para amar, // que ilumina nossa mente para entender.
Faze-nos conhecer Jesus Cristo // que veio revelar o amor do Pai.
Faze-nos conhecer o pai e sua bondade infinita. // Faze-nos tuas testemunhas,
instrumentos nas tuas mãos // para que os corações dos homens se transformem
e assim a terra se renove.
Para que reine a justiça e a paz, // a solidariedade e o amor.
Para que o Reino de Deus se estenda cada dia mais Amém.

Ir. Marlene Bertoldi

sábado, 4 de junho de 2011

Será que Jesus vai voltar? Sobre a festa da Ascenção - Carlos Mesters e Francisco Orofino



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A comunidade é o próprio Jesus continuando a missão que o Pai lhe deu: “Como o Pai me enviou, assim envio vocês!” (Jo 20,21). “Vocês são a carta de Cristo!” (2Cor 3,3). O que importa não é saber a hora da volta de Jesus no fim dos tempos, mas sim continuar anunciando a Boa Nova de Deus até que ele volte! A pequena comunidade deve ser Luz das Nações, realizando sua missão junto aos pequeninos e fazendo com que outras pessoas se tornem também discípulas de Jesus.
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Por volta dos anos 80, muitas comunidades estavam cansadas e tinham uma certa impaciência. Elas se perguntavam: “Será que Jesus vai voltar?” Pois Jesus tinha prometido voltar logo, mas até aquele momento ainda não tinha vindo! Daí a pergunta: “Vem ou não vem?” É também a pergunta de muita gente hoje: quando vai ser o fim do mundo? Quando é que Jesus vai voltar?
Atos 1,7-8: A resposta de Jesus que vale até hoje
As últimas palavras de Jesus aqui na terra trazem a resposta que vai servir de rumo para os cristãos de todos os tempos. Também para nós! Jesus diz: Não cabe a vocês conhecer os tempos e as datas que o Pai reservou à sua própria autoridade! Mas o Espírito Santo descerá sobre vocês e dele receberão força para serem as minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os extremos da terra! Em vez de querer penetrar no segredo de Deus, os cristãos devem deixar-se penetrar pelo Espírito de Deus para que possam ser testemunhas de Jesus. Em vez de ficar olhando para a volta de Jesus no fim dos tempos, a pessoa cristã deve estar atento à volta de Jesus através do Espírito no dia-a-dia da sua vida. O resto, a gente deve deixar por conta do Pai que tem a história em suas mãos.
Em outras palavras, a resposta que Lucas dá às comunidades dos anos 80 é esta: Jesus já voltou no dia de Pentecostes e, agora, ele está presente na comunidade! A comunidade é o próprio Jesus continuando a missão que o Pai lhe deu: “Como o Pai me enviou, assim envio vocês!” (Jo 20,21). “Vocês são a carta de Cristo!” (2Cor 3,3). O que importa não é saber a hora da volta de Jesus no fim dos tempos, mas sim continuar anunciando a Boa Nova de Deus até que ele volte!
Nesta resposta de Jesus, Lucas dá também o esquema do livro dos Atos: dar testemunho de Jesus em Jerusalém (At 2 a 7), em toda a Judéia e Samaria (At 8 a 15), até os confins do mundo (At 16-28).
Atos 1,9: Descrição da ascensão
Diz o texto: Jesus foi elevado à vista deles e uma nuvem o ocultou a seus olhos. Desta frase vem o que até hoje repetimos no Credo: “Subiu ao céu, onde está sentado à direita de Deus Pai”. A nuvem é um símbolo da presença de Deus. Ela acompanhava o povo no deserto, depois da saída do Egito (Ex 13,21-22; 40,36-38). E quando Salomão inaugurou o Templo, ela encheu o Santo dos Santos para significar que Deus tinha tomado posse (1Rs 8,10-13). Dizendo que uma nuvem ocultou Jesus aos olhos dos discípulos e das discípulas, Lucas afirma que Jesus entrou no mundo de Deus para poder estar sempre conosco. De junto de Deus, ele nos envia o dom do Espírito Santo, a cada momento. Por isso, podemos dizer e gritar durante as nossas celebrações: Ele está no meio de nós!
Atos 1,10-11: O recado dos mensageiros
Depois que Jesus desapareceu, os discípulos e as discípulas ficaram aí, parados, olhando para o céu. Era o que, no tempo de Lucas, muita gente fazia. Ficavam olhando para o céu, esperando a volta de Jesus, e esqueciam de cumprir aqui na terra seu dever de serem testemu­nhas de Jesus (2Ts 3,11-12).
Neste momento, aparecem dois homens vestidos de branco. São mensageiros que transmitem ou esclarecem a mensagem de Deus que existe dentro dos fatos. Quando alguém faz isto, dizemos que ele ou ela é um anjo ou uma anja de Deus. A palavraanjo significa mensageiro. Os dois dão um recado que deve animar a caminhada das comunidades: “Tão certo como Jesus subiu para o céu e agora se encontra junto de Deus, tão certo ele voltará e se manifestará de novo, do mesmo modo como vocês o viram partir aqui”. Com esta certeza no coração, os cristãos devem continuar o anún­cio da Boa Nova, sem se preocupar com a data e a hora da volta de Jesus (At 1,7; Mc 13,32).
Assim, Lucas adverte as comunidades dos anos 80 (e também as nossas de hoje), para que a demasiada preocupação com a vinda gloriosa de Jesus no fim dos tempos não as impeça de perceber que Jesus já estava aí no meio delas. Esta nova volta invisível mas real de Jesus se deu no dia de Pentecostes e nos muitos outros pentecostes que seguiram depois, até hoje: na Palavra, na Eucaristia, na Comunidade, nos acontecimentos, de tantas maneiras! É preciso ter o olhar de fé para poder percebê-lo. Este olhar se adquire na comunidade.