sábado, 5 de maio de 2012


Ser catequista é ser otimista e acima de tudo acreditar no Reinado de Deus. A catequese nos mostra o caminho, aponta como devemos nos situar diante deste mundo, que valoriza tanto o “ter” em detrimento do “ser”. Ser catequista é revelar ao mundo o nosso Deus que liberta, e que é amor, este amor que gratuitamente demonstra a nós. Ser catequista é assumir o compromisso de construir um mundo melhor. Se formos para um encontro de catequese, não tivermos focados em construir uma vida melhor, não estamos sendo fiéis ao nosso chamado. Ser catequista é desafiador, pois temos a missão de anunciar e se preciso for denunciar. Anunciar e denunciar não é fácil, é preciso coragem, é preciso saber que vai doer, como diz o padre Zezinho: “não se faz à paz sem nenhum sofrer.”. É preciso buscar forças na eucaristia (“comungar é tornar-se um perigo”) e na união do grupo de catequistas para enfrentarmos os desafios de catequizar.
            O catequista tem que fazer a leitura da atualidade e ajudar seus catequizandos a descobrirem o que Deus quer deles neste mundo. Ajuda-los a fazer o Reino acontecer em suas vidas. É fácil? Não, mas a esperança é sempre maior. Quando aqueles apóstolos viram seu mestre na cruz, tiveram medo e dor, mas não perderam a esperança e viram a aurora vencer a escuridão.
            Hoje vejo que os jovens estão carentes de bons exemplos, já os maus exemplos estão aí na mídia todo dia. Estes dias em um curso para catequistas falávamos nisso, o jovem conhece a vida daquele artista de televisão, do cantor, do jogador. É preciso contar a eles sobre pessoas que fizeram algo mais para o outro, testemunharam com suas vidas de amor: São Francisco, São Paulo, São Pedro e outros santos; Dom Oscar Romero, Dom Helder Câmara, Dom Paulo Evaristo Arns, Gandhi, Martin Luther King, Mandela e tantos outros. Se há tantos maus modelos, que tal mostrarmos bons modelos.
            Para encerrar, somos discípulos de Jesus e temos que ensinar o que dele aprendemos, com o coração humilde, puro e manso.
            Estou lendo um livro muito bom do padre Zezinho “Um rosto para Jesus Cristo”, na página 157, discorrendo sobre a Semana Santa, ele diz:
            “Pregar uma Semana Santa sem mostrar caminhos e sem abordar os dramas sociopolíticos do mundo de hoje é fugir do assunto. Quem não mostra desejo de suavizar a dor humana, desviou-se do Cristo!”.
            Que a gente nunca se desvie do Cristo!
Luiz Sergio Palhão 

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