A parábola do bom samaritano é entendida como paradigma do cuidado.
Mesmo que seja possível outras interpretações, parece-nos oportuno evidenciar, neste contexto da Campanha da Fraternidade, o bom samaritano como uma figura emblemática para o cuidado que se espera da parte dos profissionais e servidores da saúde. “Esta parábola, em si mesma, exprime uma verdade profundamente cristã e, ao mesmo tempo, muitíssimo humana universalmente. Não é sem motivo que até na linguagem corrente se designa obra de bom samaritano qualquer atividade em favor dos homens que sofrem ou precisam de ajuda”.
A parábola ajuda a pensar sobre a solidariedade, como também acerca da vulnerabilidade a que todos estamos condicionados, desde a criação. De fato, os dois relatos da criação do homem e da mulher, de alguma maneira nos remetem a esta ambiguidade que nos constitui. O primeiro relato sublinha a dignidade humana. Nós somos imagem e semelhança de Deus. Manifestamos uns para os outros a presença de Deus. O segundo relato lembra a matéria de que somos feitos: do húmus, do barro da terra. Assim, temos a dignidade de Deus, mas somos modelados pela fragilidade, pela precariedade. Carregamos a marca da criaturalidade, ou seja, da dependência e não a autossuficiência. Ninguém vive sozinho!
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