sábado, 9 de fevereiro de 2019

Dos cadernos de Catequese

Os Dez mandamentos da família para a Catequese:

1. Não fecheis o coração! Não vos bastais a vós próprios na educação da fé, mesmo que sejais
os primeiros catequistas dos vossos filhos. Os catequistas são vossos colaboradores na
educação da fé, mas não substitutos.
2. Amai a Catequese! A Catequese não é um "ensino" avulso e desorganizado. É processo de
educação da fé, feita de modo ordenado e sistemático. É itinerário para amadurecer na vida
cristã e caminho para o discipulado. Velai pela assiduidade dos vossos filhos e pelo seu
acompanhamento, num estreito diálogo com os catequistas e com a comunidade de fé.
3. Não exijais dos vossos filhos o que não sois capazes de fazer. Não exijais dos vossos
filhos, o que não sois capazes de dar. Exigir do outro o que não se tem pra oferecer é negar a
si mesmo enquanto sujeito de fé.
4. Não queira transformar a catequese em curso para que vossos filhos "saibam muitas
coisas"! Mas alegrai-vos sempre, ao verificardes que eles saboreiam a alegria de serem
cristãos, e vão descobrindo, com outros cristãos, a pessoa de Jesus, o Amigo por excelência,
que convida a seguir os seus passos no anúncio/testemunho da sua Palavra.
5. Demonstrem amor e cuidado pela família! A primeira forma de catequese acontece sem
palavras e sermões, no respeito à dignidade de cada membro da família. O amor exige
cuidado, como diz o poeta: “Quem ama cuida”.
6. Vivei a comunhão na família e na Igreja! Não sois uma ilha nem uma ostra. Sem diálogo
não há espaço para a fé se desenvolver. Sem a sociedade não podereis progredir e sem a
Igreja não podereis iluminar o mundo.
7. Sede discípulos e não expectadores! Não espereis que a Catequese faça de vós e vossos
filhos bons alunos ou expectadores. Ao contrário, procurai que ela vos ajude a formar
discípulos de Jesus, que O seguem, em comunidade.
8. Saiba testemunhar a fé na participação da comunidade e no sacramento da Eucaristia.
Procurai pensar e viver de acordo com os valores do Evangelho. Sabeis bem que o
testemunho é a primeira forma de evangelização. Deste modo, os filhos aceitarão melhor a
proposta dos vossos ideais e valores.
9. Procurem aprofundar a fé e ter um gosto pelo conhecimentos das coisas de Deus!
Como diz o célebre ditado bíblico: “Um cego não pode guiar outro cego”. Quem não é
esclarecido na fé não pode orientar os outros a viver o compromisso cristão. Nem tem o
direito de manipular a fé segundo a sua ignorância. Também não cedais à tentação de achar
que se pode "mandar" os filhos à Catequese, para vos verdes livres deles ou para fugirdes
das vossas responsabilidades.
10. Orai e celebrai a vida em família! Rezar e celebrar com toda a família, de modo a que a
vossa fé seja vivida em comum na pequena Igreja que é a família, se exprima na grande
família que é a Igreja e transforme a diversificada família humana que integra a sociedade.

sábado, 2 de fevereiro de 2019


A Fábula das Borboletas
Texto de Nickos Kasantekais

Um dia, uma pequena abertura
apareceu em um casulo.
Um homem sentou e observou
a borboleta por várias horas...
Como ela se esforçava para fazer com
que seu corpo passasse através
daquele pequeno buraco.
Então, pareceu que ela havia
parado de fazer qualquer progresso.
Parecia que ela tinha ido o mais longe
que podia, e não conseguia ir mais.
O homem decidiu ajudar a borboleta:
Pegou uma tesoura e cortou
o restante do casulo.
A borboleta então saiu facilmente.
Mas seu corpo estava murcho,
era pequeno, e tinha as asas amassadas.
O homem continuou a observar
a borboleta porque ele esperava que,
a qualquer momento, as asas dela
se abrissem e esticassem para serem
capazes de suportar o corpo que iria
se afirmar com o tempo.
Mas.... Nada aconteceu!
Na verdade, a borboleta passou o resto
da sua vida rastejando com um
corpo murcho e asas encolhidas.
Ela nunca foi capaz de voar.
O que o homem,
em sua gentileza e vontade
de ajudar não compreendia,
era que o casulo apertado
era o esforço necessário à borboleta
para passar através
da pequena abertura...
Era o modo com que
Deus fazia
para que o fluido do
corpo da borboleta
fosse para as suas asas,
de modo que ela estivesse pronta
para voar, livre do casulo.
Algumas vezes, o esforço
é justamente
o que precisamos em nossas vidas.
Se Deus
nos permitisse passar
através de nossas vidas,
sem quaisquer obstáculos,
Ele nos deixaria aleijados.
Nós não iríamos ser tão fortes
como poderíamos ter sido.
Nós nunca poderíamos voar...
Do Livro "O Pobre de Deus".
Para debater em grupo:
1. Qual a lição que a parábola da borboleta nos deixa?
2. É justo acelerar o processo de crescimento dos nossos catequizandos sem respeitar o
seu processo de crescimento e amadurecimento da fé? Que atitudes o catequista
precisa ter?

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Uma historinha nos ajuda a refletir:
Uma catequista pediu aos catequizandos que elaborassem um texto sobre o que gostariam
que Deus fizesse por eles. Quando terminou o encontro de catequese, ela chegou em casa e
começou a ler as mensagens. Uma mensagem a deixou profundamente emocionada e intrigada. Seu
esposo ao chegar, viu-a a chorar e perguntou: O que é que aconteceu? Ela respondeu: Leia você
mesmo. O texto era uma oração e dizia assim: "Senhor, esta noite peço-te algo especial:
transforma-me numa televisão. Quero ocupar o lugar dela. Viver como vive a TV da minha casa.
Ter um lugar especial para mim, e reunir a minha família à volta... Ser levado a sério quando
falo... Quero ser o centro das atenções e ser escutado sem interrupções nem perguntas. Quero
receber o mesmo cuidado especial que a TV recebe quando não funciona. E ter a companhia do
meu pai quando ele chega a casa, mesmo quando está cansado. E que a minha mãe me procure
quando estiver sozinha e aborrecida, em vez de me ignorar... E ainda, que os meus irmãos fiquem
discutindo para estar comigo... Quero sentir que a minha família deixa tudo de lado, de vez em
quando, para passar alguns momentos comigo. E, por fim, faz com que eu possa diverti-los a todos.
Senhor, não te peço muito... Só quero viver o que vive qualquer televisão".
Naquele momento, o marido de Ana Maria disse: Meu Deus, pobrezinho deste menino! Que
pais ele tem? E ela olhou-o e respondeu: Esta mensagem que o nosso filho escreveu.
Vamos conversar:
1. O que essa historinha tem a dizer para a catequese e a família? Qual a lição que tiramos?