sexta-feira, 20 de junho de 2014

Conversa de catequistas

            Celebramos hoje o Corpus Christie, ou seja, o corpo do Cristo. O evangelho de João na liturgia de hoje mostra Jesus dizendo: “57Como o Pai, que vive, me enviou,
e eu vivo por causa do Pai, assim o que me come viverá por causa de mim”. Esta aí o grande norte do catequista, viver por causa de Jesus, tentando em sua vida viver os ideais e os sonhos dele. Comungar o Cristo, comer a sua carne, é levar ao mundo uma palavra de esperança, “é tornar-se um perigo” a tudo que vai contrário ao projeto do Reino de Deus. Comungar é sair de si e ir ao encontro do outro, é despir-se de si em favor dos pequenos, e foi o que mais o Mestre de Nazaré fez. Comer a carne para que permaneça o sonho Dele. No livro Tempus Fugit, Rubem Alves, descreve o costume de certa tribo indígena que tem um costume antigo de alimentar-se da carne de uma pessoa que morre de sua comunidade para que seus valores e ideais permaneçam no meio deles. Esse antropofagismo, Rubem Alves traz para o banquete eucarístico, comemos a carne do Cristo para que permaneçam em nós os sonhos do jovem galileu. Ah, se a cada comunhão realmente pensarmos assim, o mundo com certeza mudaria ao nosso redor. Nós catequistas, e aqui destaco principalmente os catequistas que se encontram com as crianças, temos que fazer que a catequese revele a cada catequizando, que ele está sendo chamado a comer a carne do Mestre para ser nesse mundo um sinal de amor, compromisso e presença para quem precisar.

            “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.”. Que o Cristo sempre permaneça entre nós. 
Luiz Sergio Palhão