sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Ótima reflexão do CEBI. Bom fim de semana a todos.

A vinha é boa... Os chefes é que são ruins (Mateus 21,33-43) - Pe. Luis Sartorel

Sexta-feira, 30 de setembro de 2011 - 9h48min

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Muitas comparações foram feitas para falar das atitudes e da história do povo de Israel e da sua relação amorosa (mas cheia de tempestades) com o seu Deus. A alegoria da vinha que encontramos no profeta Isaías (Is 5,1-7) era entre as mais conhecidas pelo povo. A vinha é Israel, cheia de ingratidão porque não produz os esperados frutos de justiça, e sim violência e opressão, apesar de todos os cuidados que Deus tem para com ela. Esta alegoria aparece de novo no cap. 21 do evangelho de Mateus. Em Mateus, para compreender melhor o desenvolver do drama, podemos notar a sequência das narrativas no capítulo 21: Jesus entra em Jerusalém (Mateus 21,1-17) e vai logo ao templo para expulsar os vendedores, entrando em conflito direto com os chefes do povo. Em continuidade, vem outra metáfora do povo e suas instituições, o episódio da figueira estéril (Mateus 21,18-22). Depois, segue a parábola dos dois filhos e o debate de Jesus com as autoridades sobre o batismo de João (Mateus 21,23-27), para, enfim, chegar ao texto deste domingo, onde Jesus retoma a imagem da vinha. É, portanto, um capítulo onde os conflitos vão se aguçando fortemente, tornando Jesus cada vez mais incômodo para as autoridades.


A história poderia ser diferente

Jesus retoma esta alegoria, mas mudando o acento: ele não acusa a vinha de não produzir uva, como o texto de Isaías, e sim os agricultores, os responsáveis pela produção. São os arrendatários que desviam o fruto da videira e sonegam o pagamento ao patrão. Mas aqui é bom fazer uma distinção e, para entender melhor, vou contar uma história.

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Arte: Neiva Passuello

Antigamente, na região do mediterrâneo, quando era a época da colheita da uva, as famílias dos agricultores se juntavam para fazer uma vindima mais rápida e fazer um trabalho de mutirão nas terras dos vizinhos. Muitas vezes participavam deste mutirão também pessoas que não tinham terra e sempre havia muitas crianças pulando, brincando e querendo ajudar a colher a uva. Ao final do dia, os arrendatários arrumavam um saco e colocavam dentro alguns cachos de uva para este povo levar para casa e as crianças poderem comer, dizendo aos amigos: "Levem, enquanto o patrão não vê". É claro que, se fosse por ele, o patrão, nem um grão desta uva seria doado, porque só ele "tem direito" ao lucro. Assim, eu acredito, Jesus tinha vivido no seu tempo de criança: participando de uma festa feita com os dons da caridade escondida, mas que vem do coração e que se preocupa com a vida do povo. A ganância do patrão se preocupa somente com o lucro e não com a vida das pessoas que trabalham na sua terra.

Por isso, Jesus não acusa a vinha (isto é, o povo) de não produzir frutos, mas acusa diretamente os que são responsáveis pela organização e pela produção deste mesmo povo. Este aspecto pode ser entendido melhor se a gente pensa no dono da vinha como sendo Deus, os arrendatários sendo os chefes do povo, enquanto a vinha é o povo que deve ser conduzido.

Continuando com a comparação feita na história, o povo simples, representado pelos agricultores que trabalham a terra e cultivam a videira, pode até errar, mas sempre tem no fundo do coração uma atitude de defesa da vida, de compreensão e partilha com o irmão sofredor. Os que estão dispostos a destruir, mentir, perseguir e até matar são justamente os que têm construído os valores de suas vidas em cima da opressão e da exploração do povo. O fruto da vinha, uva que deveria ser fonte de alegria e vida, se torna assim fonte de destruição e morte.

Jesus também veio para a colheita... mas foi jogado fora!

Compreende-se melhor agora porque os emissários do dono (os profetas ao longo da história de Israel) foram maltratados, e até o próprio filho foi "jogado fora da vinha" e matado. Assim também Jesus, quando veio para reclamar os frutos da justiça e proclamar o ano de graça do Senhor (Lucas 4,16-21), foi "jogado fora dos muros de Jerusalém, no monte Calvário" e crucificado (Hebreus 13,12). Na lógica da religião do templo, assim como estava organizada, ele não podia vir para desestruturar um sistema tão bem montado, sistema que prendia a consciência das pessoas e garantia assim o lucro dos grandes e dos que manipulavam até a religião e o nome de Deus.

É por causa da dureza do coração destas pessoas que a vinha lhes foi tirada e dada a quem fosse entregando a produção. Então a vinha foi colocada sob o cuidado de outros administradores: os pagãos, que tiveram a atitude de acolher o anúncio do Reino, diferentemente das autoridades do povo. E o texto acrescenta que isso se realizou numa lógica que já estava nas escrituras: a pedra jogada fora pelos construtores tornou-se pedra angular do edifício (Salmo 118,22-23). Podemos constatar aqui a lógica diferente, a da morte e ressurreição de Jesus, sobre a qual está fundado o novo povo de Deus (Atos 2,33; 1 Pedro 2,7).

Fazer parte da vinha de Deus não é privilégio

Abrindo agora o sentido desta parábola para nós, podemos reparar que Deus esperava a justiça de Israel, mas precisou colocar outros administradores para poder colher estes frutos. Os frutos da justiça consistem antes de tudo em "escutar e por em prática" tudo o que Jesus ensinou (Mateus 7,21-27; 17,5) e isso produz amor sem fingimento, união fraterna, respeito e valorização da dignidade humana, partilha...

Um segundo aspecto importante: não há mal que não venha por bem. São Paulo, na carta aos Romanos (Romanos 11,11), nos diz que é justamente graças à dureza de coração destas pessoas que a Boa Nova foi aberta e anunciada aos pagãos. Deus, portanto, não rejeitou "os judeus" - pensamento que ao longo da história provocou tanta discriminação, sofrimento e perseguição, e até milhões de mortes - mas rejeita os líderes, os chefes, de ontem e de hoje, que fazem do nome de Deus uma oportunidade para dominar e se enriquecer à custa da boa fé do povo. É claro que todos têm a própria parte de responsabilidade, mas aqui estamos falando de uma estrutura social e religiosa de dominação.

Dito isto, não podemos ler esta parábola com autossuficiência porque a mesma coisa pode acontecer com a gente. Basta olhar a história do nosso continente, a América Latina. Tinha sido entregue a "administradores" para que as suas populações fossem evangelizadas e, no entanto, os seus frutos foram despojados pela violência institucionalizada. Como cristãos, não temos nada para nos sentirmos melhores do que os outros. Ainda hoje, o Brasil é considerado o país mais cristão do mundo... e onde estão os frutos de justiça?

Até dentro de nossas igrejas existe o perigo de querer guardar os frutos para si. Deve ficar bem claro que fazer parte da vinha de Deus não é um privilégio, mas uma missão que requer compromisso para produzir "frutos de justiça".

Luís Sartorel é padre católico, membro do CEBI-CE e integrante do Conselho Nacional do CEBI. É co-autor de Esperança - Bandeira pela construção da paz. A partir dos textos de Gn 1-11 e através de seis encontros, o livro propõe a esperança de reconstruir o mundo como um jardim de coisas boas, terra e casa livre, relações sem medo.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Metodologia

Três momentos são significativos para o encontro de catequese:

1° Momento: Antes do encontro:

É o momento ou espaço de tempo em que o catequista cria intimidade com o conteúdo a ser desenvolvido.É o momento de planejar o desenvolvimento do encontro.

O catequista que preparou 100%, poderá obter média de 60%, 70% até 90% de resultados, ao passo que, se iniciar com 0% de preparo, pouco poderá atingir ou projetar para o futuro.

É preciso planejar para acertar o alvo.

2° Momento: Durante o encontro

No desenvolvimento do encontro, o catequista apresenta o conteúdo permitindo espaço para intervenções e contribuições dos catequizandos. A posição do catequista deve ser sempre de escuta, com ouvidos atentos a tudo o que os catequizandos expressam.

Para os encontros de catequese é importante ter presente:

Disciplina – segurança – valorização – perguntas.

3° Momento – Depois do encontro

Tanto para o catequista quanto para o catequizando, o encontro não pode encerrar após o tempo limitado para o seu desenvolvimento. Cada encontro deve abrir novas perspectivas para a aplicação das novas descobertas na vida e para próximos encontros.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Metodologia

Ao preparar o encontro de catequese, é preciso ter a mesma disposição de quem prepara uma festa e se prepara para recepcionar os convidados. No evangelho de Mateus 5, 13-14, Jesus nos dá uma dica para a preparação de encontro quando diz: Vocês são a luz do mundo...Vocês são o sal da terra...

Para Jesus, todo acontecimento e lugar podem ser oportunidades para transmitir sua mensagem. Não existe horário, nem tempo, existem momentos de catequese.

...Muitas vezes perdemos muitos momentos importantes para a nossa catequese: um falecimento na família de um catequizando, em casos de doenças, ás vezes uma visita do grupo ao catequizando é muito melhor do que vários encontros sobre a participação no grupo.

O catequista, além de ser quem faz o catequizando despertar, descobrir e amadurecer na fé, é também seu amigo e companheiro.

domingo, 25 de setembro de 2011

Estamos no curso de coordenadores paroquiais de catequese. O tema é psicologia e o assessor é o Tadeu (ursoted) - Catequista e psicólogo da cidade de Monte Santo. São 24 pessoas participando do curso, catequistas dos setores Alfenas e Areado.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Prostitutas e pubicanos entrarão primeiro no Reino dos Céus - CEBI-GO

Sexta-feira, 23 de setembro de 2011 - 12h10min

por CEBI-GO

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Disponível no subsídio: Convém que se cumpra toda a Justiça. Evangelho de Mateus. Encontros Bíblicos

A frase está no comentário de Jesus à parábola dos dois filhos: um diz que vai fazer o que o pai pediu e não faz. O outro diz que não quer, mas depois faz a vontade do pai. Texto intrigante!

Esses versículos precisam ser lidos no conjunto do capítulo 21 do Evangelho segundo Mateus: Jesus entrara em Jerusalém (Mt 21,1-11) e tinha entrado em confronto direto com a religião do templo, recorrendo à denúncia já feita por Jeremias: "vocês transformaram a casa de meu pai num covil de ladrões" (Jr 7,11; Mt 21,12-17).

Da boca dos pequeninos, o verdadeiro louvor

O episódio da expulsão dos vendedores do templo é descrito pelos quatro evangelhos. Mateus, entretanto, acrescenta outra provocação de Jesus: cegos e coxos, até então impedidos de entrar no templo por serem considerados pecadores, são curados por Jesus no próprio santuário (Mt 21,14-17). E diante da indignação dos principais sacerdotes e escribas, responde: "Vocês nunca leram que é da boca dos pequeninos e crianças de peito que vem o perfeito louvor?" Desta vez, ele recorreu ao Salmo 8.

A parábola dos dois filhos vem na sequência da figueira estéril (Mt 21,18-22), imagem de um templo e de uma religião que não produzem mais frutos, e do debate de Jesus com as autoridades sobre o batismo de João (Mt 21,23-27).

Jesus, a Lei e a Justiça

"Mas, que vos parece? Um homem tinha dois filhos, e, dirigindo-se ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha. Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas depois, arrependendo-se, foi. E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele, disse: Eu vou, senhor; e não foi. Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não crestes nele, mas os cobradores de impostos e as prostitutas nele creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para crer nele."

"João veio até vós no caminho da justiça, e não crestes nele. Os cobradores de impostas e as prostitutas creram..." (Mt 21,32). O "caminho da justiça" é o caminho de Deus, de seu projeto, de sua vontade, de sua Lei. Na comunidade de Mateus, havia filhos - os fora da Lei - que tinham dito "não quero", porém se converteram à justiça anunciada por João e foram fiéis no seguimento de Jesus. Já os fariseus, que se consideravam justos, cumpridores da Lei, ficaram de fora. A comunidade de Mateus foi radical na hora de transmitir o que entendeu como fidelidade à Lei.

"Não pensem que vim abolir a Lei e os Profetas, mas dar-lhes pleno cumprimento. Quem desobedecer um só desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar aos outros a fazer o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus. Por outro lado, quem os praticar e ensinar, será grande no Reino dos Céus" (Mt 5,17-19).

A comunidade de Mateus, por um lado, insiste na fidelidade à Lei, por outro diz que o próprio Jesus desobedeceu à lei do descanso sabático, às leis da purificação. Como entender esta aparente contradição entre o que Jesus pede que façamos e o que Ele mesmo praticou no seu tempo?

Na compreenão judaica, Lei e Profetas representam todo o Antigo Testamento: a História de um Deus que caminha com o seu povo e com ele faz Aliança. Jesus veio dar plenitude a esse tratado de amizade de Deus com o povo. Ele quer que sejamos fiéis ao plano salvífico do Pai, fiéis ao espírito do Antigo Testamento e não apenas a um conjunto de regras morais. Assim, resgatou o sentido original da Lei que é o amor misericordioso de Deus e questionou as leis casuísticas da tradição. Por isso, dizia: "ouvistes o que foi dito... Eu, porém, vos digo..." (Mt 5,21-22)

O evangelho da comunidade de Mateus, que vive as dificuldades com o legalismo farisaico, lembra as palavras de Jesus: "Se a justiça de vocês não supera a dos doutores da Lei e a dos fariseus, vocês não entrarão no Reino dos Céus" (Mt 5,29). E logo, nos capítulos 5 a 7, explica qual deve ser a atitude cristã diante da Lei (contra a prática dos escribas) e diante das obras de piedade (contra o jeito dos fariseus). A síntese aparece na boca do próprio Jesus: ‘Tudo o que vocês desejam que os outros façam a vocês, façam vocês também a eles. Pois nisso consistem a Lei e os Profetas" (Mt 7,12).

Mas e Jesus, como cumpre a Lei? O importante para ele é a Lei da vida. Ele nunca aparece angustiado por leis ou normas cultuais. Ao contrá­rio, denuncia os doutores da Lei e os fariseus que "amarram fardos pesados e os colocam nos ombros dos outros, mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los, nem sequer com um dedo..." (Mt 23,4). Jesus, ao contrário, vive com grande fidelidade e liberdade e ainda nos convida: "Venham a mim todos vocês que estão cansados de carregar o peso do seu fardo e eu lhes darei descanso" (Mt 11,28). Para ele, o cumprimento do preceito não é o mais importante. Por isso: "Ai de vocês, doutores da Lei e fariseus hipócritas! Vocês pagam o dízimo da hortelã, da erva doce e do cominho e deixam de lado os ensinamentos mais importantes da Lei, como a justiça, a misericór­dia e a fidelidade" (Mt 23,23). E, por último: "Aprendam o que significa: ‘Eu quero misericórdia e não sacrifícios''' (Mt 9,13).

E nós hoje?

São fortes as palavras de Jesus sobre qualquer forma de hipocrisia religiosa. Esses versículos não escondem o recado: uma religião que se restringe ao cumprimento de rituais e não se vincula com o caminho da justiça, não produz adesão verdadeira.

Como superar a religião do rito? Como fazer a vontade de Deus de fato e não apenas por palavras? A reposta cabe a cada um e cada uma de nós, pessoal e comunitariamente.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Oração

Salmo do Catequista

Senhor, eis-me aqui diante de Ti para te servir.

Tu me chamaste e, apesar da minha relutância em atender, inflamaste meu coração com o fogo do teu Amor. Tu me ungiste como aos profetas e imprimiste em mim o selo que identifica aqueles a quem escolheste.

Sei que não sou pessoa melhor do que outras, mas confio em Ti e me entrego para que faças em mim a obra de tuas mãos. Para que dessa forma eu possa dar testemunho de Ti e da tua presença entre nós.

Senhor, põe em meu coração a compaixão e a misericórdia, para que me aproxime dos meus irmãos com a alma aberta e livre de preconceitos de toda espécie.

Põe na minha mente sabedoria e entendimento para que eu possa perceber tua presença mesmo nos lugares e nos fatos mais improváveis.

Põe na minha boca palavras de paz e de esperança para que eu possa anunciar tua Boa Nova tocando o coração daqueles que me confiares.

Sou pessoa pequenina, Senhor, diante da grandeza do teu chamado.

Grande é o caminho da Catequese, dá-me forças para não desanimar na caminhada.

Grande é o desafio de educar meus irmãos e irmãs na fé, dá-me a coragem para superar todos os obstáculos.

Grande é a missão que a Igreja me confia, dá-me o discernimento necessário para que eu saiba que és Tu que realizas todas as obras e que sou apenas um instrumento em tuas mãos.

Abençoa-me, Senhor; abençoa meu ministério; e abençoa todos aqueles que me forem confiados, para que brote no meio de nós as sementes do teu Reino e floresça a justiça e a paz. Amém.

Evangelho Mt 28,16-20

Preces espontâneas

Consagração à Nossa Senhora

A ti, ó Mãe querida, quero consagrar a minha vida e a minha vocação. Consagro a ti o meu ministério, catequizar é a minha missão. Consagro os dons que de Deus recebi, consagro meu coração. Consagro minha alegria de servir, o trabalho de minhas mãos. Consagro minha mente e minha boca, para que meus lábios proclamem com fé a minha devoção. Tu que foste a primeira catequista, educando na fé o próprio Filho de Deus, intercede por mim a Jesus. Toma a minha mão e me leva até Ele, para que eu ande sempre pelos caminhos da Luz. Cobre-me com teu manto de amor, para que jamais desanime na caminhada, mesmo diante da cruz. Ó Maria, mãe amada, abençoa minha jornada e ajuda-me a ser uma catequista dedicada. Agora e sempre, amém!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Catequese é coerência

n O catequista tem que se dedicar constantemente a aprofundar a própria identidade cristã, buscando o "por quê?" da sua fé, descobrindo a meta da sua caminhada e o objetivo de fazer esse caminho. Por isso sua formação deve ser contínua e permanente.
nO "Ser Cristão" tem que ter coerência na vida do catequista, pois do contrário, sua mensagem será vazia de sentido, apenas palavras jogadas ao vento.

sábado, 17 de setembro de 2011

Visita a Fama

Estamos reunidos com os catequistas da cidade de Fama, o tema desta visita é Catequista e Afetividade. O encontro seguirá este roteiro:
Nascidos para amar - Vanderlei
Aprender a amar - Alexandre
Catequese afetiva - Irmão Augusto
O caminho do coração - Ana Cristina
Catequese e família - Luiz Sergio

Encontro sobre o Exôdo

No dia 4 de setembro, reuniram-se cerca de 55 pessoas(catequistas e equipe de formação de leigos), para refletirem sobre o livros do Êxodo. O encontro foi dirigido pelo padre José Luiz Gonzaga do Prado, que trabalhou os seguintes temas: a água amarga, o maná e as codornizes, descentralização do poder, a família de Moisés. O encontro foi muito bom, o padre Zé Luiz, com sua sabedoria iluminou nosso modo de ver e ler o livro do Êxodo. A ele, o nosso carinho e o nosso agradecimento.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Catequese é coerência

O catequista precisa, pois, estar dentro dos acontecimentos que afetam a vida do povo em geral, da sua comunidade, de seus catequizandos. Catequese é para as pessoas descobrirem e viverem os valores do Reino, o que os conduzirá a uma convivência harmoniosa e feliz. O catequista empenhado em sua vocação, ao terminar um encontro, ao sair dali, não “desliga a tomada”. Muito pelo contrário. Está sempre “ligado” nas colocações, nos questionamentos, nas reações causadas. Assim vai conhecendo seus catequizandos. Alguém pode imaginar uma pessoa grosseira e mal-educada no papel de educador? Transmitindo conceitos de boa educação, de cortesia? Certamente que não! Somente será um bom educador quem é bem educado, quem assume como seus os valores do bom relacionamento entre as pessoas e os põe em prática no seu dia a dia. Assim, também o catequista deve ser uma pessoa que amadureceu na fé, que compreendeu e assumiu os valores cristãos na própria vida, que dá testemunho do Evangelho com as suas ações cotidianas. Alguém que é comprometido com a causa do Reino e se coloca a serviço da sua construção. Um catequista que não sabe dar razão da própria fé, não é um bom educador.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Celebração do mês da Bíblia

Segue uma bela celebração para o mês da Bíblia, colaboração da catequista Cleonice Vigato Prado, da Paróquia Nossa Senhora do Carmo. Paraguaçu-MG - Diocese de Guaxupé

CELEBRAÇÃO MÊS DA BÍBLIA

- Música:

- Mantra: A Palavra de Deus ouvida

é a verdade que nos liberta.

Que nos chama à nova vida.

Nos educa e nos converte.

Animador: Irmãos e Irmãs, sejam todos bem-vindos a celebração do Mês da Bíblia. O Senhor nos reúne, nos alimenta com a sua Palavra, com a Eucaristia, e fortalece nossa missão a serviço da evangelização e da vida. O mês de setembro, reconhecido pela Igreja no Brasil como o mês da Bíblia, é para nós uma grande riqueza. Ele possibilita preparar, vivenciar e testemunhar com entusiasmo e empenho as celebrações em nossas comunidades, bem como fortalecer a catequese, os círculos bíblicos, grupos de reflexão e pastorais que buscam na Palavra de Deus a força e a mística para a missão.

Todos: A Bíblia é fonte de sabedoria e inspiração para os catequistas, catequizandos, famílias e todos os agentes de pastoral de nossas comunidades.

Leitor 1: Na verdade, precisamos despertar a consciência de que todo dia é dia da Bíblia, e como cristãos temos a necessidade de ler, rezar e meditar os textos bíblicos diariamente. Porém, como

Igreja, no mês de setembro damos um destaque maior à Bíblia e a seu patrono São Jerônimo, o grande tradutor da Bíblia Latina. Somos felizes por sermos catequistas, ouvintes e praticantes da Palavra. Desejamos ser discípulos e missionários de Jesus Cristo para um mundo em mudança.

Canto: É como a chuva que lava, é como o fogo que arrasa. Tua palavra é assim, não passa por mim, sem deixar um sinal.

Todos: A leitura e a meditação diária da Bíblia ajudam-nos a perceber, assumir e viver a Palavra de Deus no compromisso com a justiça, a solidariedade e o amor fraterno.

Animador: A Bíblia é o livro que documenta a educação da fé do Povo de Deus ao longo de sua história. Ela vem iluminando a caminhada do povo de geração em geração, em cada circunstância

da história. A Palavra de Deus é atual, viva e eficaz (Hb 4,12). Com sua leitura, encontramos critérios para o discernimento e o agir na realidade do dia a dia. A Igreja, atenta aos sinais da palavra, nos

chama a uma intimidade sempre maior com este presente de Deus.

Todos: Nós, catequistas, como ministros da Palavra, procuraremos escutar, vivenciar e anunciar com paixão esta boa notícia aos catequizandos e ao mundo para que “ouvindo creiam, crendo esperem, esperando amem” (DV 1).

Animador: A Bíblia não é simples livro, no qual se faz uma leitura, mas sim um caminho que nos revela os princípios das verdades da fé.

Animador: A Palavra de Deus alimenta a ação catequética e a vida cristã. A leitura contínua da Bíblia faz parte do esforço e da formação permanente dos catequistas.

Leitor 2: Uma das grandes conquistas da caminhada bíblica em nosso país foi a descoberta de que a Bíblia é o mais importante livro de catequese que temos. A catequese não é completa se o catequista

não descobrir a importância de ter em suas mãos a Palavra de Deus.

Recordamos também as palavras do papa Bento XVI na abertura da V Conferência em Aparecida que diz: “Cristo nos dá a conhecer sua pessoa e sua doutrina por meio da Palavra de Deus. Nossa tarefa

é a de educar o povo na leitura e meditação da Palavra de Deus: que ela se converta em alimento para que, por sua própria experiência, vejam que as Palavras de Jesus são Espírito e Verdade (Jo 6, 63).”

Leitor 3: A Escritura é fonte e princípio da revelação de Deus. A leitura da Bíblia não é mera questão de técnicas: é uma opção de vida, fruto do dom do Espírito (cf 1Cor 2, 1-16; Rm 11, 33-36).

Por isso, a leitura Bíblica deve nos tornar pessoas humanas, fraternas e capazes de construir um mundo melhor. Tornar o leitor capaz de confiar na Palavra como força para transformar vidas,

animar esperanças, alimentar a fé e como caminho de realização do Plano de Deus.

Canto:

DEUS NOS FALA

Animador: O texto que vamos refletir e celebrar hoje é o do livro do Êxodo 16,12-21

Animador: Diante da Bíblia, o livro da fé e da vida, vamos manifestar o nosso louvor a Deus pela sua Palavra que com sabedoria orienta e sustenta nossa caminhada.

1- Por todos os catequistas espalhados pelo Brasil que divulgam a Bíblia como fonte de educação da fé, da justiça e da paz.

Bendito seja Deus para sempre!

2- Pelo Serviço de Animação e Divulgação da Bíblia existentes entre os cristãos.

Bendito seja Deus para sempre!

3- Por todos os grupos de reflexão e círculos bíblicos que se reúnem em torno da Palavra.

Bendito seja Deus para sempre!

4- Pela descoberta da Sagrada Escritura como a fonte da Catequese.

Bendito seja Deus para sempre!

DEUS NOS ENVIA

Animador: Um catequista segura a Bíblia, todos estendem a mão em direção à Bíblia para acolher a bênção de Deus.

O Senhor te abençoe e te guarde. AMÉM!

O Senhor faça brilhar sobre ti sua face, e se compadeça de ti.

AMÉM!

O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz. AMÉM!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Catequese é coerência

Jesus não seduziu as pessoas por causa de suas palavras, mas porque vivia o que pregava. Aqueles que o seguiam o faziam porque Ele agia de modo diverso dos outros judeus. Ele acolhia as pessoas, convivia com elas, era solidário, enfim, tocava os seus corações. E isso as cativava a as transformava. Assim como Jesus, os catequistas e as catequistas são responsáveis por cativar antes de anunciar. O Evangelho tem que ressoar nos gestos de amor fraterno. Por isso, o bom catequista fala pouco e ouve muito, busca constantemente ouvir o que os catequizandos dizem a partir da própria vida; quais os seus valores, sentimentos, emoções; como é seu relacionamento com a família, com os amigos; como se comporta diante dos desafios.

O catequista lança a semente.

sábado, 10 de setembro de 2011

Catequese é coerência

Se não houver coerência entre o que pregamos e o que vivemos não haverá compreensão do que queremos transmitir. A educação na fé passa pela experiência de vida que se faz. Por exemplo, a mãe de uma criança quer educá-la para que não diga mentiras, por isso sempre fala sobre o valor da verdade. No entanto, certo dia, quando toca o telefone e a mãe está atarefada, ela pede à criança para atender e dizer que a mãe não está. Todo o discurso sobre o valor da verdade perdeu o sentido, pois nesse momento a criança fez a experiência de que às vezes a mentira tem seu valor, como por exemplo, quando dizer a verdade vai nos atrapalhar. Por isso não se pode falar na catequese sobre aquilo que não se vive. Pais que levam os filhos até a porta da igreja para a missa, mas não participam junto com eles dão um contra-testemunho. Catequista que fala de amor e de compaixão, mas não se interessa pelos problemas que o catequizando está vivendo, dá um contra-testemunho. No processo de educação na fé, na catequese, não há lugar para encenação, para fazer de conta. Ou se é cristão de verdade ou os ensinamentos não terão coerência e serão colocados de lado. Ao contrário, quando catequistas e família vivem verdadeiramente os valores cristãos e a própria fé, as crianças e adolescentes absorvem os ensinamentos e os incorporam em suas vidas.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O catequista deve, depois da leitura do texto bíblico, incentivar os catequizandos propondo alguns exercícios que motivem um olhar diferente sobre a mensagem. A um catequizando poderá propor que faça uma análise desta; a outro que atualize a mesma; a mais um que compare com o que acontece nos dias de hoje; a outro que conte uma história que conhece em que aconteceu algo semelhante. A Catequese não pode nunca se restringir a contar a vida de Jesus, ela tem que ser transformadora, tem que alcançar o âmago da vida dos catequizandos, levando-os à conversão.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Não é o catequista quem aponta o que deve mudar, ele apenas sinaliza o caminho para o autoconhecimento. As mudanças são escolhas pessoais de cada um, mesmo que sejam crianças. Os valores assumidos por escolha própria serão valores eternos. Por isso, a transmissão dos valores cristãos deve estar inserida no contexto de vida dos catequizandos, onde eles irão perceber as diferenças e as consequências desses no cotidiano.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Não se pode culpar os catequizandos pela falta de "atenção", é preciso rever o quanto nós, catequistas, estamos lhes dando a oportunidade de descobrirem o caminho que leva a Deus. O catequista não pode ser como um GPS, que vai mostrando todo o percurso, pois quando ficar sem seu "GPS" ele não saberá por onde seguir.

sábado, 3 de setembro de 2011

Quando o catequista se reveste de "sumo sabedor" ou de "dono da verdade" ele pensa que catequizar é dar todas as respostas, mostrar as saídas. No entanto, quando o catequizando não vivencia as descobertas, não se depara com os desafios, não busca soluções, ficando como mero expectador-ouvinte, ele perde o interesse e deixa cair no esquecimento o que lhe foi transmitido.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A comunidade como espaço alternativo de solidariedade e fraternidade - Mt 18,15-20

Sexta-feira, 2 de setembro de 2011 - 11h14min

por Centro de Estudos Bíblicos (CEBI)

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1. Situando

1. Neste Circulo vamos ler e meditar a segunda parte do Sermão da Comunidade. Veremos os assuntos da correção fraterna (18,15-18), da oração em comum (18,19-20), do perdão (18,21-22) e a parábola do perdão sem limites (18,23-35).

2. A organização das palavras de Jesus em cinco grandes Sermões mostra que, já no fim do primeiro século, as comunidades tinham formas bem concretas de catequese.

O Sermão da Comunidade, por exemplo, traz instruções atualizadas de como proceder em caso de algum conflito que surgisse entre os seus membros. Eram como cinco grandes setas no caminho que apontavam o rumo da caminhada e ofereciam critérios concretos para solucionar conflitos.

2. Comentando

1. Mateus 18,15-18: A correção fraterna e o poder de perdoar

Jesus traz normas simples e concretas de como proceder no caso de algum conflito na comunidade Se um irmão ou uma irmã pecar isto é se tiver um comportamento não de acordo com a vida da comunidade não se deve logo denunciá los. Primeiro procure conversar a sós. Procure saber os motivos do outro. Se não der resultado, leve mais duas ou três pessoas da comunidade para ver se consegue algum resultado. Só em caso extremo, deve levar o problema para a comunidade toda. E se a pessoa não quiser escutar a comunidade, que ela seja para você como um publicano ou pagão, isto é, como alguém que já não faz parte da comunidade. Não é você que está excluindo, mas é a pessoa que se exclui a si mesma.

2. Mateus 18,19: A oração em comum

Esta exclusão não significa que a pessoa seja abandonada à sua própria sorte. Ela pode estar separada da comunidade mas não estará separada de Deus. Caso a Conversa na Comunidade não der resultado e a pessoa não quiser integrar-se na vida da comunidade, resta o último recurso de rezar juntos ao Pai para conseguir a reconciliaçao. E Jesus garante que o Pai vai atender.

3. Mateus 18,20: A presença de Jesus na comunidade

O motivo da certeza de ser ouvido é a promessa de Jesus: "onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, estarei no meio deles!" Jesus diz que ele é o centro, o eixo, da comunidade, como tal, junto com a Comunidade estará rezando ao Pai, para que conceda o dom do retomo ao irmão ou à irmã que se excluiu.

4. Mateus 18,21.22: Perdoar setenta vezes sete!

Diante das palavras de Jesus sobre a reconciliação, Pedro pergunta: "Quantas vezes devo perdoar? Sete vezes?" Sete é um número que indica uma perfeição e, no caso da proposta de Pedro, sete é sinônimo de sempre. Mas Jesus vai mais longe. Ele elimina todo e qualquer possível limite para o perdão: "Não te digo até sete, mas até setenta vezes sete!" Pois não há proporção entre o amor de Deus para conosco e o nosso amor para com o irmão. Jesus conta uma parábola para esclarecer a sua resposta a Pedro.

5. Mateus 18,23-35: A parabola do perdão sem limite

Dívida de dez mil talentos é 164 toneladas de ouro. Dívida de cem denários é de 30 gramas de ouro. Não existe meio de comparação entre os dois! Mesmo que o devedor junto com mulher e filhos fosse trabalhar a vida inteira, jamais seria capaz de juntar 164 toneladas de ouro. Diante do amor de Deus que perdoa gratuitamente nossa dívida de 164 toneladas de ouro, é nada mais que justo que nós perdoemos ao irmão a dívidazinha de 30 gramas de ouro. E atenção! O único limite para a gratuidade da misencordia de Deus e a nossa Incapacidade de perdoar o irmão' (Mt 18,34; 6,15).

3. Alargando

A comunidade como espaço alternativo de solidariedade e fraternidade

A sociedade do Império Romano era dura e sem coração, sem espaço para os pequenos. Estes buscavam um abrigo para o coração e não o encontravam. As sinagogas também eram exigentes e não ofereciam um lugar para eles. Nas comuni­dades, o rigor de alguns na observância da Lei levava para dentro da convivência os mesmos critérios injustos da sociedade e da sinagoga. Assim, nas comunidades começaram a aparecer as mesmas divisões que existiam na sociedade e na sinagoga entre rico e pobre, dominaçao e submissao, falar e calar, carisma e poder, homem e mulher, raça e religião. Em vez de a comunidade ser um espaço de acolhimento, tomava-se um lugar de condenação. Juntando palavras de Jesus neste Sermão da Comunidade, Mateus quer iluminar a caminhada dos seguidores e das segujdoras de Jesus, para que as comunidades sejam um espaço alternativo de solidariedade e de fraternidade. Devem ser uma Boa Notícia para os pobres.

Texto extraído do livro "Travessia: Quero Misericórdia e não Sacrifício. Círculos Bíblicos sobre o Evangelho de Mateus". De Carlos Mesters, Mercedes Lopes e Francisco Orofino.


Catequese

§Um dos componentes mais importantes nos métodos catequéticos é a visão da realidade. No método da Catequese Renovada, "Ver-Julgar-Agir-Avaliar-Celebrar", o "Ver" é o ponto de partida para todo o processo. Mas também em outros métodos, mesmo que não seja o ponto de partida, o "ver" é essencial.
§O Catequizando tem que enxergar a realidade que o cerca, o contexto sócio-econômico-cultural no qual está inserido para, iluminado pela palavra e pelos valores cristãos, perceber o que não está conforme à vontade de Deus e qual é o próprio papel na transformação da realidade.