segunda-feira, 30 de julho de 2012


PREPARANDO O TEMA (no grupo de catequista ou individualmente)


1.    Orar pelos catequizandos, pela catequese, pela preparação e apresentação do tema, etc.
2.    Estudar - separar um horário, preparar cada tema, pesquisar, ler a bíblia, utilizar folhetos, manuais, livros, etc.
3.    Entregar-se ao tema – interagir: fé com vida
4.    Método / Esquema
Objetivo
         Define-se o que se pretende alcançar em uma ou duas frases curtas
         O que queremos atingir com este encontro?
         Aonde queremos chegar?
         Para que estamos fazendo esta reflexão?
         Desenvolvimento: ver, julgar, agir e celebrar
Ver: momento de olhar a vida (realidade, acontecimento, fato, situação...)
         descobrir valores e contra valores: o que pensa o grupo, quais as causas do que está acontecendo, quais fatos estão ligados a esta situação (não chegar a conclusões, isto será só depois do julgar)
Julgar: momento da Palavra de Deus na Bíblia e a palavra da Igreja.
         Analisar a luz da fé, a mensagem de Jesus Cristo a ser vivida pelos cristãos
         Julgar pela Bíblia (iluminar, confrontar a realidade com o modelo apresentado por Deus)
         Olhar o fato levantado no Ver, e com os olhos de Deus (bíblia) discernir quais os valores a confirmar e quais os contra-valores a repudiar (textos bem preparados)
Agir: o que fazer?
         O encontro com Jesus leva à identificação com Ele. Logo precisa-se partir para ações concretas
         Descobrir: O que mudar? O que confirmar? O que purificar? Como descobrir a presença de Deus, dentro de tudo o que refletimos da realidade?
Celebrar: Uma boa catequese desabrocha na oração. Trata-se de orar o que aconteceu no encontro.
         Oração expressa nos mais diversos jeitos e usando símbolos, cantos variados e adequados ao tema
      Rever: todo encontro precisa de constante renovação.
         O tema da catequese não é assunto pronto nem acabado e se faz necessário uma constante avaliação

quarta-feira, 25 de julho de 2012


Jesus e a fome do povo (Jo 6,1-15)

por CEBI Publicações

MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES
JESUS E A FOME DO POVO
João 6,1-15

Texto extraído do livro "Raio-X da Vida" - Círculos Bíblicos do Evangelho de João. Coleção A Palavra na Vida 147/148. Autores: Carlos Mesters, Mercedes Lopes e Francisco Orofino. CEBI Publicações. Saiba mais vendas@cebi.org.br.

OLHAR DE PERTO AS COISAS DA NOSSA VIDA
No texto de hoje, vamos refletir a história da multiplicação dos pães. O povo ia atrás de Jesus, porque via os sinais que ele fazia para os doentes. Era um povo faminto e doente, como um rebanho sem pastor. Estava desorientado. Buscava sinais, buscava um líder. Seguia a Jesus, porque enxergava nele o novo líder capaz de resolver os seus problemas. Vendo aquela multidão de gente que o procurava, Jesus confronta os discípulos com a fome do povo. Alguma coisa tinha de ser feita!

SITUANDO
No Situando do 8º Círculo Bíblico deste mesmo livro, vimos o esquema das sete festas e dos sete sinais. Aqui, neste novo círculo, estamos na festa da Páscoa, a 4ª festa (Jo 6,4). Nela acontecem dois sinais: a multiplicação dos pães (4º sinal) e a caminhada sobre as águas (5º sinal). Em seguida, vem o longo diálogo sobre o Pão da Vida (Jo 6,22-71). O enfoque central é o confronto entre a antiga Páscoa do Êxodo e a nova Páscoa que se realiza em Jesus:
1.     Jo 6,1-15: Multiplicação dos pães - Como Moisés, Jesus dá de comer ao povo no deserto;
2.     Jo 6,16-21: Caminhada sobre as águas - Como o povo, Jesus atravessa o mar;
3.     Jo 6,22-71: Diálogo sobre o Pão da Vida - Esclarece a nova Páscoa que se realiza em Jesus.

COMENTANDO
1. João 6,1-4: A Situação
"Estava próxima a Páscoa". Na antiga páscoa, aquela do êxodo do Egito, o povo atravesssou o Mar Vermelho. Aqui na nova páscoa, Jesus atravessa o Mar da Galiléia. Uma grande multidão seguia a Moisés no primeiro êxodo. Uma grande multidão segue Jesus nesse novo êxodo. No primeiro êxodo, Moisés subiu a Montanha. Jesus, o novo Moisés, também sobe à montanha. O povo seguia a Jesus porque tinha visto os sinais que ele fazia para os doentes.
2. João 6,5-7: Jesus e Filipe
Uma vez no deserto, apareceu a fome do povo. Vendo a multidão faminta, Jesus pergunta a Filipe: "Onde vamos comprar pão para esse povo comer?" Fez a pergunta para prová-lo, porque ele sabia o que fazer. Como sabia? É que, conforme a Escritura, no primeiro êxodo, Moisés tinha conseguido alimento para o povo faminto. Jesus, o novo Moisés, irá fazer a mesma coisa. Mas Filipe, em vez de olhar a situação à luz das Escrituras, olha a situação com os olhos do sistema e responde: "Duzentos denários não bastam!" Um denário era o salário mínimo de um dia. Filipe constata o problema e reconhece a sua total incapacidade para resolvê-lo. Faz o lamento, mas não apresenta solução.
3. João 6, 8-9: André e o menino
André, em vez de lamentar-se, busca uma solução. Ele encontra um menino com cinco pães e dois peixes, disposto a partilhá-los. Cinco pães de cevada e dois peixes eram o sustento ou a ração do pobre. O menino entrega o seu sustento! Ele poderia ter dito: "Cinco pães e dois peixes, o que é isso para tanta gente? Não vai dar para nada! Vamos partilhá-los aqui entre nós com duas ou três pessoas!" Em vez disso, tem a coragem de entregar cinco pães e dois peixes para alimentar 5 mil pessoas (Jo 6,10). Andre percebe que neste gesto do menino está a solução. Por isso, levou-o até Jesus. Quem faz isso, ou é louco ou tem muita fé em Jesus e nas pessoas, acreditando que, por amor a Jesus, todos se disponham a partilhar como fez o menino!
4. João 6,10-11: A multiplicação
Jesus pede para o povo se acomodar na grama. Em seguida, multiplica o sustento, a ração do pobre. Diz o texto: "Jesus tomou os pães e, depios de ter dado graças, distribuiu-os aos presentes, assim como os peixes, tanto quanto queriam!" Com esta frase, escrita no ano de 100 depois de Cristo, João evoca o gesto da Ceia, do jeito que era celebrada nas comunidades (1Cor 11,23-24). A Ceia Eucarística, quando celebrada como deve, levará as pessoas à partilha como levou o menino a entregar seu sustento para ser partilhado.
5. João 6,12-13: A sobra dos 12 cestos
Jesus manda recolher a sobra do pão. Recolheram 12 cestos. O número 12 evoca a totalidade do povo com suas 12 tribos. João não informa se sobrou algo dos peixes. É que o interesse dele era evocar o pão como símbolo da Ceia Eucarística. João não descreve a Ceia Eucarística, mas descreve a multiplicação dos pães como símbolo do que deve acontecer nas comunidades e no mundo através da celebração da Ceia Eucarística. Por exemplo, se no Brasil houvesse partilha, haveria comida abundante para todos e sobrariam 12 cestos para muitos outros povos! E dizem que o Brasil é o maior país católico do mundo! Ah, se fosse...!
6. João 6,14-15: Querem fazê-lo rei
O povo interpreta o gesto de Jesus dizendo: "Esse é verdadeiramente o profeta que deve vir ao mundo!" A intuição do povo é correta. Jesus de fato é o novo Moisés, o Messias, aquele que o povo estava esperando (Dt 18,15-19). Mas esta intuição tinha sido desviada pela ideologia da época que "queria um grande rei que fosse forte e dominador". Por isso, vendo o sinal, o povo proclama Jesus como Messias e avança para fazê-lo rei! Jesus, percebendo o que ia acontecer, refugia-se sozinho na montanha. Não aceita esta maneira de ser messias e aguarda o momento oportuno para ajudar o povo a dar um passo.

ALARGANDO
O Livro dos Sinais
Já vimos na Introdução que o Evangelho de João se formou a partir de dois livros mais antigos: o Livro dos Sinais e o Livro da Glorificação. O Livro dos Sinais foi escrito para que as pessoas, através do sinais realizados por Jesus, pudessem crer que ele é "o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenham a vida eterna em seu nome" (Jo 20,30-31).
O autor tem consciência de que está selecionando alguns sinais, já que afirma que "Jesus fez muitos outros sinais ainda, que não estão escritos neste livro" (Jo 21,25). Assim, João preservou sete sinais prodigiosos de Jesus: a transformação da água em vinho em Caná (Jo 2,1-11);  a cura do filho do funcionário real, também em Caná (Jo 4,46-54); a cura do paralítico em Jerusalém (Jo 5,1-18); a multiplicação dos pães na Gililéia (Jo 6,1-15); a caminhada sobre o mar (Jo 6,16-21); a cura do cego de nascença em Jerusalém (Jo 9,1-41) e a ressurreição de Lázaro em Betânia (Jo 11,1-44).
No Quarto Evangelho, não aparecem os inúmeros milagres de Jesus como nos outros evangelhos, e nenhum relato de um gesto de expulsão de demônios. O Evangelho de João chama estes acontecimentos de "sinais" e não de "milagres", como nos outros evangelhos. Por que esta diferença? É que, para João, estes sinais de Jesus exigem uma tomada de posição por parte das pessoas.
Os sinais de Jesus podem provocar fé. Em Caná, diante do sinal do vinho, os discípulos tiveram fé em Jesus (Jo 2,11). Também em Jerusalém os sinais provocam adesão e fé (Jo 2,23). Movido por estes mesmos sinais, Nicodemos busca saber quem é Jesus (Jo 3,2). O funcionário real e sua família se convertem diante do sinal feito por Jesus (Jo 4,54). Mas Jesus exigo algo mais. Ele desconfia de uma fé que vive pedindo sinais (Jo 2,18; 2,23-25; 4,48). Os sinais nem sempre suscitam fé em Jesus (Jo 6,26; 12,37).
Para Jesus não é necessário "ver para crer!" (Jo 20,29). Talvez por isso João relata apenas sete sinais. Ele destaca estes sinais para que as pessoas que buscam a glória de Deus possam penetrar no mistério da vida de Jesus e descobri-lo como verdadeiro Messias e Filho de Deus (Jo 1,14; 2,11; 20,30-31).
Os sinais feitos por Jesus são expressão do amor de Deus pela Humanidade. Desta forma João busca ligar Jesus com as manifestações da glória de Deus  no Antigo Testamento. No AT "glória" é a manifestação visível do Deus invisível através de atos e feitos extraordinários (Ex 16,7-10; 24,17; Nm 14,11-22; Dt 7,19-29; 29,1-3). Através destes sete sinais extraordinários de Jesus, a comunidade pode ter a certeza de que Deus continua junto com o povo, num novo êxodo para a liberdade.

sexta-feira, 20 de julho de 2012


O senhor é meu pastor! Nada me falta! (Mc 6,30-34)


Um belíssimo texto! 

por CEBI - Publicações
O ACOLHIMENTO
O ACOLHIMENTO DADO AOS DISCÍPULOS E O ACOLHIMENTO DADO AO POVO
(Marcos 6, 30-34)

Texto extraído do livro "Caminhando com Jesus" - Série A Palavra na Vida 182/183. Autores: Carlos Mesters e Mercedes Lopes. CEBI Publicações. Mais informações:vendas@cebi.org.br.

ABRIR OS OLHOS PARA VER
Depois do banquete da morte promovido por Herodes que matou João Batista, vem o banquete da vida. Jesus alimenta o povo faminto no deserto. Povo faminto é o que não falta hoje. Iniciativas para dar de comer ao povo também existem. Vamos aprofundar mais essa reflexão?

SITUANDO
O início do terceiro bloco traz um grande contraste! De um lado o banquete da morte, promovido por Herodes com os grandes da Galiléia, no palácio da Capital (Mc 6,17-29). Do outro lado, o banquete da vida, promovido por Jesus com o povo faminto da Galileia lá no deserto (Mc 6,30-44). No Evangelho de Marcos, a multiplicação dos pães é muito importante. Ela aparece duas vezes: aqui e em Mc 8,1-10. Por isso, devemos prestar muita atenção para descobrir em que consiste a importância da multiplicação dos pães, momento culminante à passagem que a antecede e que vamos refletir hoje (Mc 6,30-34).

COMENTANDO
Marcos 6,30-32: O acolhimento dados aos discípulos
Estes versículos mostram como Jesus formava novas lideranças. Ele tinha o costume de levar os discípulos a um lugar mais tranquilo para poder descansar e fazer uma revisão. Preocupava-se com o descanso deles, pois o trabalho da missão era tanto que não sobrava tempo nem para comer.
Marcos 6,33-34: O acolhimento dado ao povo
O povo percebeu que Jesus tinha ido para o outro lado do lago e foi atrás. Quando Jesus, ao descer do barco, viu aquela multidão, esqueceu o descanso e começou a ensinar. Aqui transparece o abandono do povo. Jesus ficou com dó, "pois eles estavam como ovelhas sem pastor". Quem lê isso lembra o salmo do bom pastor (Salmo 23). Quando Jesus percebe o povo sem pastor, ele começa a ser pastor. Começa a ensinar. Ele guia o povo no deserto da vida, e o povo pode cantar: "O senhor é meu pastor! Nada me falta!"

Do Cebi, uma bela reflexão sobre os dados do IBGE sobre a queda do número de católicos


Catolicismo: a decadência do poder


por Adital
O cristianismo nasceu pobre, de um Deus feito gente pobre, difundido por pescadores e outros homens e mulheres dos grupos marginais. Gente de pequenas comunidades, que tinham uma extraordinária novidade para quem quisesse.
Depois, tornou-se a religião do poder romano, como Igreja Católica, e essa metamorfose tem até hoje consequências impagáveis.
A Igreja Católica começou a perder poder religioso com a ruptura de Lutero e poder mundano com o iluminismo. As revoluções burguesas derrubaram os privilégios da nobreza e do clero.
No Brasil e América Latina, o catolicismo chegou como a religião dos conquistadores. As reduções indígenas no Brasil, a apropriação dos templos incas e astecas, o batismo forçado dos negros desembarcados dos navios negreiros, cavaram um fosso entre a religião oficial do clero e o cristianismo vivido pelas massas subalternas. Aqui também houve uma metamorfose, e os pobres recriaram para si um cristianismo, um catolicismo, conforme sua própria imagem e semelhança. A proclamação da República começou subtrair o poder do clero no Brasil. A liberdade religiosa só chegou com a Constituição de 1945 pelas mãos de um ateu, Jorge Amado.
Hoje, o triunfalismo religioso está com os evangélicos pentecostais. Fazem marchas poderosas e ali também é difícil discernir o que é evangelho do que é mercado. Entre eles já começa ter críticas para "voltar ao texto bíblico". Certos setores católicos achavam que, imitando de alguma forma os evangélicos pentecostais, conteriam a sangria nominal religiosa. O resultado já está posto.
As últimas pesquisas indicam que o catolicismo brasileiro, nominal, é da ordem de 64,6% da nossa população. Como na Europa, a tendência é se estabilizar por volta de 40%. Deve crescer o número dos indiferentes diante das igrejas. O fenômeno pentecostal também não terá longo fôlego quando grande parte da população superar sua consciência ingênua diante dos milagreiros da teologia da prosperidade. Quem sabe os evangélicos históricos voltem mesmo ao texto bíblico, a grande contribuição deles ao cristianismo.
O Brasil mais católico continua no Piauí, Ceará, Paraíba, nordeste em geral. O Brasil menos católico está em Rondônia e Rio de Janeiro, onde já é minoria, com cerca de 45% do povo do Estado permanecendo católico.
A perda constante de poder na história não demove certos setores da Igreja Católica que acham ainda que a Igreja é poder. Muitos agem ainda como se vivessem na Idade Média. É perda de tempo e de energia. Além do mais, falta-lhes senso de realidade.
Só resta um poder real aos cristãos, sejam eles de qualquer Igreja: do sal, do fermento, da luz. E vale lembrar a terrível advertência de Jesus: "se o sal perder o seu gosto não serve mais para nada, a não ser para ser lançado fora e pisado pelos homens (Mateus, 5,13)".
Roberto Malvezzi, Gogó Equipe CPP/CPT do São Francisco. Músico. Filósofo e Teólogo

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Vai aí a tradução de uma bela canção
Somewhere over the rainbow

Em algum lugar além do arco-íris Israel Kamakawiwo'ole Revisar traduçãoCancelar
Em algum lugar além do arco-íris
Bem lá no alto
E os sonhos que você sonhou
Uma vez em um conto de ninar
Em algum lugar além do arco-íris
Pássaros azuis voam
E os sonhos que você sonhou
Sonhos realmente se tornam realidade

Algum dia eu vou desejar à uma estrela
Acordar onde as nuvens estão muito atrás de mim
Onde problemas derretem como balas de limão
Bem acima dos topos das chaminés é onde você me encontrará,
Em algum lugar além do arco-íris pássaros azuis voam
E o sonho que você desafiar, por que, porque eu não posso?

Bem, eu vejo árvores verdes e
Rosas vermelhas também
Eu as vejo florescer pra mim e pra você
E eu penso comigo mesmo
Que mundo maravilhoso

Bem eu vejo céus azuis e eu vejo nuvens brancas
E o brilho do dia
Eu gosto do escuro e eu penso comigo
Que mundo maravilhoso

As cores do arco-íris tão bonitas no céu
Também estão no rosto das pessoas que passam
Eu vejo amigos apertando as mãos
Dizendo, "como você está?"
Eles estão realmente dizendo eu... eu te amo!
Eu ouço bebês chorando e vejo eles crescerem,
Eles aprenderão muito mais
Do que nós sabemos
E eu penso comigo mesmo
Que mundo maravilhoso.

Algum dia eu vou desejar à uma estrela
Acordar onde as nuvens estão muito atrás de mim
Onde problemas derretem como balas de limão
Bem acima dos topos das chaminés é onde você me encontrará,
Em algum lugar além do arco-íris bem lá no alto
E o sonho que você desafiar, por que, porque eu não posso?


http://www.vagalume.com.br/israel-kamawiwoole/somewhere-over-the-rainbow-traducao.html#ixzz1rSILmBuc

Sugestão para trabalhar o Ministério da Catequese


Re-inventar a catequese com o entusiasmo de quem descobriu o tesouro e quer ser um discípulo apaixonado pelo Reino.
Proclamação do Evangelho segundo Mateus (Mt 13,44-46):
O Reino dos Céus é como um tesouro escondido num campo. Alguém o encontra, deixa-o lá bem escondido e, cheio de alegria, vai vender todos os seus bens e compra aquele campo.
O Reino dos Céus é também como um negociante que procura pérolas preciosas. Ao encontrar uma de grande valor, ele vai vende todos os bens e compra aquela pérola.
Para refletir:
“Há uma história de um homem que corre ao encontro de um monge que está passando pela aldeia: ‘Dê-me a pedra, a pedra preciosa!’ O monge diz: ‘De que pedra você está falando?’ O homem: ‘Ontem à noite, Deus me apareceu em sonho e disse: ‘Um monge estará passando pela aldeia ao meio-dia de amanhã, e se ele lhe der uma pedra que leva consigo, você será o homem mais rico do país. Então, dê-me a pedra!’ O monge remexeu no saco e tirou um diamante. O maior diamante do mundo, do tamanho da cabeça de um homem! E disse: ‘É essa pedra que você quer? Eu a encontrei na floresta. Tome-a’ O homem agarrou a pedra e saiu correndo para casa. Mas não pôde dormir aquela noite. Na manhã seguinte, muito cedo, foi onde o monge estava dormindo, debaixo de uma árvore, acordou-o e disse: ‘Aqui está o seu diamante de volta. Quero a riqueza que o torna capaz de jogar a riqueza fora’. Isso é o que temos de descobrir se quisermos achar a alegria”. (Anthony de Mello).
Partilhar em grupo:
1. Qual é o seu verdadeiro tesouro, sua alegria?
2. A partir das parábolas, o que é catequizar? Nossos encontros, nosso ministério e nossa vida
revelam que somos pessoas que encontraram a verdadeira alegria?
3. Qual a maior riqueza da catequese? O que fazer para ajudar catequista e catequizando a
encontrar a verdadeira alegria?
4. Uma frase que sintetize a idéia do grupo sobre esse texto.

Extraído da Apostila da Arquidiocese de Pouso Alegre "Ministério da Catequese".

quinta-feira, 12 de julho de 2012


Envio dos doze para a missão (Mc 6,6b-13)
por CEBI Publicações

ENVIO DOS DOZE PARA A MISSÃO
Marcos 6, 6b-13

Texto extraído do livro "Caminhando com Jesus" - Série A Palavra na Vida 182/183. Autores: Carlos Mesters e Mercedes Lopes. CEBI Publicações. Mais informações:vendas@cebi.org.br.

O conflito cresceu e tocou de perto a pessoa de Jesus. Como ele reage? De duas maneiras: diante do fechamento da sua família e do seu povoado, Jesus deixou Nazaré de lado e começou a percorrer os povoados nas redondezas. Além disso, ele abriu a missão e intensificou o anúncio da Boa Nova.
Chamando os doze, os enviou com as seguintes recomendações: deviam ir dois a dois, receberam poder sobre espíritos maus, não podiam levar nada no bolso, não deviam andar de casa em casa e, caso não fossem recebidos, deviam sacudir o pó das sandálias e seguir adiante. E eles foram.
É o começo de uma nova etapa. Agora já não é só Jesus, mas é todo o grupo que vai anunciar a Boa Nova de Deus ao povo. Se a pregação de Jesus já dava conflito, quanto mais agora, com a pregação de todo o grupo! Se o mistério já era grande, ainda será maior com a missão intensificada.

ALARGANDO
Envio e Missão
No tempo de Jesus havia vários outros movimentos de renovação. Por exemplo, os essênios e os fariseus. Também eles procuravam uma nova maneira de conviver em comunidade e tinham os seus missionários (cf. Mt 23,15). Mas estes, quando iam em missão, iam prevenidos. Levavam sacola e dinheiro para cuidar da sua própria comida, pois não confiavam na comida do povo, que nem sempre era ritualmente "pura".
Ao contrário dos outros missionários, os discípulos e discípulas de Jesus receberam recomendações diferentes que ajudam a entender os pontos fundamentais da missão de anunciar a Boa Nova, que receberam de Jesus e que ainda é a nossa missão:
a) Deviam ir sem nada. Não podiam levar nada, nem bolsa, nem ouro, nem prata, nem dinheiro, nem bastão, nem sandálias, nem sequer duas túnicas. Isto significa que Jesus os obriga a confiar na hospitalidade, pois quem vai sem nada vai porque confia no povo e acredita que vai ser recebido. Com esta atitude criticavam as leis de exclusão, ensinadas pela religião oficial, e mostravam, pela nova prática, que tinham outros critérios de comunidade.
b) Deviam comer o que o povo lhes dava. Não podiam viver separados com sua própria comida e deviam aceitar a comunhão de mesa. Isto significa que, no contato como o povo, não deviam ter medo de perder a pureza como era ensinada na época. Com esta atitude criticavam as leis da pureza em vigor e mostravam, pela nova prática, que tinham outro acesso à pureza, isto é, à intimidade com Deus.
c) Deviam ficar hospedados na primeira casa em que fossem acolhidos. Isto é, deviam conviver de  maneira estável e não andar de casa em casa. Deviam trabalhar como todo o mundo e viver do que recebiam em troca, "pois todo o operário merece salário" (Lc 10,7). Em outras palavras, eles deviam participar da vida e do trabalhodo povo, e o povo os acolheria na sua comunidade e partilharia com eles casa e comida. Significa que deviam confiar na partilha. Isto também explica a severidade da crítica contra os que recusavam a mensagem (Lc 10,10-12), pois não recusavam algo novo, mas sim o próprio passado.
d) Deviam tratar dos doentes e necessitados, curar os leprosos e expulsar os demônios (Lc 10,9; Mt 10,8). Isto é, deviam exercer a função de "defensor" (goêl) e acolher para dentro do clã, dentro da comunidade, os que viviam excluídos. Com esta atitude criticavam a situação de desintegração da vida comunitária do clã e apontavam saídas concretas.
Estes eram os quatro pontos básicos que deviam marcar a atitude dos missionários ou das missionárias que anunciavam a Boa Nova de Deus em nome de Jesus: hospitalidade, comunhão de mesa, partilha e acolhida aos excluídos. Caso estas quatro exigências fossem preenchidas, eles podiam e deviam gritar aos quatro ventos: O Reino chegou! Pois o Reino de Deus que Jesus nos revelou não é uma doutrina, nem um catecismo, nem uma lei. O Reino de Deus acontece e se faz presente quando as pessoas, motivadas pela sua fé em Jesus, decidem viver em comunidade para, assim, testemunhar e revelar a todos que Deus é Pai e Mãe e que, portanto, nós, seres humanos, somos irmãos e irmãs uns dos outros. Jesus queria que a comunidade local fosse novamente uma expressão da Aliança, do Reino, do amor de Deus como Pai, que faz de todos irmãos e irmãs.

segunda-feira, 9 de julho de 2012


A lógica de Deus


por CASALDÁLIGA, Pedro.Orações da caminhada. Campinas: Verus, 2005
O Deus do céu
e da terra
escolheu o húmus
para se manifestar!
Escondeu-se
na fragilidade de uma criança
e no carpinteiro pobre
de Nazaré!
Mas a vida, gestos e palavras
deste homem
nos fazem mergulhar
no Mistério!
A gratuidade do convite
para participar na festa do Reino
acorda a fé
num ousado seguimento.
E no fracasso da cruz
a fidelidade e o amor se encontram
gerando uma nova criação
marcada de eternidade.

sábado, 7 de julho de 2012


Por vezes não chega avaliar a catequese. Também o nosso desempenho deve ser alvo de reflexão,
sem contudo cairmos no erro de nos julgarmos melhores ou perfeitos. Afinal, cada um tem um ou
outro aspecto que pode melhorar, tem um ou outro ponto em que trabalha melhor e pode (e deve)
partilhar, ajudar.
Eu e Deus
-Dedico tempo a Deus na oração?
- Quando é que me é mais difícil rezar?
- A comunidade paroquial, o grupo dos catequistas ajudam-me a rezar? Quais os problemas?
- Quais destas experiências de oração me ajudam a rezar melhor?
· Escuta da Palavra de Deus
· Meditação
· Oração espontânea de agradecimento ou de perdão
· Rezar com os salmos
· Oração organizada com o grupo de catequistas
· Eucaristia
- Qual foi mais difícil para mim?
- Qual a mais útil para me ajudar a crescer como cristão?
- Quais os modos de oração mais úteis para educar os catequizandos à oração?
Eu e os catequistas
- Entre todos os momentos que vivi com os outros catequistas, quais os que foram mais fáceis,
quais os mais difíceis e quais os que me enriqueceram mais?
- O que mais aprecio nos outros catequistas?
· A capacidade de atrair os catequizandos
· A simplicidade
· A calma
· A constância
· A alegria constante
· A maturidade espiritual
- Entre estas atitudes, quais as que mais me desagradam?
· A inveja
· A atitude de superioridade
· A desconfiança
· Estar sempre a lamentar-se de tudo e de todos
· O mau exemplo
- Sinto-me capaz de ir falar diretamente com um catequista acerca das suas atitudes que acho
incorretas; ou prefiro calar-me?
http://www.pastoralis.com.br/pastoralis/html 06/06/2009 20:42:35 / Page 1
- Sinto a necessidade de viver, juntamente com os outros catequistas, experiências de formação
espiritual, cultural e catequética?
Eu e os catequizandos
- Quais as atitudes mais comuns quando estou com os catequizandos?
· Escuta
· Apoio
· Disponibilidade
· Ajuda
· Diálogo
Ou…
· Impaciência
· Cansaço
· Confronto
· Imposição
- O que aprendi este ano ao fazer catequese?
- Os catequizandos “pedem” muitas coisas ao amigo mais velho (=catequista) que os acolhe, que
reza com eles, que canta, que prepara as festas, que os anima… Quais as coisas que me deram
mais prazer fazer com eles e quais as que me foram mais custosas?
- Estarei disponível para continuar na catequese?
Eu e eu
- Porque optei por fazer catequese?
· Porque os meus amigos também são catequistas
· Porque gosto de crianças
· Porque o pároco me pediu
· Porque tenho muito tempo livre
· Porque me sinto chamado a anunciar o Evangelho
· Para fazer novas amizades
· Para me sentir realizado(a)
· Para me dar de forma gratuita
· Porque sei que deixa a minha família contente
- Sinto-me apoiado pela comunidade cristã?
- Qual destas expressões é mais acertada?
· Sou catequista porque os catequizandos precisam de mim
· Preciso de anunciar, testemunhar, dizer que creio em Deus
- O ser catequista fez amadurecer a minha experiência de fé?
- Quais as descobertas, positivas e negativas, que fiz na minha personalidade e no meu carácter?
Adaptado de “catequistas”, nº 10, Junho de 2005, Edições Salesianas