sábado, 25 de abril de 2020

A mistagogia na ação evangelizadora da catequese – Neuza Silveira de Souza (Catequista)

É na vida em comunidade, realizando a prática dos costumes evangélicos que se vive a conversão à fé cristã

A mistagogia deve estar sempre ligada à revelação e percorrer o caminho da Igreja na prática e na experiência, permitindo ao fiel aproximar cada vez mais do mistério divino, um encontro definitivo de toda a criação em Deus. O teólogo K. Hahner, em sintonia com a experiência da Igreja primitiva, nos afirma que a mistagogia deve estar presente em todo o processo de evangelização. É ela que orienta para que a evangelização não se detenha apenas na doutrinação, no ensino que parece vir de fora, daquele que fala e os outros só escutam. É necessário criar relações entre o pregador e o ouvinte, possibilitar diálogos.
Por meio da mistagogia, tem-se a compreensão da ação evangelizadora, pois é ela que permite vislumbrar o mistério da fé, através de experiências pessoais vividas na comunidade, partilhas realizadas, meditação da Palavra, oração e diálogo com Deus.
A vivência na comunidade
A convivência com membros e grupos da comunidade é fator predominante para a vida do iniciado que quer continuar fazendo a experiência mistagógica. É na vida de comunidade, realizando a prática dos costumes evangélicos que se vive a conversão à fé cristã, pratica a educação à oração, (lembrando sempre que a boca fala daquilo que o coração está cheio, conforme Mt 13,34), faz experiências penitenciais, torna a caridade atuante para com o próximo, e assim, dá testemunho cristão. Tudo isso acontece quando o catequista, ao realizar sua ação catequética, não se esquece de que o centro da experiência é: Jesus cristo, o filho de Deus que se encarnou e deu a sua vida por nós.
Falar de mistagogia é falar da vida da comunidade eclesial, em sua dimensão espiritual, litúrgica, pastoral, contemplativa e escatológica. Assim, o catequista, ao trabalhar a Iniciação junto aos seus catequizandos ou catecúmenos, não está apenas ajudando-os a adquirir um conhecimento, mas mergulhar numa vivência especial, que faz a pessoa passar a ser (não apenas saber) algo que atinge todos os aspectos de sua vida. É preciso que o conhecimento que adquire se transforme em experiência de fé que leve a um agir coerente. Sem uma ação bem fundamentada nos critérios do agir do Cristo, a fé se torna estéril.
A busca constante de tornar a fé mais coerente com a vida no dia a dia, e nas diferentes dimensões, nos remetem também à liturgia. Faz-se necessário que os gestos litúrgicos conduzem para um compromisso de caridade e para uma contínua conversão. A liturgia pode oferecer muito mais do que pedimos a ela. Nós encontramos mais do que procuramos. Hoje o ser humano não pode ser mais o destinatário passivo de nossas liturgias, mas a matéria com que elas são feitas. Uma liturgia em saída, para uma igreja em saída. Uma liturgia que leva o ser humano à continuação do Evangelho.
Na ação catequética com inspiração catecumenal, buscando orientações no RICA, Ritual de Iniciação Cristã de Adultos, nele encontramos no n. 48 uma função importante de atuação litúrgica dos catequistas como parte ativa nos ritos, para o progresso dos catecúmenos e ou catequizandos e o desenvolvimento da comunidade.
Segundo o RICA os catequistas tem forte atuação litúrgica no caminho catecumenal:
• Segundo os n. 106-108, os catequistas podem presidir as celebrações da Palavra de Deus.
• Quando estes são presididos pelos ministros ordenados, os catequistas terão sempre que possível parte ativa nos ritos (RICA 48).
• Fazem orações, pedindo pelos catecúmenos e ou catequizandos e invocam as bênçãos de Deus sobre eles. Conforme ainda este ritual, com aprovação do Bispo, realizam os exorcismos (RICA 44 e 109).
Embora a dimensão litúrgica tenha muito importância, não se pode esquecer que o catequista deve dar testemunho de todas as dimensões da vida pessoal e eclesial.
Fonte: Página da arquidiocese de Belo Horizonte.

quinta-feira, 9 de abril de 2020

Poetizando


Papa do Amor
Papa reza numa praça vazia. "Estamos todos no mesmo barco, ninguém ...
Um homem de branco vai só
Caminha lento e manquitolando
Chuva caindo na praça me dá dó
O mundo aquela cena assistindo.

Francisco ora e com amor implora
Fiquem firmes, pois tudo vai passar
Jesus está na proa, vamos mar afora
Ele está aqui, nossa lágrima a enxugar.

Igual ao pobre de Assis, que anos antes
Em São Damião o crucifixo contemplou
Nosso Francisco olhou vários instantes
A cruz, o crucificado e por todos rezou.

Naquela noite fria teu coração aquecia
Todos que precisavam para alma o calor
Não estavas sozinho, pois naquele dia
Estava o mundo e Jesus, Nosso Senhor.

Papa do amor, és modelo para nós
Ensina-nos ter fé, amor e esperança
Nesse tempo difícil não nos deixa sós,
Aponta Jesus, com Ele volta confiança.
Luiz Sergio Palhão

terça-feira, 17 de março de 2020

Conversa de catequistas


Catequista, semeador do Reino

            A contemporaneidade trouxe muitos benefícios à vida das pessoas, e junto vieram vários desafios. A catequese movida por este avanço também teve muito ganho, mas obstáculos também apareceram. Ao olharmos para trás, notaremos que a catequese evoluiu, já não se transmite a mensagem como antigamente, passamos da era da doutrinação à era do aprender/fazer, ou seja, uma catequese que constrói e vive um itinerário baseado nos passos do Mestre Jesus, tentando apreender todos os sonhos e ideais do Homem de Nazaré, fazendo acontecer e vivendo o Reino de Deus.
            Hoje, mais do que nunca, o catequista é o sujeito dessa mudança, não como um transmissor de doutrinas e conteúdo, mas como um orientador da caminhada, um irmão que caminha junto. Para acontecer essa Catequese de qualidade, precisamos de catequistas com qualidade. O Diretório Nacional de Catequese destaca o perfil do catequista: pessoa que ama viver e se sente realizado (como amar se não me amo?); ter maturidade humana e equilíbrio; pessoa de espiritualidade; pessoa de integração ao seu tempo e sua comunidade; conhecimento da realidade e busca constante de formação.        Além dessas qualidades, o catequista deve promover a cultura do encontro (pedido do Papa Francisco), sair de si e escutar os outros, precisamos escutar mais os nossos catequizandos do que falar. Somos catequistas para ouvir mais do que falar, escutar as conquistas, alegrias, as decepções e sofrimentos de nossos catequizandos, pois assim teremos condições de dar qualidade à nossa catequese.
Não podemos ir para a catequese sem se preparar, as novas tecnologias estão aí e precisamos usá-las para evangelizar. O exemplo mais forte sobre a tecnologia ouvi de uma catequista, preparou um encontro sobre a terra de Jesus, levou cópias xerográficas do mapa de onde Jesus viveu. Um menino jogou o mapa no lixo, a catequista o interpelou o porquê daquele gesto, ele tirou o celular e em poucos segundos acessou um mapa colorido e animado, e disse: “assim é mais bonito”.
Há que se preparar melhor para entendermos o que nos cerca. Vivemos desafios: famílias desestruturadas, transformações sociais, intolerância, nova cultura, inversão de valores, falta de compromisso e outros. O grande desafio da catequese é transmitir a fé de forma significativa; que não seja um simples decorar normas ou repetir esquemas, mas seja um acolher a Palavra de Deus e vivê-la de forma significativa para dar sentido à sua vida (um dos motes das Santas Missões Populares). A formação tem papel primordial para que nossa missão seja mais eficiente, não é possível admitir que haja catequistas que não participam do grupo de catequistas de suas paróquias, é triste. O catequista não sabe tudo e não está formado, a formação é permanente, ou seja, para toda a vida. O grupo de catequistas é o “melhor audiovisual da catequese” (Frei Bernardo Cansi), onde o catequista faz experiência de amor, aprendizado e de comunidade. O catequista que diz que não vai ao encontro de formação sobre Cristologia, porque já sabe tudo sobre Jesus, já prova que não sabe nada. Essa desculpa que sabe tudo mostra o nível de comprometimento com a catequese e com a comunidade.
Que nossas comunidades estejam repletas de catequistas que topem o desafio de ser sal e luz, iluminados e iluminadores, semeadores do Reino de Deus.
Catequista, “Não pare de plantar suas sementes, porque você não sabe qual delas vai crescer, talvez todas cresçam” (Ecl 11,6).
                                    Paz inquieta!
            Luiz Sergio Palhão
            Catequista e coordenador de catequese
            Paróquia N. Sra. Do Carmo – Paraguaçu-MG

Desafios para a catequese em novos tempos.


DESAFIOS PARA A CATEQUESE NO MUNDO ATUAL 
Se realmente queremos transmitir a Boa Nova de Jesus Cristo, seduzir os corações das pessoas para Ele, buscando uma sociedade que viva o Seu discipulado, é hora de pensarmos em fazer a travessia de uma catequese de pouca eficácia para uma catequese de qualidade para os dias de hoje. Para isso, o grande desafio que se apresenta é o preparo do evangelizador, e no caso específico da catequese, o catequista.
É com este olhar que desenvolveremos as proposições que se seguem, mas, que não podem ser tomadas como únicas para a construção da catequese que pensamos e desejamos. Há outras.  Para efeito de uma melhor leitura e dado ao espaço aqui oferecido, desdobraremos as reflexões em partes.  

A AUTOCONSCIÊNCIA ACERCA DA SUA IMPORTÂNCIA COMO EDUCADOR DA FÉ

Sabemos da importância que têm o catequista na vida do catequizando. E essa importância advém exatamente da sua dedicação e competência no exercício de sua função educativa. No seu cotidiano, o educador da fé deve buscar ultrapassar ou transcender a dimensão do ensino de conteúdos conceituais, procedimentos ou atitudes, preparando assim o catequizando para a vida, partindo do pressuposto que educação e vida se fundem em uma só ação.
Ao tratarmos da questão da autoconsciência do catequista acerca da sua importância como educador da fé, pensamos no alcance de seu trabalho. Entendemos que quando o catequizando tem, em sua formação, um catequista consciente de seu papel de mediador no encontro pessoal com a pessoa de Jesus Cristo, certamente terá uma educação que o conduzirá para a efetivação de um autêntico cristão católico. No entanto, a aquisição da autoconsciência é um processo longo e complexo, mas, sabemos que ela é essencial no ato educacional.

SER AUTOR DE SEU PRÓPRIO CRESCIMENTO NA FÉ

Estamos numa época não esclarecida, mas, de esclarecimentos. Momento propício para gestar gradativamente o conhecimento para conduzir o homem ao seu entendimento. Podemos perceber que essa questão nos aponta para uma discussão de como fomentar uma educação da fé que seja realmente capaz de conduzir a pessoa a não só conhecer mas, tornar-se intima de Jesus Cristo.
“Dar razões da sua fé”, é ajudar o catequista a sair de sua “menoridade”, ou seja, tornar-se maduro no conhecimento e na fé.  O desânimo, o desinteresse, acreditar que já sabe muito são as causas pelas quais a grande maioria, não só dos catequistas mas dos seres humanos em geral, preferem permanecer na menoridade, uma vez que é mais cômodo.
Assim, podemos deduzir a necessidade e a importância da formação dos catequistas para motivá-los a saírem do seu comodismo, de sua menoridade, de querer saber mais, de avançar no conhecimento tornando progressivamente menores os obstáculos ao esclarecimento. Também é necessário proporcionar experiências de fé que o torne apto a fazer uso público de sua razão e expor publicamente suas convicções de fé – ser um autêntico discípulo missionários de Jesus. Procedendo assim, fará com que o catequizando também se expanda sempre mais enquanto discípulo.
Todas estas situações devem ser postas com clareza no complexo pedagógico uma vez assumidas como opção de educação na fé, aqui entendida como uma educação para a reflexão, para a autodeterminação, para o testemunho. Enfim, uma educação para o discipulado. Sabemos que é um processo que acontecerá gradualmente.

A MUDANÇA PARA UMA NOVA MENTALIDADE

Hoje, na nossa sociedade globalizada, desmaterializada e desterritorializada, na qual as notícias acontecem em tempo real, é mais que necessária e compreensível esta discussão.  É o educador da fé, bem formado e consciente no mundo do diálogo entre homem e mídia, no dia a dia do processo de formação do novo cristão, que provoca o homem para a inserção no seu meio, nos problemas de seu tempo, que o mobiliza a passar da crítica ingênua a um estado crítico-reflexivo. Para essa mudança constitui-se o terceiro desafio -  a mudança para a construção de uma nova mentalidade – o que hoje nos pede insistentemente a Catequese de Iniciação à Vida Cristã.
Diante deste desafio, ou seja, o de educar para a atual ordem da vida eclesial, precisamos de catequistas esclarecidos. O que um catequista bem formado e consciente deve visualizar é proporcionar uma educação de fé que não se reduza ao imediato (catequese sacramental) ou somente ao local (na minha paroquia...), mas sim uma educação que fomente a construção no devido tempo da infância à terceira idade, que dê sentido ao desenvolvimento da vida.

UM OLHAR SEM FRONTEIRAS

Cada dia a vida muda, a ciência progride, as gerações evoluem; com a catequese não é diferente. Desejamos que o seu crescimento seja constante, isto é, que construa diuturnamente uma imagem de espiral em busca de novos horizontes. Reafirmamos aqui que os educadores da fé são protagonistas dessas mudanças e criações, não que dependa exclusivamente deles, mas, que a partir deles, seja possível uma catequese de qualidade.
Não há a necessidade do catequista explicador, mas daquele que motiva o outro a pensar. Com o advento da tecnologia, por exemplo, é possível, por meio do vídeo, da televisão, da internet, do cinema levar os catequizandos a ver e ouvir as grandes mensagens evangélicas e, juntamente com o catequista, descobrir, discutir e alargar sempre mais a compreensão do Reino de Deus.

A FIGURA DO EDUCADOR DA FÉ

Primeiramente, é preciso entender que a fé diz respeito à dimensão mais interna da pessoa e que a sua educação a partir deste movimento - interno e pessoal - pode promover, gerar e dar sentido à sua vida. Daí a seriedade de tal assunto.
Em razão desta afirmação, quando pensamos em explicitar as características do catequista capaz de elevar o catequizando à condição de discípulo de Jesus Cristo,  supomos a sua árdua tarefa na busca da excelência no exercício de sua atividade catequética. Mas, não só.  É o educador que, no exercício da sua vida pessoal, preza pela busca e estima de si e por si mesmo, das suas relações com os outros e com Deus.  Os catequizandos ao perceberem que o catequista preza pelo conhecimento  que propõe e pelo ser que é,  passam a desejar segui-lo.  Ser educador da fé, neste sentido, é uma opção de vida que implica na formação da vida do outro.
Que seja o sal da terra, capaz de ensinar, a despeito da complexidade e confusão modernas, a arte da vida pessoal inspirada em Jesus Cristo, em uma sociedade extremamente impessoal!
Regina Helena Mantovani - Coordenação da Animação Bíblico-Catequética / Regional Sul 2

domingo, 23 de fevereiro de 2020

Pãozinho do Céu: Campanha da Fraternidade 2020 - Atividades de cate...

Pãozinho do Céu: Campanha da Fraternidade 2020 - Atividades de cate...: Tema: "Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso" Lema: "Viu, sentiu compaixão e cuidou dele" (Lc 10, 33-34) Ativida...
do Blog Catequese com Crianças

Encontro de catequese: Campanha da fraternidade 2020.


Objetivo: Compreender a importância do amor ao próximo e que em Cristo, com Cristo somos todos irmãos.

Material: Caixa de som, fósforo ou isqueiro, fita crepe, folha A4, E.V.A, cola, tesoura, lápis de cor.

Ambiente: Altar com a imagem ou quadro da Santa Dulce dos pobres, um crucifixo, uma vela acesa, cartaz da campanha da fraternidade 2020. Colar ao fundo do altar figuras de olhos ou óculos, corações e mãos.

Local: Sala de catequese 

Desenvolvimento: 1º Momento – Acolher os catequizandos ao som do hino da Campanha da Fraternidade;


2º Momento – Momento orante: Fazer a oração da campanha da fraternidade 2020, o catequista fala e os catequizandos repetem. Depois leia para os catequizandos Mt 5, 38-48 e mostre para todos a importância do AMOR AO PRÓXIMO, até mesmo com os inimigos, pois hoje muitos julgam, mas amanhã quem julgou pode precisar daquele que foi julgado.

3º Momento – O catequista convida os catequizandos a olhar para o altar e pergunta:
a) Hoje iremos refletir sobre o tema e o lema da campanha da fraternidade 2020. No altar tem escrito o tema e o lema da campanha, quem gostaria de ler em voz alta para todos?
b) Atrás do altar tem alguns símbolos. Quais são?
c) Qual ligação os símbolos tem com o lema da campanha da fraternidade? Observação: Se os catequizandos tiverem dificuldade, informe-os que os olhos ou óculos representam a palavra VIU. Os corações representam as palavras SENTIU COMPAIXÃO. As mãos representam as palavras CUIDOU DELE.
d) O que é COMPAIXÃO?
e) Na sociedade quais problemas devemos perceber (VER), SENTIR COMPAIXÃO e CUIDAR para amenizar a situação? Como podemos CUIDAR?

4º Momento – Contar a história de Santa Dulce dos pobres e depois explicar porque ela é conhecida como a intercessora dos pobres e mais necessitados. Perguntar os catequizandos quais exemplos ela nos ensina. Em seguida, montar um porta retrato de EVA e colocar nele o desenho de Santa Dulce dos pobres que os próprios catequizandos vão colorir.

5º Momento – Perguntar os catequizandos quais famílias, instituições, pessoas, entre outros, que eles conhecem e carecem de doações. Juntos escolham uma (ou todas) e façam uma campanha de arrecadação de doações.

Ação:  Durante a semana pedir amigos, vizinhos, parentes, comerciantes, doações, para no próximo encontro ir à entidade escolhida fazer a entrega. Lembre-se que não é só chegar e entregar e sim apresentar o tema da campanha da fraternidade 2020, realizar um momento orante com a palavra de Deus e evangelizar. 

Momento final: Fazer juntos a oração de Santa Dulce dos Pobres.


                                                ANEXOS PARA O ENCONTRO                                                  
(Cartaz oficial CF 2020)


(Olhos para imprimir e colar no fundo do altar)

(Corações para imprimir e colar no fundo do altar)
(Mãos para imprimir e colar no fundo do altar)


A História de Santa Dulce dos Pobres

Irmã Dulce, uma santa nordestina
Quando se fala de santos, a tendência das pessoas é pensar naqueles que estão nos altares representados pelas imagens, ou que se encontram no céu, ou ainda num passado muito distante. De fato, inúmeros santos viveram há séculos ou há quase dois mil anos, porém, muitos outros viveram em nosso tempo. Antes de serem imagens sacras ou de chegarem ao céu, foram pessoas que viveram na terra em meio aos desafios e alegrias da vida cotidiana como nós. Assim aconteceu com a baiana Irmã Dulce, que foi beatificada em Salvador, sua terra natal, no dia 22 de maio.

Sua beatificação é relevante para todo o Brasil, porém, enaltece especialmente a Bahia e todo o nosso querido Nordeste. Sua figura e atuação vão muito além da Igreja Católica, sendo muito querida e admirada também por gente de outras denominações religiosas. Para a sua beatificação foi importante o reconhecimento de um milagre por intermédio de sua intercessão, a recuperação de uma mulher sergipana que havia sido desenganada por médicos após sofrer hemorragia durante o parto. Contudo, a sua beatificação é, acima de tudo, o reconhecimento de uma vida santa que serve de exemplo para todos nós.

Falecida em 1992, já com fama de santidade, Irmã Dulce, conhecida como o “Anjo bom da Bahia”, chamava-se Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes. Ao tornar-se religiosa na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, passou a ser chamada Irmã Dulce. Quando enferma, teve a graça de ser visitada pelo Papa São João Paulo II em 1991.

Ela nos deixou grandes lições de vida como a humildade, a caridade, o serviço, a solidariedade e a partilha, motivada pela fé em Cristo e animada por uma vida intensa de oração. Consagrou-se a Deus servindo aos que sofrem e testemunhando o valor da vida dos que não têm a própria dignidade e direitos reconhecidos. Dedicou-se, com admirável caridade, ao serviço dos pobres, dos desamparados e dos doentes, reconhecendo neles o rosto sofredor de Jesus Cristo. Confiando na Divina Providência e contando com a solidariedade das pessoas, fundou diversas obras sociais e estabelecimentos, dentre os quais se destaca o renomado Hospital Santo Antônio, em Salvador, em cuja capela encontra-se sepultada.

Louvamos a Deus pela nova beata declarada pela Igreja, Irmã Dulce, assim como, por tantas mulheres e homens que se dedicam generosamente ao serviço da caridade em nossas famílias, hospitais, casas de acolhida e comunidades. “Beato”, isto é, “feliz” quem vive o mandamento do amor que Jesus nos deixou, como fez Irmã Dulce.

Dom Sérgio da Rocha 

ATENÇÃO CATEQUISTA!



Do Blog Catequese com crianças
Campanha da Fraternidade 2020
Tema: Fraternidade e vida: dom e compromisso”
Lema: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10, 33-34)

(ATENÇÃO: Para a imagem ficar com uma qualidade melhor, clique em cima dela e depois clique em salvar como)







Atenção Blogueiros
Caso queiram divulgar no blog de vocês as atividades acima, não esqueçam de divulgar o link do BLOG CATEQUESE COM CRIANÇAS por favor.

CF 2020

Do site Catequese Hoje

Anabela Sequeira
1. Organizar formação para as catequistas sobre o tema da Campanha e combinar o que a catequese irá fazer. Pensar em ações transformadoras, mesmo que sejam pequenos gestos.
2. Utilizar o subsídio para Encontros Catequéticos com crianças e adolescentes e Jovens na CF para a Crisma, disponibilizados pela CNBB.
3. Incentivar a produção de peças de teatro sobre o tema. A solidariedade, o compromisso com a vida pode ser o foco da apresentação.
4. Músicas:
- O Sal da Terra; Sementes do amanhã;  Eu só peço a Deus
Outras Atividades com o tema da Campanha:
a) Construir um mural em mutirão sobre o tema;
b) Incentivar a produção de poemas, pinturas, maquetes, dança, paródias, músicas...
c) Pedir para pesquisar sobre o assunto  na Internet. Indicar sites interessantes que mostram a atuação da Igreja na transformação das realidades:
- ver sites da própria diocese e paróquias
- site da Cáritas brasileira: http://caritas.org.br/
d) Promover um debate sobre o tema da CF;
e) Identificar pastorais sociais da Igreja no Brasil e na comunidade (conhecer as atividades que realizam).
f) Ler o discurso do Papa Francisco aos jovens na abertura da vigília da JMJ 2013
g) Filmes: Elysium (um cidadão pobre da terra tem um plano de invadir a estação espacial luxuosa Elysium e trazer igualdade entre as pessoas da terra que também tem direito de vida digna)
- Tropa de Elite 2 – O inimigo é outro – (gestão e segurança pública, banalização da vida, os valores e contravalores vividos no mundo político são os principais temas abordados).
 h) Utilizar estórias infantis sobre o tema.
 i) Ler o Estatuto das crianças e adolescentes.

Conversa com catequistas.


CATEQUISTAS EM FORMAÇÃO: ENCONTROS DE CATEQUESE PARA A CAMPANHA DA FRATERNI...

CATEQUISTAS EM FORMAÇÃO: ENCONTROS DE CATEQUESE PARA A CAMPANHA DA FRATERNI...: Todos os anos, assim que começa a catequese, também começa a CAMPANHA DA FRATERNIDADE, normalmente lançada na Quarta-feira de Cinzas - es...