quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Dos cadernos de Formação

1. Os Sacramentos de Iniciação Cristã: Batismo, Crisma e Eucaristia
O Batismo nos incorpora a Cristo, tornando-nos membros do povo de Deus; perdoando
todos os nossos pecados e nos fazendo passar, livres do poder das trevas, à condição de filhos
adotivos, transformando-nos em nova criatura pela água e pelo Espírito Santo.
Assinalados na crisma pela doação do mesmo Espírito, somos configurados ao Senhor e
cheios do Espírito Santo, a fim de levarmos o Corpo de Cristo quanto antes à plenitude.
Finalmente participando do sacrifício eucarístico, comemos da carne e bebemos o sangue do
Filho do homem, e assim recebemos a vida eterna e exprimimos a unidade do povo de Deus;
oferecendo-nos com Cristo, tomamos parte do seu sacrifício. Assim, pelos sacramentos da iniciação
cristã atingimos a plenitude da estatura de Cristo no exercício de sua missão no mundo e na Igreja
(Cf. RICA, n. 2).
SER EM CRISTO
BATISMO – SACRAMENTO DA FÉ-CONVERSÃO
O batismo, palavra de origem grega, cujo significado é imersão, é um mergulho no mistério
pascal de Jesus Cristo, que passou fazendo o bem e curando todo tipo de enfermidade, porque Deus
estava com ele (At 10,38).
Assim como o mergulho é um ato de entrega confiante, na certeza da profundidade da água,
o batismo é um ato decisivo.
Aliás, a água é a criatura mais atraente e confiável, quando se deixa tocar, e perigosa,
quando se torna implacável, destruidora. É o elemento mais significativo para simbolizar uma
transformação que só pode ser entendida como mistério, pois a água em si mesma é um mistério.
Nem sempre nos damos conta do fenômeno místico do batismo porque nem sempre nos
deixamos tocar pelo mistério da água.
“Mas já observamos alguma vez, parada e silenciosa nos remansos profundos, e deixamos a nossa
alma submergir nela? Não percebemos nesses momentos como é misteriosa a profundidade? Não
nos pareceu que havia ali em baixo um mundo de maravilhas atraentes ou estremecedoras? Ou já
escutamos alguma vez a sua voz, quando ferve na torrente, e continuamente flui e murmura? Ou
quando se emaranha, brame e nos captura nos seus redemoinhos? Dela pode elevar-se um
magnetismo tão poderoso que o coração dificilmente conseguirá arrancar-se ao espetáculo”.
(Romano Guardini, Sinais Sagrados).