sexta-feira, 6 de maio de 2016

Do site do Padre Zezinho:

SE JESUS ME APARECESSE


Se Jesus voltasse do céu antes da parusia e me aparecesse em caráter particular eu acho que teria mais medo do que os três apóstolos que, mesmo convivendo com ele, esconderam o rosto diante do seu brilho. ( Mt 17,2 )
Ele sabe das minhas incertezas e do quanto não me sinto digno disso. Por isso, como aos discípulos de Emaús, (Lc 24,13) que, certamente, eram melhores do que eu e, como a Tomé ( Jo 20,27 ), que o amava mais do que eu o amo, ele teria que me provar ser ele e não uma ilusão minha. Eu apostaria na ilusão da minha parte, porque milhares se iludiram. Duvidaria, como os discípulos duvidaram do que viam.
Mas se, de fato, Jesus me quisesse dizer alguma coisa e me aparecesse eu pediria licença para consultar meus superiores. Oriento-me melhor pela sabedoria deles. Já vi o que acontece com videntes que não se deixam orientar por ninguém e com iluminados que consultam os outros, mas depois fazem exatamente o que querem.
Se Jesus me aparecesse, talvez eu lhe pedisse um tempo para pensar. Mas imagino que ele saberia explicar porque fez isso com um pecador! Os que dizem que Jesus lhes apareceu têm uma enorme responsabilidade pela frente. Imagino que saibam o que estão dizendo! Se for verdade, Deus seja louvado por mais este vidente! Se não for, Deus o perdoe por usar Jesus e seu santo nome!
Como Jesus nunca me apareceu até agora, nem nunca falou comigo eu vivo da catequese, da teologia e da ascese que aprendi. Aceito as conclusões da Igreja na qual fui batizado, dos teólogos e estudiosos da fé que certamente sabem mais do que eu. Sou um dos 99,99% de cristãos que nunca viram nem receberam visita ou aviso de ninguém do céu. Vivo de crer sem ver! Sobre isto Jesus afirma que é um bom caminho!(Jo 20,29)

quinta-feira, 5 de maio de 2016


 Em sua missão, o catequista deve ter presente que a formação da fé é um processo longo, que não se constrói de imediato, mas que se faz lentamente, com flexibilidade e com diálogo franco. O catequista deve considerar os “6 C”; compromisso, cooperação, concentração, crescimento, criatividade e carinho.
► O fazer catequético precisa ressoar como algo interessante, que dá esperança no caminhar e transforma a vida da pessoa, mesmo que tenha de enfrentar o sofrimento e a morte.
► O amor vem em primeiro lugar. O catequista não pede amor, deve oferecê-lo, para motivar seus catequizandos a viverem assim.Dom Bosco dizia assim em  relação a seu amor pelos jovens: “Eu por vocês estudo, por vocês trabalho, por vocês vivo, por vocês estou disposto, também a dar a vida”.
► A missão do catequista, que constrói a base para uma educação permanente da fé, deve levar em conta a integralidade da pessoa, que inclua, segundo Puebla, uma “formação para a vida política e a doutrina social da Igreja”.

► Ser catequista é uma conquista, exige de nós doação do melhor, por isso, ser catequista é lindo, mas exigente.  
A MISSÃO DO CATEQUISTA

► A catequese de nosso tempo vive momentos difíceis. Percebe-se que, em grande parte, o esforço não atinge o seu objetivo. As razões são muitas e difíceis de decifrar. Se de uma parte, percebemos que muitos catequistas continuam com uma catequese tradicional, de outra percebe-se uma grande quantidade deles com pouca experiência e pouca formação para dirigir um grupo de catequizandos.
► A missão do catequista percorre um árduo caminho, que é o do despertar o catequizando para que, consciente do seu trabalho no mundo e no contato com a criação, seja mais um cristão chamado a consagrar e santificar este mundo a partir de onde está.
► A missão do catequista depende da missão de toda a Igreja no mundo de hoje. Como catequistas, para qual modelo de Igreja queremos formar os adolescentes e jovens? Qual a catequese adequada para responder os desafios de uma sociedade em crise, para reativar uma vivência comunitária autentica?
► Muitos catequistas=catequese tradicional onde a CR ainda não chegou. A missão do catequista deve ser sempre renovada. O núcleo central da missão do catequista passa a ser a situação concreta, histórica, e o reconhecimento da presença de Deus nos acontecimentos do dia a dia.
►  Muitas vezes, perguntamos-nos em nossa catequese; por que os pais não participam? E logo nos vem à mente o saudosismo do passado, quando todos eram cristãos, a maioria ia a missa. O grande problema é que, diante disso, muitas vezes não reagimos, ou o máximo que fazemos é dar explicações, quem sabe para justificar nossa inabilidade. De outra parte, não conseguimos admitir que a catequese do passado é, em grande parte, a responsável por estes tímidos resultados que hoje vemos, pois os pais de hoje eram os catequizandos de ontem. As grandes massas de fiéis que no passado se diziam católicos, na verdade ou seguiam os pais e os avós ou achavam que se não o fossem, a sociedade os excluiria, e assim por diante.
►  O catequista deve ter sempre presente que a opção de fé é feita pessoalmente, ninguém pode fazer em lugar de outro; portanto, é uma opção livre. E é aí que reside a beleza da proposta de Jesus: sou livre para decidir se aceito ou não a sua proposta.Por isso, o catequista deve, cada vez mais, preocupar-se com o conteúdo da mensagem e a forma de transmiti-la, para que não seja algo particular, mas sim verdadeiro, com origem na Palavra de Deus. Fazer catequese não é “fazer de conta”; não se trata de embelezar números e estatísticas nem fazer festa, mas sim de adesão, opção, compromisso com Jesus e seu Reino.