Muitas vezes
usamos indistintamente, como sinônimos, as palavras "discípulo" e
"aluno". Mas na verdade, discípulo sugere algo mais do que simplesmente
uma pessoa que "aprende". O discípulo se encanta com o Mestre, quer
segui-lo na originalidade de sua própria vida, acolhe na mente e no coração um novo
jeito de tomar decisões, de compreender a realidade, de orientar suas forças
criativas. Discípulos do mesmo Mestre podem - e de certa forma até devem ser diferentes
em seus talentos, em seu modo de vivenciar o ideal abraçado. Mas guardam a
mesma inspiração forte daquele que os atraiu com seu exemplo, e se tornam
equipe em comunhão, unidos na diversidade de modos complementares de viver o
mesmo projeto.
CATEQUESE SETOR ALFENAS: Somos catequistas, coordenadores da Catequese do Setor Alfenas da Diocese de Guaxupé, Minas Gerais. A nossa equipe é formada por: Rosa, Luiz Sérgio, Isolde, Claire, Vanderlei, Ana Cristina, Márcia. Catequista saudoso Alexandre e membro honorável Irmão Augusto. Lutamos pela evangelização e a instauração de um Reino de paz, amor e justiça. Somos seguidores de Jesus.
sábado, 31 de maio de 2014
"A alegria do discípulo é
antídoto frente a um mundo atemorizado pelo futuro e oprimido pela violência e
pelo ódio. A alegria do discípulo não é um sentimento de bem estar egoísta, mas
uma certeza que brota da fé, que serena o coração e capacita para anunciar a
boa nova do amor de Deus. Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer
pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas,
e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria."(DAp,
n. 29).
O que faz alguém buscar a Igreja,
mesmo sem ter recebido uma real iniciação cristã? Os motivos podem ser bem
variados: saudade do Deus da sua infância, busca de significado para a vida, impacto
provocado por alguma situação difícil, admiração diante de um testemunho autêntico,
necessidade de cura ou consolo, desejo de regularizar alguma situação de
vida (como no caso de desejar um casamento cristão), adultos que sentem que precisam
de algo mais para orientar os filhos... Nem sempre estão buscando (ou até nem
imaginam que exista) um processo mais completo de iniciação. "Na maioria
das vezes, estão à procura de esmolas na fé, fingindo satisfação com as
respostas superficiais que são dadas às suas vitais indagações e
necessidades". Muitos buscam os sacramentos para si e/ou para seus filhos,
sem motivações tão claras; frequentam a missa ou outras práticas de devoção
tendo em vista alcançar graças, milagres, favores... Buscam a água que não mata
a sede, pois ainda não conhecem a Água Viva. (Estudos da CNBB 97)
Não se começa
a ser Cristão por uma decisão ética ou uma grande idéia, mas pelo encontro com
um acontecimento, com uma pessoa, que dá novo horizonte à vida e, com isso,
gera uma adesão ao projeto. Tudo começa com uma busca que gera um encontro e
depois uma conversão. Com Jesus se faz presente o Reino de Deus, o Mistério
revelado entre nós. Ser Cristão é participar desse Mistério e se comprometer
com ele que é um segredo que se manifesta somente aos iniciados.
Iniciação provém
do latim “in-ire”, ou seja, ir bem para dentro. É um tempo de aproximação e
imersão em um novo jeito de ser; sinaliza uma mudança de vida, de
comportamento, e de inserção na vida cristã. Existem muitos batizados, mas
muitos não estão iniciados. O batismo nos faz filhos do Pai, a Eucaristia nos
alimenta com o Corpo de Cristo e a confirmação nos unge com a unção do Espírito
Santo. Esta obra de amor de Deus se realiza na Igreja e pela mediação da
Igreja. É ela que anuncia a boa nova, acolhe e acompanha. A vida dos primeiro discípulos mudou a partir
do encontro com Jesus de Nazaré e seu mistério.
Jesus formou
discípulos, devagar. Houve um primeiro chamado, um aprendizado e um convívio.
Houve etapas na missão, envio, aprofundamento. Mas mesmo assim não estavam totalmente
prontos para a tarefa de ser Igreja até que viveram a experiência do mistério pascal.
Alguns textos do evangelho já nos dão, de forma sintética, um caminho. Podemos
refletir assim sobre o processo do chamado:
a) tudo começa com uma busca (cf.
Jo 1,38): "Que procurais?"
pergunta Jesus;
b) isso gera um encontro (cf. Jo
1,38-39): "Onde moras?" dizem eles. No fundo estão perguntando:
"Como te conheceremos melhor?" Jesus responde: "Vinde e vede!";
c) e produz conversão: eles vão,
vêem... e decidem seguílo.
d) assim o processo vai
produzindo comunhão:permaneceram com ele (cf. Jo 1,39),
acompanham seu poder de expulsar
o mal e curar (cf. Mt 10, 1)
e) que leva à missão: cada
discípulo atrai outros (cf. Jo l,40-41.45), para anunciar juntos a boa nova
(cf. Mc 3,14 e cf. Jo 17,20-23) e depois fazer discípulos em todos os poros
(cf. Mt 28,19);
f) a missão leva à transformação
da sociedade: já nos Atos dos Apóstolos e nas comunidades vislumbradas nas
cartas do Novo Testamento, vemos propostas de
novos tipos de relacionamento, em
que a solidariedade, a comunhão e a fraternidade constroem um novo jeito de
viver. Afinal, Jesus veio para transformar, trazer mais Vida para todos. A
consequência social do seguimento do Evangelho deve se tornar visível para que
a missão seja coerente.
O ser humano
vive a procura de respostas sobre a vida e, no fundo, sobre si mesmo. E estas
perguntas continuam no coração da humanidade: de onde vim? Quem sou eu? Para
onde vou?...
João Paulo II
nos diz que “a fé e a razão constituem como as duas asas pelas quais o espírito
humano se eleva para a contemplação da verdade”. Fé e razão devem caminhar
juntas. O adulto cheio de perguntas quer descobrir sentido na vida, nos seus
relacionamentos no mistério de Deus. Quem chega à idade adulta com essas
indagações precisa de mais do que uma síntese doutrinal. O adulto cheio de
perguntas quer descobrir sentido da vida cristã. Isso não se faz num “cursinho”
rápido e nem mesmo numa catequese isolada de outros aspectos da vida eclesial. Catequese
é para toda a vida, devemos combater o rótulo de que “Catequese é coisa de
criança”.
Como levar as
pessoas a um contato vivo e pessoal com Jesus Cristo? Como faze-los mergulhar
nas riquezas do Evangelho? Vivemos o batismo a cada dia? Tem gente que tem medo
de viver o batismo. Como realizar uma iniciação em que haja perseverança? Como
formar verdadeiros discípulos e missionários de Jesus Cristo? A procura de deus
está em todos nós. Muitos são os que andam inquietos pelo mundo, descontentes
com propostas que ainda não conquistaram sua mente e seu coração.
Em 1974, a
CNBB publicou o primeiro documento voltado para a Iniciação cristã: Pastoral da
Eucaristia e Pastoral dos Sacramentos da Iniciação cristã. Estes orientados
para os Sacramentos da Iniciação cristã. A preocupação há 35 anos estava
voltada para os sacramentos ou à Pastoral dos Sacramentos. Hoje, ao retornar,
sobre a mesma Iniciação cristã, estamos nos dedicando a um dos temas mais
desafiadores de nossa ação evangelizadora.
Estamos no Juvenato para mais um Encontro de Formação do Setor Alfenas.
Tema: Iniciação Cristã
Palestrante: Padre Robervan de Serrania-MG
Tema: Iniciação Cristã
Palestrante: Padre Robervan de Serrania-MG
Iniciação Cristã
A oração
inicial feita na reflexão dos Atos dos apóstolos 8, 26-40. Felipe e o eunuco
Palavras que
iluminam o texto Bíblico: Encontro, Anúncio, Catequese e Batismo. O ponto
central foi a Palavra de Deus, da incompreensão à conversão. Que água nossa
catequese está dando aos nossos catequizandos? O Batismo não é ponto de
chegada, mas de partida.
O Catecumenato antigo deve servir de inspiração para a
Iniciação à vida cristã. O primeiro nome do catecumenato foi “caminho”.
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