quinta-feira, 28 de junho de 2012


Pedra de apoio ou pedra de tropeço? (Mt 16,13-19)
por CEBI Publicações
A COMUNIDADE DE FÉ
PEDRA DE APOIO OU PEDRA DE TROPEÇO?
Mateus 16,13-19

Texto extraído do livro "Travessia: Quero misericórdia e não sacrifício" - Círculos Bíblicos sobre o Evangelho de Mateus. Coleção a Palavra na Vida 135/136 do CEBI. Autores: Carlos Mesters, Mercedes Lopes e Francisco Orofino. Mais informações emvendas@cebi.org.br.

Neste texto aparecem muitas opiniões sobre Jesus e várias maneiras de se expressar a fé. Pedro, por exemplo, tem opiniões e atitudes tão opostas entre si que parecem não poder caber na vida de uma mesma pessoa. Hoje também existem muitas opiniões diferentes sobre Jesus e também várias maneiras de viver a fé, tanto dentro da gente como dentro da comunidade. Vamos conversar sobre isso.

SITUANDO
Estamos na parte da narrativa entre o Sermão das Parábolas (Mt 13) e o Sermão da Comunidade (Mt 18). Geralmente, nestas partes narrativas que ligam entre si os cinco sermões, Mateus costuma seguir a sequência do Evangelho de Marcos. De vez em quando, cita outras informações, também conhecidas por Lucas. E aqui e acolá, traz textos que só aparecem no Evangelho de Mateus, como é o caso da conversa entre Jesus e Pedro no texto de hoje. Este texto recebe interpretações diversas e até opostas nas várias igrejas cristãs.
Naquele tempo, as comunidades cultivavam uma ligação afetiva muito forte com as lideranças que tinham dado origem à comunidade. Por exemplo, as comunidades de Antioquia na Síria cultivavam a sua ligação com a pessoa de Pedro. As da Grécia com a pessoa de Paulo. Algumas comunidades da Ásia com a pessoa do Discípulo Amado e outras com a pessoa de João do Apocalipse. Uma identificação com estes líderes da sua origem ajudava as comunidades a cultivar melhor a sua identidade e espiritualidade. Mas também podia ser motivo de briga, como no caso da comunidade de Corinto (1Cor 1,11-12).

COMENTANDO
1. Mateus 16,13-16: As opiniões do povo e dos discípulos a respeito de Jesus
Jesus faz um levantamento da opinião do povo a respeito da sua pessoa. As respostas são variadas: João Batista, Elias, Jeremias, algum dos profetas. Quando pergunta pela opinião dos discípulos, Pedro se torna porta-voz e diz: "Tu és Cristo, o Filho do Deus vivo!" A resposta não é nova. Anteriormente, os discípulos já tinham dito a mesma coisa (Mt 14,33). No Evangelho de João, a mesma profissão de fé é feita por Marta (Jo 11,27). Ela significa que em Jesus se realizam as profecias do Antigo Testamento.
2. Mateus 16,17: A resposta de Jesus a Pedro: "Feliz você Pedro!"
Jesus proclama Pedro "Feliz!", porque recebeu uma revelação do Pai. Aqui também a resposta de Jesus não é nova. Anteriormente, Jesus tinha louvado o Pai por ele ter revelado o Filho aos pequenos e não aos sábios (Mt 11,25-27) e tinha feito a mesma proclamação de felicidade aos discípulos por estarem vendo e ouvindo coisas que antes ninguém conhecia (Mt 13,16).
3. Mateus 16,18-19: As atribuições de Pedro: ser pedra e tomar conta das chaves do  Reino
3.1 Ser pedra: Pedro deve ser pedra, isto é, deve ser fundamento firme para a igreja a ponto de ela poder resistir contra as portas do inferno. Com estas palavras de Jesus a Pedro, Mateus anima as comunidades perseguidas da Síria e da Palestina que viam em Pedro a liderança marcante da sua origem. Apesar de fraca e perseguida, a comunidade tem fundamento firme, garantido pela palavra de Jesus. Ser pedra como fundamento da fé evoca a palavra de Deus ao povo no exílio:  "Vocês que buscam a Deus e procuram a justiça, olhem para a rocha (pedra) de onde foram talhados, olhem para a pedreira de onde foram extraídos. Olhem para Abraão seu pai e para Sara sua mãe. Quando os chamei, eles eram um só, mas se multiplicaram por causa da minha bênção" (Is 51,1-2). Indica um novo começo do povo de Deus.
3.2 As chaves do Reino: Pedro recebe as chaves do Reino. O mesmo poder de ligar e desligar diz: "É necessário que o Messias sofra e seja morto em Jerusalém". Dizendo que "é necessário", ele indica que o sofrimento estava previsto nas profecias. Não só o triunfo da glória, também o caminho da cruz. Se os discípulos aceitam Jesus como Messias e Filho de Deus, devem aceitá-lo também como Messias Servo que vai ser morto. Mas Pedro não aceita a correção de Jesus e procura dissuadi-lo.

3. ALARGANDO
Igreja, Assembleia
A Palavra Igreja, em grego ekklésia, aparece 105 vezes no Novo Testamento, quase exclusivamente nos Atos dos Apóstolos e nas Cartas. Nos Evangelhos aparece três vezes, só em Mateus. A palavra significa literalmente "convocada" ou "escolhida". Ela indica o povo que se reúne convocado pela Palavra de Deus e procura viver a mensagem do Reino que Jesus trouxe. A Igreja ou a comunidade não é o Reino de Deus, mas sim um instrumento e uma amostra do Reino. O Reino é maior. Na Igreja, na comunidade deve ou deveria aparecer aos olhos de todos aquilo que acontece quando um grupo humano deixa Deus reinar e tomar conta de suas vidas.

Pedro, Pedra
Jesus deu a Simão o apelido de pedra (Pedro). Pedro era fraco na fé, duvidou, tentou desviar Jesus, teve medo no horto, dormiu e fugiu, não entendia o que Jesus falava. Ele era como os pequenos que Jesus proclamou felizes. Pedro era apenas um dos doze e deles se fazia porta-voz. Mais tarde, depois da morte e ressurreição de Jesus, a sua figura cresceu e se tornou símbolo da comunidade.


Tu és o Filho de Deus vivo - José Raimundo Oliva

por www.paulinas.com.br
Os três evangelhos sinóticos, Marcos, Mateus e Lucas, narram esta controvertida passagem da "confissão de Pedro", cada um deles imprimindo suas interpretações teológicas pessoais a suas narrativas. Nos evangelhos de Marcos e Lucas, a resposta de Pedro à pergunta de Jesus sobre sua identidade é breve: "Tu és o Cristo (messias)", e merece a repreensão de Jesus. Pedro e os demais discípulos acreditavam que Jesus seria o messias político esperado, que daria ao povo judeu a glória e o poder sobre as demais nações, como um novo Davi, conforme a imagem elaborada pela tradição do Primeiro Testamento. Jesus censura Pedro por esta compreensão e procura demovê-la da mente dos discípulos.
Mateus modifica a narrativa original de Marcos e também adotada por Lucas. Ele dá um novo sentido à resposta de Pedro, à qual acrescenta a proclamação "Filho de Deus vivo". Segue-se a fala de Jesus confirmando a profissão de seu messianismo celeste, ao elogiar a fala de Pedro, declarando-a como revelação divina. Com o acento sobre o caráter messiânico cristológico de Jesus, Mateus dá uma resposta às suas comunidades, oriundas do judaísmo. Ele escreve na década de 80, depois da destruição do Templo de Jerusalém, quando os cristãos inseridos na comunidade judaica estavam sendo expulsos das sinagogas, que até então frequentavam. Ele pretende convencê-los de que em Jesus se realizavam suas esperanças messiânicas moldadas sob a antiga tradição de Israel, de modo a não se intimidarem sob as ameaças e repressão da sinagoga e permanecerem na comunidade cristã.
Com a visão teológica de Mateus ficam estabelecidas duas identidades para Jesus: uma, é "o filho do homem", o simples Jesus de Nazaré, inserido na humanidade, na sua humildade, e presente entre ela até o fim dos tempos, porém, dignificando-o e divinizando-o; a outra é o "cristo" ou "messias" (cristo do grego, messias do hebraico, significando "ungido"), que é o Jesus ressuscitado, manifestado em glória nos céus, acima dos poderes celestiais, de onde virá para o julgamento final.
Embora no Segundo Testamento se perceba conflitos entre Pedro e Paulo (cf., p. ex., Gl 2,11-14), a liturgia os reúne em uma só festa. Pedro é lembrado pelo seu testemunho corajoso diante da perseguição (primeira leitura) e Paulo, por seu empenho missionário em territórios da diáspora judaica (segunda leitura).

domingo, 24 de junho de 2012





Estamos reunidos em Serrania para mais uma reunião do setor Alfenas com os coordenadores paroquiais em clima de festa junina.

sábado, 16 de junho de 2012


A semente que cresce sozinha (Mc 4,26-34)
por CEBI Publicações

MAIS PARÁBOLAS DO REINO
"QUEM TEM OUVIDOS PRA OUVIR, OUÇA"

Texto extraído do livro "Caminhando com Jesus". Série A Palavra na Vida 182/183. Autores: Carlos Mesters e Mercedes Lopes. CEBI Publicações.
Mais informações pelo endereço vendas@cebi.org.br.

A SEMENTE QUE CRESCE SOZINHA (Mc 4,26-34)
É bonito ver como Jesus, cada vez de novo, buscava na vida e nos acontecimentos elementos e imagens que pudessem ajudar o povo a perceber e experimentar a presença do Reino. No evangelho de hoje ele, novamente, conta duas pequenas histórias que acontecem todos os dias na vida de todos nós: "A história da semente que cresce sozinha" e "A história da pequena semente de mostarda que cresce e se torna grande".
A história da semente que cresce sozinha (Mc 4,26-29): O agricultor que planta conhece o processo: semente, fiozinho verde, folha, espiga, grão. Ele não mete a foice antes do tempo. Sabe esperar. Mas não sabe como a terra, a chuva, o sol e a semente têm esta força de fazer crescer uma planta do nada até a fruta. Assim é o Reino de Deus. Tem processo, tem etapas e prazos, tem crescimento. Vai acontecendo. Produz fruto no tempo marcado. Mas ninguém sabe explicar a sua força misteriosa. Ninguém é dono. Só Deus!
A história da pequena semente de mostarda que cresce e se torna grande (Mc 4,30-32): A semente de mostarda é pequena, mas ela cresce e, no fim, os passarinhos vêm para fazer seu ninho nos ramos. Assim é o Reino. Começa bem pequeno, cresce e estende seus ramos para os passarinhos fazerem seus ninhos. Começou com Jesus e uns poucos discípulos e discípulas. Foi perseguido e caluniado, preso e crucificado. Mas cresceu e foi estendendo seus ramos. A parábola deixa uma pergunta no ar que vai ter resposta mais adiante no evangelho: Quem são os passarinhos? O texto sugere que se trata dos pagãos que vão poder entrar na comunidade e ter parte no Reino.
O motivo que levava Jesus a ensinar por meio de parábolas (Mc 4,33-34): Jesus contava muitas parábolas. Tudo tirado da vida do povo! Assim ele ajudava as pessoas a descobrir as coisas de Deus no quotidiano. Tornava o quotidiano transparente. Pois o extraordinário de Deus se esconde nas coisas ordinárias e comuns da vida de cada dia. O povo entendia da vida. Nas parábolas recebia a chave para abri-la e encontrar dentro dela os sinais de Deus.

sábado, 9 de junho de 2012


As águas se dividem, as posições se definem (Mc 3, 20-35)

por CEBI PUBLICAÇÕES
SEGUIR JESUS E FORMAR COM ELE UMA NOVA FAMÍLIA
AS ÁGUAS SE DIVIDEM, AS POSIÇÕES SE DEFINEM

Texto extraído do livro "Caminhando com Jesus". Série A Palavra na vida 182/183. De Carlos Mesters e Mercedes Lopes. Mais informações pelo endereço vendas@cebi.org.br  

Jesus voltou para casa. O domicílio dele agora é em Cafarnaum. Já não mora mais com a família em Nazaré. Sabendo que Jesus estava em casa, o povo foi ate lá. Juntou tanta gente que ele nem tinha tempo para comer. Quando os parentes de Jesus souberam disso, disseram: "Ficou louco!" Talvez, porque Jesus tinha saído fora do comportamento normal. Talvez, porque comprometia o nome da família. Seja como for, os parentes decidem levá-lo de volta para Nazaré. Sinal de que o relacionamento de Jesus com a sua família estava estremecido. Isto deve ter sido fonte de muito sofrimento, tanto para ele como para Maria, sua mãe. Mais adiante (Mc 3,31-35) Marcos conta como foi o encontro dos parentes com Jesus. Eles chegaram na casa onde Jesus estava. Provavelmente tinham vindo de Nazaré. De lá até Cafarnaum são uns 40 quilômetros. Sua mãe veio junto. Eles não podiam entrar na casa, porque havia gente demais na entrada. Por isso mandaram um recado: Tua mãe, teus irmãos e tuas irmãs estão lá fora e te procuram! A reação de Jesus foi firme perguntando: Quem é minha mãe, quem são meus irmãos? E ele mesmo responde apontando para a multidão que estava ao redor: Eis aqui minha mãe e meus irmãos! Pois todo aquele que faz a vontade de Deus é meu irmão, minha irmã, minha mãe! Alargou a família! Jesus não permite que a família o afaste da missão.
*  A situação da família no tempo de Jesus
No antigo Israel, o clã, isto é, a grande família (a comunidade), era a base da convivência social. Era a proteção das pequenas famílias e das pessoas, a garantia da posse da terra, o veículo principal da tradição, a defesa da identidade. Era a maneira concreta do povo daquela época encarnar o amor de Deus no amor ao próximo. Defender o clã, a comunidade, era o mesmo que defender a Aliança. Na Galiléia do tempo de Jesus, por causa do sistema romano, implantado durante os longos governos de Herodes Magno (37 a.C. a 4 a.C.) e de seu filho Herodes Antipas (4 a.C. a 39 d.C.), tudo isto já não existia mais, ou cada vez menos. O clã (comunidade) estava enfraquecendo. Os impostos a serem pagos tanto ao governo como ao templo, o endividamento crescente, a mentalidade individualista da ideologia helenista, as frequentes ameaças de repressão violenta por parte dos romanos, a obrigação de acolher os soldados e dar-lhes hospedagem, os problemas cada vez maiores de sobrevivência, tudo isto levava as famílias a se fecharem sobre si mesmas e dentro das suas próprias necessidades. Já não se praticava mais a hospitalidade, a partilha, a comunhão de mesa e a acolhida aos excluídos. Este fechamento era reforçado pela religião da época. A observância das normas de pureza era fator de marginalização de muita gente: mulheres, crianças, samaritanos, estrangeiros, leprosos, possessos, publicanos, doentes, mutilados, paraplégicos. Em vez de acolhida, partilha e comunhão, estas normas favoreciam a separação e a exclusão.
Assim, tanto a conjuntura política, social e econômica como a ideologia religiosa da época, tudo conspirava para o enfraquecimento dos valores centrais do clã, da comunidade. Ora, para que o Reino de Deus pudesse manifestar-se, novamente, na convivência comunitária do povo, as pessoas tinham de ultrapassar os limites estreitos da pequena família e abrir-se de novo para a grande família, para a Comunidade.
Jesus deu o exemplo. Quando seus parentes chegaram em Cafarnaum e tentaram apoderar-se dele para levá-lo de volta para casa, ele reagiu. Em vez de fechar-se na sua pequena família, ele alargou a família (Mc 3,33-35). Criou comunidade. Ele pedia o mesmo de todos que queriam segui-lo. As famílias não podiam fechar-se. Os excluídos e os marginalizados deviam ser acolhidos, novamente, dentro da convivência e, assim, sentir-se acolhidos por Deus (cf Lc 14,12-14). Este era o caminho para realizar o objetivo da Lei que dizia: "Entre vocês não pode haver pobres" (Dt 15,4). Como os grandes profetas do passado, Jesus procura reforçar a vida comunitária nas aldeias da Galiléia. Ele retoma o sentido profundo do clã, da família, da comunidade, como expressão da encarnação do amor de Deus no amor ao próximo.

sexta-feira, 8 de junho de 2012


Oração


             Salmo do Catequista

Senhor, eis-me aqui diante de Ti para te servir.
Tu me chamaste e, apesar da minha relutância em atender, inflamaste meu coração com o fogo do teu Amor. Tu me ungiste como aos profetas e imprimiste em mim o selo que identifica aqueles a quem escolheste.
Sei que não sou pessoa melhor do que outras, mas confio em Ti e me entrego para que faças em mim a obra de tuas mãos. Para que dessa forma eu possa dar testemunho de Ti e da tua presença entre nós.
Senhor, põe em meu coração a compaixão e a misericórdia, para que me aproxime dos meus irmãos com a alma aberta e livre de preconceitos de toda espécie.
Põe na minha mente sabedoria e entendimento para que eu possa perceber tua presença mesmo nos lugares e nos fatos mais improváveis.
Põe na minha boca palavras de paz e de esperança para que eu possa anunciar tua Boa Nova tocando o coração daqueles que me confiares.
Sou pessoa pequenina, Senhor, diante da grandeza do teu chamado.
Grande é o caminho da Catequese, dá-me forças para não desanimar na caminhada.
Grande é o desafio de educar meus irmãos e irmãs na fé, dá-me a coragem para superar todos os obstáculos.
Grande é a missão que a Igreja me confia, dá-me o discernimento necessário para que eu saiba que és Tu que realizas todas as obras e que sou apenas um instrumento em tuas mãos.
Abençoa-me, Senhor; abençoa meu ministério; e abençoa todos aqueles que me forem confiados, para que brote no meio de nós as sementes do teu Reino e floresça a justiça e a paz. Amém.

Evangelho Mt 28,16-20

Preces espontâneas

Consagração à Nossa Senhora

A ti, ó Mãe querida, quero consagrar a minha vida e a minha vocação. Consagro a ti o meu ministério, catequizar é a minha missão. Consagro os dons que de Deus recebi, consagro meu coração. Consagro minha alegria de servir, o trabalho de minhas mãos. Consagro minha mente e minha boca, para que meus lábios proclamem com fé a minha devoção. Tu que foste a primeira catequista, educando na fé o próprio Filho de Deus, intercede por mim a Jesus. Toma a minha mão e me leva até Ele, para que eu ande sempre pelos caminhos da Luz. Cobre-me com teu manto de amor, para que jamais desanime na caminhada, mesmo diante da cruz. Ó Maria, mãe amada, abençoa minha jornada e ajuda-me a ser uma catequista dedicada. Agora e sempre, amém!


terça-feira, 5 de junho de 2012

Lumen Gentium





O Senhor Jesus, deu inicio a sua Igreja pregando a boa nova do Reino de Deus, prometido há séculos pela Escritura. Este Reino se manifesta na palavra, nas obras e na presença de Cristo, que veio “para servir e dar a vida pela redenção de muitos” (MT. 10,15).
            A Igreja é o redil, cuja única porta e necessário pastor é Cristo. A Igreja é a agricultura ou o campo de Deus. A verdadeira videira é Cristo, sem a qual nada somos. A Igreja muitas vezes é chamada de construção de Deus, sendo construída pelos apóstolos.
            A Igreja tem um indissolúvel vinculo a Cristo, que se entregou, para a santificar. O filho de Deus vencendo sua morte e com sua ressurreição, transformou o homem em nova criatura, fazendo a todos seus irmãos.
            A Igreja é um corpo que tem vários membros. Também na edificação do Corpo de Cristo existe diversidade de membros e de funções. É um mesmo Espírito que distribui os seus vários dons segundo a sua riqueza e as necessidades dos ministérios para utilidade da Igreja. Se algum membro sofre, todos sofrem e se um membro recebe honras, todos se alegram. Peregrinos nesta terra, seguindo suas pegadas na tribulação e perseguição, associamo-nos nos seus sofrimentos como o corpo à cabeça, sofrendo com Ele, para com Ele sermos glorificados.
            A nossa Igreja é a única a professar no credo ser uma, santa, católica e apostólica; depois da ressurreição entregou-a a Pedro para que a apascentasse, confiando a ele e aos demais apóstolos a sua difusão e governo. Esta Igreja hoje governada pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em união com ele. A Igreja não foi construída para possuir a glória celeste, mas para anunciar a humildade e a abnegação, também com o seu exemplo. A Igreja abraça com amor todos os afligidos pela enfermidade humana e reconhecem nos pobres e nos que sofrem a imagem de seu fundador pobre e sofredor.
            A Igreja “prossegue a sua peregrinação no meio das perseguições do mundo e das consolações de Deus”, anunciando a cruz e a morte do Senhor até que Ele venha.