O ser do catequista: seu rosto cristão.
“Neste encontro com Cristo, queremos expressar a alegria de sermos discípulos
do Senhor e de termos sido enviados com o tesouro do Evangelho.
Ser cristão não é uma carga, mas um dom” (DA, n. 28).
No dia-a-dia quando nasce uma criança, as pessoas correm para vê-la e logo começam as
especulações: “parece mais com o pai ou com a mãe?”. A partir daí começam as constatações: “o
formato da boquinha e do narizinho é da mãe”, “os olhinhos puxados são do pai”, “o rostinho e
da vovó e o temperamento é do pai”, etc...
O catequista tem um rosto cristão, isto quer dizer, ele possui a fisionomia de Deus. Segundo
o Gênesis, fomos criados “à imagem e semelhança de Deus” (cf. Gn 1,26s). Além de uma
fisionomia humana, o catequista também possui uma fisionomia cristã. Mas não vamos pensar
matematicamente que o catequista tenha duas caras. O rosto humano do catequista é também
cristão, ou seja, ele é gente, pessoa humana, mas também é filho de Deus, vocacionado à felicidade,
ao amor e à comunhão com toda a criação.
Este projeto tão bonito de harmonia e de felicidade foi pintado no livro do Gênesis.
Precisamos descobrir ali o sentido para a nossa vida e a alegria de ser filho (a) de Deus.
Contudo o fato de ser cristão não quer dizer que tudo esteja pronto. Há um longo caminho a
percorrer e para nós, cristãos, esta corrida se inicia no Batismo.
Todos fomos criados à imagem de Deus para ser a sua semelhança: “Mas todos nós temos o
rosto descoberto, refletimos como num espelho a glória do Senhor e nos vemos transformados
nesta mesma imagem, sempre mais resplandecentes, pela ação do Espírito do Senhor” (2 Cor 3,
18).
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