terça-feira, 25 de julho de 2023

Luzes e esperanças para a família do século XXI

 Nem tudo são só espinhos e sombras. Temos presente em nossa realidade familiar luzes que

nos dão muitas esperanças:

→Cresceu a consciência da liberdade pessoal e maior atenção à qualidade das relações

interpessoais no matrimônio.

→ A promoção da dignidade da mulher.

→ Maior atenção na educação dos filhos no exercício da paternidade e maternidade

responsável.

→ Maior união da família nas relações de ajuda, nos momentos de necessidade.

→ Descoberta da importância da família e sua missão na Igreja e na sociedade.

 

Tanto a família quanto a catequese tem uma missão em comum: educar para o Amor,

transmitindo valores humanos e cristãos. Diante das ameaças do mundo capitalista, é preciso não perder a esperança e abrir-se ao diálogo, revendo nossos métodos para educar os filhos no lar.

 

 A família deve formar os filhos para a vida, de modo que cada um realize plenamente o seu dever segundo a vocação recebida de Deus. De fato, a família que está aberta aos valores do transcendente, que serve os irmãos na alegria, que realiza com generosa fidelidade os seus deveres e tem consciência da sua participação cotidiana no mistério da Cruz gloriosa de Cristo, torna-se o primeiro e o melhor seminário da vocação à vida consagrada ao Reino de Deus.

 

O Documento da Conferência de Santo Domingo (cf. n. 214) apresenta a identidade e a

missão da família através de quatro aspectos:

a) A missão da família é viver, crescer e aperfeiçoar-se como comunidade de pessoas

chamadas a testemunhar a unidade por toda a vida (valor unitivo).

b) Ser santuário da vida, serva da vida, conservando o direito à vida como a base de todos os direitos humanos (valor procriativo). Nela deve-se transmitir e educar para os valores autenticamente humanos e cristãos.

c) Ser ‘célula primeira e vital da sociedade’. Por natureza e vocação, a família deve ser

promotora do desenvolvimento, protagonista de uma nova cultura que valorize a família.

d) Ser ‘Igreja doméstica’ que acolhe, vive, celebra e anuncia a Palavra de Deus. Lugar

privilegiado para a “fazer catequese”, aprofundando e dando razões para a fé, na vivência do discipulado de Jesus.

 

A família encontra hoje não poucos obstáculos, sobretudo neste “momento histórico em que ela é vítima de muitas forças que buscam destruí-la ou deformá-la” (Santo Domingo, n. 210). Deste modo, a catequese precisa conhecer algumas pistas de ação para ajudar a família a encontrar a sua missão:

a) Conhecer as diversas situações e a realidade de cada catequizando.

b) Conscientizar as famílias para participação mais ativa na Igreja, como incentivo e

testemunho para os seus filhos que estão caminhando na catequese.

c) Por meio de ações conjuntas com a Pastoral Familiar, oferecer esclarecimentos e

possibilidades de regularização às famílias em situações irregulares (especialmente aos

amasiados que não têm impedimentos para casar na Igreja).

d) Não discriminar as famílias e crianças e não abandoná-las por motivo algum. Acolher a todos, sem distinção, independentemente de suas opções.

e) Oferecer às famílias em dificuldades apoio e orientação, no diálogo.

f) Aos casais separados, prestar apoio e acolhida, com especial atenção aos seus filhos.

g) Distinguir entre o mal e a pessoa. No dizer do papa Paulo VI: “Jesus foi intransigente para com o mal, porém misericordioso para com as pessoas”.

h) Distinguir com perspicácia as famílias que procuram a Igreja não muito bem intencionada, querendo dar um jeitinho para receber os sacramentos sem a devida preparação.

i) As situações delicadas que aparecem na catequese, levar ao conhecimento do padre para descobrirem juntos as possíveis soluções. Depois de averiguar os casos, dar os

encaminhamentos necessários, baseando sempre na verdade e na caridade.

 

A família continua sendo muito importante para os planos de Deus. Ela é uma instituição divina, sonhada por Deus e fruto da sua benigna vontade. Ela não pode ficar desacreditada. Ela é dom de Deus, por isso merece todo o nosso empenho e todo o nosso amor. Se a catequese não zela pela família, como vai cuidar pastoralmente dos seus catequizandos? E se as famílias não se interessam pela catequese, que futuro poderão dar a seus filhos no caminho da justiça e da fé?

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