terça-feira, 25 de setembro de 2012

Texto do blog do padre Joãozinho, scj sobre sua visita ao padre Zezinho


Muitas pessoas me perguntam como está a saúde de Pe. Zezinho, scj, que na semana passada sofreu um AVC isquêmico provocado pela diabetes. Hoje tive a oportunidade de visitá-lo. Encontrei-o forte e bem disposto. Seu ânimo está ótimo, apesar de conviver com alguns limites que ficaram do acidente vascular que sofreu. Naturalmente isso exige que ele permaneça sob atenta supervisão médica. As visitas estão restritas para que ele tenha condições de repousar e seu organismo encontre os caminhos naturais para compensar as habilidades que ficaram comprometidas. E quais seriam exatamente estes limites? O AVC não atingiu nenhuma função motora. Pe. Zezinho se movimenta e alimenta normalmente. Porém, não poderá dirigir por algum tempo e deverá, por prudência, andar acompanhado. Imagine que ele percebeu que algo estava acontecendo quando dirigia pelas ruas de São Paulo. Um confrade ao perceber isso o levou imediatamente para os médicos que o acompanham há anos, em São José dos Campos. Pe. Zezinho permanece com sua habilidade e incrível criatividade musical inalterada. Está compondo belas melodias. Mostrou-me uma delas assoviando. Gravei. Sua maior dificuldade é pronunciar algumas palavras e articular as frases com a habilidade que conhecemos deste que é reconhecidamente um dos maiores comunicadores da Igreja Católica. Tem progredido na superação deste limite. Mas só o tempo poderá dizer a velocidade da recuperação. Sua leitura é lenta, mas compreende exatamente o que lê. Fala com coerência de ideias mas não é capaz de cantar de memória nenhuma de suas canções. Difícil imaginar que algum católico não cante decor “Maria de Nazaré”. Pois o autor da canção neste momento não tem condições de fazer isso. Outro limite bastante curioso é que ele lembra de todas as pessoas e sabe exatamente quem são e o que fazem, mas não é capaz de lembrar seus nomes. Durante todo o tempo em que estive com ele não pronunciou meu nome. Aos poucos este lapso de memória parece estar sendo superado. Perguntei se ele está tendo novas e geniais ideias, dessas que diariamente partilha comigo e com outros confrades. Ele me falou de uns cinco projetos novos e de coisas que pensou nos últimos dias. Mas não consegue digitar nada disso em seu computador. Mais um limite. Ele mesmo interpreta este momento como sua participação na cruz de Cristo. Fiquei edificado pela coragem e determinação como que ele enfrenta tudo isso. Em nenhum momento manifestou tristeza ou lamento. Seu horizonte continua sendo a esperança. Foi ferido em um ponto do tamanho da cabeça de um alfinete em seu cébrebro, mas seu coração continua do tamanho do mundo, como sempre. Ao final da visita fiz um teste. Estou devendo vários capítulos de um livro que estamos escrevendo juntos. A parte dele está pronta. Perguntei se eu estava devendo alguma coisa. Ele respondeu de supetão: “Vê se escreve logo os capítulos que você prometeu que os meus estão prontos”. Esqueceu os nomes, mas lembra muito bem das dívidas!
Pe. Joãozinho, scj

quarta-feira, 19 de setembro de 2012


por CEBI Publicações

ECUMENISMO
NINGUÉM É DONO DE JESUS
MARCOS 9,30-37

Texto extraido do livro ''CAMINHANDO COM JESUS'' - Círculos Bíblicos do Evangelho de Marcos - Coleção A Palavra na Vida 184/185. CEBI Publicações. Mais informações em vendas@cebi.org.br

ABRIR OS OLHOS PARA VER
O texto de Evangelho que vamos meditar hoje traz uma grande incoerência da parte dos discípulos de Jesus. Enquanto Jesus anunciava a sua paixão e morte, os discípulos discutiam entre si quem deles era o maior. Jesus queria servir, eles só pensavam em mandar! A ambição os levava a querer subir às custas de Jesus. Vamos conversar sobre isto.

SITUANDO
Esta reflexão traz o segundo anúncio da paixão, morte e ressurreição de Jesus. Comono primeiro anúncio - Mc 8, 27-38 -, os discípulos ficam espantados e com medo. Não entendem a palavra sobre a cruz, porque não são capazes de entender nem de aceitar um Messias que se faz empregado e servidor dos irmãos. Eles continuam sonhando com um messias glorioso. O texto ajuda a perceber algo da pedagogia de Jesus. Mostra como ele formava os discípulos, como os ajudava a perceber e a superar o "fermento dos fariseus e de Herodes".
Tanto na época de Jesus como na époica de Marcos, havia o fermento da ideologia dominante. Também hoje, a ideologia da propagandas do comércio, do consumismo, das novelas influi profundamente no modo de pensar e de agir do povo. Na época de Marcos, nem sempre as comunidades eram capazes de manter uma atitude crítica frente à invasão da ideologia do império. A atitude de Jesus com relação aos apóstolos, descrita no evangelho, as ajudava e continua ajudando a nós hoje.

COMENTANDO
Marcos 9,30-32: O anúncio da cruz
Jesus caminha através da Galiléia, mas não quer que o povo o saiba, pois está ocupado com a formação dos discípulos e discípulas e conversa com eles sobre a cruz. Ele diz que, conforme a profecia de Isaías - Is 53,1-10 -, o Filho do Homem deve ser entregue e morto. Isto mostra como Jesus se orientava pela Bíblia, na formação aos discípulos. Ele tirava o seu ensinamento das profecias. Os discípulos o escutam, mas não entendem a palavra sobre a cruz. Mesmo assim, não pedem esclarecimento. Eles tem medo de deixar transparecer sua ignorância.
Marcos 9,33-34: A mentalidade de competição
Chegando em casa, Jesus pergunta: Sobre que vocês estavam discutindo no caminho? Eles não respondem. É o silêncio de quem se sente culpado, pois pelo caminho discutiam sobre quem deles era o maior. Jesus é bom formador. Não intervém logo, mas sabe aguardar o momento oportuno para combater a influência da ideologia dos seus formandos. A mentalidade de competição e de prestígio que caracteriza a sociedade do Império Romano já se infiltrava na pequena comunidade que estava apenas começando! Aqui aparece o contraste! Enquanto Jesus se preocupa em ser o Messias Servidor, eles só pensam em ser o maior. Jesus procura descer. Eles querem subir!
Marcos 9, 35-37: Servir, em vez de mandar
A resposta de Jesus é um resumo do testemunho de vida que ele mesmo vinha dando desde o começo: Quem quer ser o primeiro seja o último de todos, o servidor de todos! Pois o último não ganha nada. É um servo inútil (cf. Lc 17,10). O poder deve ser usado não para subir e dominar, mas para descer e servir. Este é o ponto em que Jesus mais insistiu e em que mais deu o seu próprio testemunho (cf. Mc 10,45; Mt 20,28; Jo 13,1-16).
Em seguida, Jesus coloca uma criança no meio deles. Uma pessoa que só pensa em subir e dominar não daria tão grande atenção aos pequenos e às crianças. Mas Jesus inverte tudo! Ele diz: "Quem receber uma destas crianças em meu nome é a mim que recebe. Quem receber a mim recebe aquele que me enviou! Ele se identifica com as crianças. Quem acolhe os pequenos em nome de Jesus acolhe o próprio Deus!

ALARGANDO
Um retrato de Jesus como formador
"Seguir" era um termo que fazia parte dos sitema da época. Era usado para indicar o relacionamento entre o discípulo e o mestre. O relacionamento mestre-discípulo é diferente do relacionamento professor-aluno. Os alunos assistem às aulas do professor sobre uma determinada matéria. Os discípulos "seguem" o mestre e convivem com ele. Foi nesta "convivência" de três anos com Jesus que os discípulos e as discípulas receberam a sua formação.
Não é pelo fato de uma pessoa andar com Jesus que ela já é santa e renovada. No meio dos discípulos, cada vez de novo, a mentalidade antiga levantava a cabeça, pois o "fermanto de Herodes e dos fariseus" - Mc 8,15-, isto é, a ideologia dominante, tinha raízes profundas na vida daquele povo. A conversão que Jesus pede quer atingir a raiz e erradicar o "fermanto''. Já vimos como Jesus combatia a mentalidade antigo de competição e de prestígio - Mc 9,33-37 e a mentalidade fechada de quem se considera dono de tudo - Mc 9,38-40. Eis alguns outros casos desta ajuda fraterna de Jesus aos discípulos.
.: Mentalidade de grupo que se considera superior aos outros
Certa vez, os samaritanos não queriam dar hospedagem a Jesus. Reação dos discípulos: "Que um fogo do céu acabe com esse povo" (Lc 9,54). Achavam que, pelo fato de estarem com Jesus, todos deviam acolhê-los. Pensavam ter Deus do seu lado para defendê-los. Era a mentalidade antiga de "Povo eleito, Povo privilegiado!" Jesus os repreende: ''Vocês não sabem de que espírito estão sendo animados" (Lc 9,55).
.: Mentalidade de quem marginaliza o pequeno
Os discípulos afastavam as crianças. Era a mentalidade da cultura da época em que criança não contava e devia ser disciplinada pelos adultos. Jesus os repreende: ''Deixem vir a mim as crianças!" (Mc 10,14). Ele coloca a criança com professora de adulto: "Quem não receber o Reino como uma criança não pode entrar nele" (Lc 18,17).
.: Mentalidade de quem pensa conforme a opinião de todo mundo
Certo dia, vendo um cego, os discípulos perguntaram: ''Quem pecou, ele ou seus pais, para que nascesse cego?" (Jo 9,2). Como hoje, o poder da opinião pública era muito forte. Fazia todo o mundo pensar de acordo com a cultura dominante. Enquanto se pensa assim não é possível perceber todo o alcance da Boa Nova do Reino. Jesus os ajuda a ter uma visão mais crítica: ''Nem ele, nem os pais dele'' (Jo 9,3). A resposta de Jesus supõe uma leitura diferente da realidade.
Jesus, o Mestre, é o eixo, o centro e o modelo da formação. Pelas suas atitudes, ele é uma amostra do Reino, encarno o amor de Deus e o revela (Mc 6,31; Mt 10,30; Lc 15,11-32). Muitos pequenos gestos refletem este testemunho de vida com que Jesus marcava presença na vida dos discípulos e ds discípulas, preparando-os para a vida e a missão. Era a sua maneira de dar forma humana a experiência que ele mesmo tinha de Deus como Pai:
.: Envolve-os na missão - Mc 6,7; Lc 9,1-2; 10,1.
.: Na volta, faz revisão com eles - Lc 10,17-20.
.: Corrige-os quando erram e querem ser os primeiros - Mc 9,33-35; 10,14-15.
.: Aguarda o momento oportuno para corrigir - Lc 9,46-48; Mc 10,14-15.
.: Ajuda-os a discernir - Mc 9,28-29.
.: Interpela-os quando são  lentos - Mc 4,13; 8,14-21.
.: Prepara-os para o conflito - Jo 16,33; Mt 10,17-25.
.: Manda observar a realidade - Mc 8,27-29; Jo 4,35; Mt 16,1-3.
.: Reflete com eles sobre as questões do momento - Lc 13,1-5.
.: Confronta-os com as necessidades do povo - Jo 6,5.
.: Ensina que as necessidades do povo estão acima das prescrições rituais - Mt 12,7.12.
.: Tem momentos a sós para poder instrui-los - Mc 4,34; 7,17; 9,30-31; 10,10; 13,3.
.: Sabe escutar, mesmo quando o diálogo é difícil - Jo 4,7-42.
.: Ajuda-os a aceitar a si mesmos - Lc 22,32.
.: É exigente e pede para deixar tudo por amor a ele - Mc 10,17-31.
.: É severo com a hipocrisia - Lc 11,37-53.
.: Faz mais perguntas que dá respostas - Mc 8,17-21.
.: É firme e não se deixa desviar do caminho - Mc 8,33; Lc 9,54.
.: Prepara-os para o conflito e a perseguição - Mt 10,16-25.
Este é um retrato de Jesus como formador. A formação do "seguimento de Jesus" não era, em primeiro lugar, a transmissão de verdades a serem decoradas, mas sim a comunicação da nova experiência de Deus e da vida que irradiava de Jesus para os discípulos e discípulas. A própria comunidade que se formava ao redor de Jesus era  a expressão desta nova experiência. A formação levava as pessoas a terem outros olhos, outras atitudes. Fazia nascer nelas uma nova consciência a respeito da missão e a respeito de si mesmas. Fazia com que fossem colocando os pés do lado dos excluídos. Produzia, aos poucos, a "conversão" como consequência da aceitação da Boa Nova (Mc 1,15).

quarta-feira, 12 de setembro de 2012


Um exemplo a ser seguido

Faleceu dom José Rodrigues, bispo católico dos excluídos
por A informação é do Boletim da CNBB e do sítio Combate ao Racismo Ambiental
Dom José Rodrigues de Souza, bispo católico emérito de Juazeiro, Bahia, faleceu esta madrugada, 09-09-2012, em Goiânia, Goiás, depois de mais de um mês na UTI, em coma induzido, vítima de pneumonia contraída durante tratamento cirúrgico para retirada de água do crânio (hidrocefalia).
Dom José Rodrigues de Sousa era natural de Paraíba do Sul (RJ), mas viveu a infância e adolescência em Aparecida (SP). Ingressou no Seminário dos Redentoristas em 1938. Na Congregação Redentorista, atuou como formador, nas Santas Missões Populares e como e superior vice-provincial em Goiás. Foi nomeado bispo de Juazeiro (BA) em 1974.
Durante seu episcopado, acompanhou a Comissão Pastoral da Terra e a Pastoral da Juventude do Meio Popular no Regional Nordeste 3 da CNBB. Foi ainda presidente nacional do Conselho Pastoral dos Pescadores. Desde sua renúncia, em 2003, dom José vivia no Convento Redentorista de Trindade (GO).
Ainda em tempos de ditadura, dom José marcou a vida do povo sanfranciscano pela atitude firme e destemida, em defesa dos direitos da população pobre das caatingas, beira do rio e periferias urbanas. As pobres "vítimas do desenvolvimento" (barragem de Sobradinho, projetos de irrigação etc) eram os seus preferidos, como Jesus.

Foi chamado "pequeno grande homem" - e o era! -, mas era mais mesmo o "bispo dos excluídos"!


Como seguir Jesus (Mc 8,27-35) - Mesters e Lopes
por CEBI Publicações

COMO SEGUIR JESUS
MARCOS 8,27-35

Texto extraido do livro ''CAMINHANDO COM JESUS'' - Círculos Bíblicos do Evangelho de Marcos - Coleção A Palavra na Vida 184/185. CEBI Publicações. Mais informações emvendas@cebi.org.br

ABRIR OS OLHOS PARA VER
O texto de hoje descreve a cegueira de Pedro que não entende a proposta de Jesus quando este fala do sofrimento e da cruz. Pedro aceita Jesus como messias, mas não como messias sofredor. Ele está influenciado pela propaganda do governo da época que só falava do messias como rei glorioso. Pedro parecia cego. Não enxergava nada e ainda queria que Jesus fosse como ele, Pedro, o queria. Vamos conversar sobre isto!

SITUANDO
No início deste quarto bloco estão a cura de um cego - Mc 8,22-26 -, o anúncio da cruz e a explicação do seu significado para a vida dos discípulos - Mc 8, 27 a 9,1. A cura do cego foi difícil. Jesus teve que realizá-la em duas etapas. Igualmente difícil foi a cura da cegueira dos discípulos. Jesus teve que fazer uma longa explicação a respeito do significado da cruz para ajudá-los a enxergar, pois era a cruz que estava provocando neles a cegueira.
Nos anos 70, quando Marcos escreveu, a situação das comunidades não era fácil. Havia muito sofrimento, muitas cruzes. Seis anos antes, em 64, o imperador Nero tinha decretado a primeira grande perseguição, matando muitos cristãos. Em 70, na Palestina, Jerusalém estava sendo destruída pelos romanos. Nos outros países, estava começando uma tensão forte entre judeus convertidos e judeus não-convertidos. A dificuldade maior era a cruz de Jesus. Os judeus achavam que um crucificado não podia ser o messias tão esperado pelo povo, pois a lei afirmava que todo crucificado devia ser considerado como um maldito de Deus (Dt 21,22-23).

COMENTANDO
Marcos 8,27-30: VER - levantamento da realidade
Jesus perguntou: ''Quem diz o povo que eu sou?'' Eles responderam relatando as várias opiniões do povo: ''João Batista'', ''Elias ou um dos profetas''. Depois de ouvir as opiniões dos outros, Jesus perguntou: ''E vocês, quem dizem que eu sou?'' Pedro respondeu: Tu és o Cristo, o Messias''. Isto é, és aquele que o povo está esperando. Jesus concordou com Pedro, mas proibiu de falar sobre isso ao povo. Por que Jesus proibiu? É que naquele tempo, todos esperavam a vinda do messias, mas cada um do seu jeito: uns como rei, outros como sacerdote, doutor, guerreiro, juiz ou profeta. Ninguém parecia estar esperando o messias servidor, anunciado por Isaías (Is 42,1-9).
Marcos 8,31-33: JULGAR - esclarecendo a situação - primeiro anúncio da paixão
Jesus começa a ensinar que ele é o Messias Servidor e afirma que, como o Messias Servidor anunciado por Isaías, será preso e morto no exercício da sua missão de justiça. Pedro leva um susto, chama Jesus de lado para desconcertá-lo. E Jesus responde a Pedro: ''Vá embora, Satanás''. Você não pensa as coisas de Deus, mas as dos homens''. Pedro pensava ter dado a resposta certa. De fato, ele disse a palavra certa ''Tu és o Cristo''. Mas não lhe deu o sentido certo. Pedro não entendeu Jesus. Era como o cego de Betsaida. Trocava gente por árvore. A resposta de Jesus foi duríssima ''Vá embora, Satanás''. Satanás é uma palavra hebraica que significa acusador, aquele que afasta os outros do caminho de Deus. Jesus não permite que alguém o afaste da sua missão.
Marcos 8,34-47 - AGIR - condições para seguir
Jesus tira as conclusões que valem até hoje - Quem quiser vir após mim tome sua cruz e siga-me. Naquele tempo, a cruz era a pena de morte que o Império Romano impunha aos marginais. Tomar a cruz e carregá-la atrás de Jesus era o mesmo que aceitar ser marginalizado pelo sistema injusto que legitimava a injustiça. A cruz não é fatalismo, nem é exigência do Pai. A cruz é a consequência do compromisso livremente assumido por Jesus de revelar a Boa Nova de que Deus é Pai e que, portanto, todos e todas devem ser aceitos e tratados como irmãos e irmãs. Por causa deste anúncio revolucionário, ele foi perseguido e não teve medo de dar a sua vida. Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Setembro - Mês da Bíblia


Setembro celebramos com alegria o Mês da Bíblia. E nós catequistas temos o compromisso de alimentarmos da Palavra para evangelizar, quem não conhece não pode dar testemunho. Fica a sugestão:  aprofundamento bíblico para crescimento pessoal e da comunidade catequética.

domingo, 2 de setembro de 2012

Estamos no Juvenato para o curso do Evangelho de Marcos. Contamos com a presença do Padre José Luiz Gonzaga do Prado, que trabalhará conosco, juntamente com o Padre Olavo. Que Deus nos abençoe neste dia de hoje.

sábado, 1 de setembro de 2012


É do coraçao que saem as coisas boas

por Fonte: http://www.paulinas.org.br. Elaboração de Ir. Patrícia Silva, fsp

LEITURA ORANTE
Mc 7,1-8.14-15.21-23

Alguns fariseus e alguns mestres da Lei que tinham vindo de Jerusalém reuniram-se em volta de Jesus. Eles viram que alguns dos discípulos dele estavam comendo com mãos impuras, quer dizer, não tinham lavado as mãos como os fariseus mandavam o povo fazer - Os judeus, e especialmente os fariseus, seguem os ensinamentos que receberam dos antigos: eles só comem depois de lavar as mãos com bastante cuidado. E, antes de comer, lavam tudo o que vem do mercado. Seguem ainda muitos outros costumes, como a maneira certa de lavar copos, jarros, vasilhas de metal e camas).
Os fariseus e os mestres da Lei perguntaram a Jesus: - Por que é que os seus discípulos não obedecem aos ensinamentos dos antigos e comem sem lavar as mãos? Jesus respondeu: - Hipócritas! Como Isaías estava certo quando falou a respeito de vocês! Ele escreveu assim: 'Deus disse: Este povo com a sua boca diz que me respeita, mas na verdade o seu coração está longe de mim. A adoração deste povo é inútil, pois eles ensinam leis humanas como se fossem mandamentos de Deus'. E continuou: - Vocês abandonaram o mandamento de Deus e obedecem a ensinamentos humanos.
Jesus chamou outra vez a multidão e disse: - Escutem todos o que eu vou dizer e entendam! Tudo o que vem de fora e entra numa pessoa não faz com que ela fique impura, mas o que sai de dentro, isto é, do coração da pessoa, é que faz com que ela fique impura.  Porque é de dentro, do coração, que vêm os maus pensamentos, a imoralidade sexual, os roubos, os crimes de morte, os adultérios, a avareza, as maldades, as mentiras, as imoralidades, a inveja, a calúnia, o orgulho e o falar e agir sem pensar nas consequências. Tudo isso vem de dentro e faz com que as pessoas fiquem impuras.

LEITURA ORANTE
1) Leitura (Verdade) - O que diz o texto de hoje? Ler novamente, na Bíblia, o texto Mc 7,1-8.14-15.21-23, e observe pessoas, palavras, relações, lugares, atitudes, ações.
Em volta de Jesus estão os fariseus e os mestres da Lei. Os fariseus observavam estritamente a Lei e, ainda, ampliavam a aplicação das leis. Isto tornava muito difícil observá-las. Este rigorismo fazia com que se perdesse de vista o "espírito" das normas ou leis.
É o que diz Jesus no Evangelho, quando afirma: "com a sua boca diz que me respeita, mas na verdade o seu coração está longe de mim". Os doutores da Lei, também chamados rabis ou mestres, interpretavam a Lei e a aplicavam ao dia-a-dia.Jesus não havia freqüentado nenhuma escola rabínica, mas os discípulos o chamavam de Mestre.
No Evangelho ele se revela um verdadeiro Mestre. Não se deixa dominar pelo legalismo farisaico, por aqueles que se julgavam os mais entendido, sabedores de tudo, preocupados com o formalismo. Diz com firmeza que é de dentro do coração que saem as impurezas e maldade:" os maus pensamentos, a imoralidade sexual, os roubos, os crimes de morte, os adultérios, a avareza, as maldades, as mentiras, as imoralidades, a inveja, a calúnia, o orgulho e o falar e agir sem pensar nas conseqüências". Em outras palavras, Jesus diz que o importante é a conversão do coração.


2. Meditação (Caminho) - O que o texto diz para mim, hoje?
Jesus, no Evangelho de hoje, nos convida a não nos iludir, buscando pureza exterior e aparências de pessoas que tudo explicam e entendem, inferiorizando os irmãos e lhes impondo observâncias que nada significam em termos de conversão para Deus. A conversão é um dos aspectos do discípulo missionário, que acontece só após um encontro com Jesus Cristo. Como cultivo a minha observância religiosa: procuro ser fiel a Deus, vivo em contínua conversão, ou me preocupo com práticas rotineiras, sem muita transformação de vida?


3. Oração (Vida) - O que o texto me leva a dizer a Deus? Rezar, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo:

Vem, ó Espírito Santo, e dá-me um coração novo.
Dá-me um coração puro, treinado no amor,
um coração grande,
aberto à Palavra de vida,
"um coração grande e forte,
para a todos amar, a todos servir, com todos sofrer;
um coração feliz de palpitar com o coração de Deus."
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.


4. Contemplação (Vida e Missão) - Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
"Somos chamados a encarnar o Evangelho no coração do mundo". Como vou viver esta exigente missão? Meu novo olhar, em vista desta missão, é de grande humildade para perceber o que em mim deve mudar para que o Evangelho possa antes fazer parte da minha vida e depois , pelo meu testemunho ser proclamado ao mundo Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.


Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso. Amém.