Ser catequista é ser otimista e
acima de tudo acreditar no Reinado de Deus. A catequese nos mostra o caminho,
aponta como devemos nos situar diante deste mundo, que valoriza tanto o “ter”
em detrimento do “ser”. Ser catequista é revelar ao mundo o nosso Deus que
liberta, e que é amor, este amor que gratuitamente demonstra a nós. Ser
catequista é assumir o compromisso de construir um mundo melhor. Se formos para
um encontro de catequese, não tivermos focados em construir uma vida melhor,
não estamos sendo fiéis ao nosso chamado. Ser catequista é desafiador, pois
temos a missão de anunciar e se preciso for denunciar. Anunciar e denunciar não
é fácil, é preciso coragem, é preciso saber que vai doer, como diz o padre
Zezinho: “não se faz à paz sem nenhum sofrer.”. É preciso buscar forças na eucaristia
(“comungar é tornar-se um perigo”) e na união do grupo de catequistas para
enfrentarmos os desafios de catequizar.
O
catequista tem que fazer a leitura da atualidade e ajudar seus catequizandos a
descobrirem o que Deus quer deles neste mundo. Ajuda-los a fazer o Reino
acontecer em suas vidas. É fácil? Não, mas a esperança é sempre maior. Quando
aqueles apóstolos viram seu mestre na cruz, tiveram medo e dor, mas não
perderam a esperança e viram a aurora vencer a escuridão.
Hoje
vejo que os jovens estão carentes de bons exemplos, já os maus exemplos estão
aí na mídia todo dia. Estes dias em um curso para catequistas falávamos nisso,
o jovem conhece a vida daquele artista de televisão, do cantor, do jogador. É
preciso contar a eles sobre pessoas que fizeram algo mais para o outro,
testemunharam com suas vidas de amor: São Francisco, São Paulo, São Pedro e
outros santos; Dom Oscar Romero, Dom Helder Câmara, Dom Paulo Evaristo Arns,
Gandhi, Martin Luther King, Mandela e tantos outros. Se há tantos maus modelos,
que tal mostrarmos bons modelos.
Para
encerrar, somos discípulos de Jesus e temos que ensinar o que dele aprendemos,
com o coração humilde, puro e manso.
Estou
lendo um livro muito bom do padre Zezinho “Um rosto para Jesus Cristo”, na
página 157, discorrendo sobre a Semana Santa, ele diz:
“Pregar uma Semana Santa
sem mostrar caminhos e sem abordar os dramas sociopolíticos do mundo de hoje é
fugir do assunto. Quem não mostra desejo de suavizar a dor humana, desviou-se
do Cristo!”.
Que
a gente nunca se desvie do Cristo!
Luiz Sergio Palhão
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