quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Ganhei este texto há alguns anos, se não me engano é de autoria de Eduardo Machado, que escreve no jornal Opinião. Excelente texto.

SER SANTO...

Você já reparou, nas Igrejas, altares, mesmo em museus e exposições, as imagens de arte religiosa ali presentes? Elas tem alguns pontos em comum. O rosto sereno, o olhar voltado para o alto ou contemplando um ponto indefinido. As mãos estendidas ou entrelaçadas, como quem recebe ou pede alguma coisa. A auréola na cabeça confirma a suspeita: é um(a) santo(a)!

O santo que descrevemos acima provavelmente viveu há muitos anos. Sua imagem está nos altares de Igrejas pelo mundo inteiro, em Escolas e em casas de família. São estátuas de gesso, madeira, metal. São pinturas, painéis, esculturas de todas as artes e estilos. Representam um conceito, contam uma história.

E para nós, hoje? Se tivéssemos que escolher alguém que simbolizasse um santo? Como seria a sua imagem? Que características teria um santo dos nossos dias e para o nosso tempo?

O que é afinal, SER SANTO?

Talvez seja importante primeiro, apagar algumas idéias equivocadas sobre santidade. Equivocadas, mas muito comuns entre nós.

Começaríamos dizendo que o Santo NÃO É:

- Um mágico que resolve problemas impossíveis (com o perdão de São Judas Tadeu...)

- Um quebra galho a quem recorremos quando as coisas parecem não ter solução (com o perdão de Santo Antônio...)

- A saída para apressar a resolução de dificuldades (com o perdão de Santo Expedito)

- A válvula de escape para os desesperos cotidianos (com o perdão de Nossa Senhora – todas elas...)

- E até alguém capaz de organizar o trânsito ou achar uma vaga no estacionamento do shopping em véspera de Natal (com o perdão de São Cristóvão)

Ser santo ou santa é muito mais que ser intermediário de promessas, verdadeiras “chantagens” que se faz com Deus. Para esse tipo de religiosidade não era preciso altar, bastava um balcão para as trocas. Eu te prometo uma vela, dez missas, uma reza milagrosa, uma novena, mas em troca quero um emprego, um carro novo e até um marido. E rápido! (tarefa para São Judas Tadeu, com a ajuda de Santo Expedito...)

Santo Inácio de Loyola (que não tem fama de milagreiro, por isso não é tão popular) tinha um princípio de vida precioso para essa reflexão:

“Faça tudo como se tudo dependesse só de você.

Confia como se tudo dependesse apenas de Deus”

Os grandes santos foram pessoas que não ficaram esperando que milagres caíssem do céu. Lutaram muito e suas vidas são exemplos de heroísmos, muitas vezes anônimos, que podem nos inspirar nas batalhas que a vida propõe no cotidiano.

É claro que ao longo dos tempos, a maneira de falar e apresentar a vida dos santos esteve adaptada à linguagem e costumes de cada época. Há santos que são guerreiros heróicos. Outros humildes e simples. O que há de comum entre eles é:

FORAM PESSOAS QUE DESCOBRIRAM A VONTADE DE DEUS EM SUAS VIDAS

... e lutaram para realizar essa vontade, deixando em suas palavras, gestos e exemplos sinais do amor de Deus pelos homens.

Mais que rezar pedindo a intercessão dos santos, somos convidados a nos inspirarmos em suas vidas, seguindo seus exemplos, imitando seus passos. A santidade é um convite permanente de Deus PARA CADA UM DE NÓS.

Um comentário:

  1. EXISTEM OUTRAS RELIGIÕES QUE CRITICAM NÓS CATÓLICOS POR VENERARMOS OS SANTOS. BOBOS SÃO ELES QUE NÃO SABEM E PODEM VER QUE A VIDA DOS SANTOS SÃO EXEMPLOS PARA NÓS.

    BELÍSSIMO TEXTO.

    ABRAÇO

    http://blogjonathancruz.blogspot.com/

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